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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Dia de pouca visibilidade

 

Em Portugal, começou hoje o XVI Congresso do PS. Com os repórteres a perguntar se o alegre destes tempos, e poeta de sempre, estaria ou não presente, como um espinho em Espinho.
 
E falou a Senhora Chefe do PSD sobre as habituais coisas sem importância, mas com aquele ar zangado de quem esta' a ser confrontado com o anunciado fim do mundo.  E com um estilo que faz inveja a um cangalheiro profissional.
 
Houve mais sobre o Freeport, com três senhores da judiciária a dizer que o processo que não andou quase nada em quatro anos de investigação afinal fartou-se de andar. Deve ter sido um movimento do tipo parado, para não fazer enjoar o Chefe.
 
Por aqui, e' tudo mais simples. Por volta das cinco da tarde levantou-se um pó fino -- não o Fino a quem a Caixa Geral de Depósitos gosta de fazer favores-- que fechou os céus e nos entrou na boca, no nariz, nos secou a respiração e deixou a língua a saber a sujo. Uma irritação.
 
Felizmente que houve, ao cair da noite, a bela festa de condecoração dos 18 oficiais de polícia de Madagascar que comigo trabalham. Apresentaram-se no seu melhor uniforme, explicaram-nos um pouco da vida da ilha, com orgulho e esperança que a crise política actual se resolva rapidamente.  Um deles tem um apelido com mais de trinta letras. Foi um divertimento amistoso tentar pronunciar esse nome de família.
 
 

Uma Europa adiada

 

O meu texto da VISÃO desta semana, que foi para as bancas ontem, começa com este parágrafo:
 
" No domingo, quando os dirigentes dos Estados membros se reunirem em Bruxelas, a título informal, será como ir à missa dos cardeais. Os pecadores mostrar-se-ão arrependidos das tentações proteccionistas em que caíram recentemente. A profissão de fé, nuns mais sincera, noutros apenas de fachada, como acontece com todas as crenças, continuará a estar centrada na União Europeia. Por isso, em guisa de arrependimento, aprovarão uma grandiloquente declaração contra o proteccionismo. Prometerão não voltar a cometer os mesmos pecados de nacionalismo económico, sobretudo na forma de subsídios às grandes empresas de produção automóvel."

 

 

O texto argumenta sobre a deriva nacionalista em que a Europa se encontra.

 

Vidas novas

 

 

 

 

Uma das mulheres da polícia especial que estamos a treinar. Nem tudo e' negativo, as mulheres, mesmo nesta parte do mundo, estão cada vez mais presentes em sectores que ate' há pouco lhes estavam fechados.

 

Esta mulher e' uma das especialistas na luta contra as violações e a criminalidade violenta, fortemente armada e assassina. A cara serena e' de quem não tem medo.

 

 

 

 

Mais agentes do mesmo destacamento, mulheres destemidas, que treinamos para operar em campos de refugiados e de gente deslocada, em zonas semidesérticas. Mulheres de combate. Fazem bem 'a alma.

 

 

Uma imagem nova e mais igualitária da mulher no Sahel.

 

 

Fotos Copyright V. Ângelo

Viva

 

Copyright V. Ângelo
 
 
Esta jovem tem razão para ter um ar desconfiado. A violência contra as mulheres, nesta parte do mundo, como em muitas outras, e'  frequente e brutal.
 
Ainda ontem, pouco passava das cinco da tarde, morreu 'a frente da entrada do nosso comando central uma jovem que teria a idade desta rapariga.  Ia num camião militar, do Exército Nacional Chadiano. Um camião  que se dirigia para fora da cidade. Transportada contra a sua vontade, muito provavelmente, e para ter um tratamento, logo que começasse o deserto, de uma grande violência.
 
Quando o pesado se aproximou do nosso campo, um quartel 'a saída de N'Djamena, onde se encontra o meu escritório principal, bem como uma parte do comando militar das forças internacionais, a jovem pensou ver uma oportunidade de escapar ao que a esperava um pouco mais longe. Saltou do camião em andamento.
 
Só os gatos, diz o ditado, caiem sobre as suas patas. A jovem estatelou-se no alcatrão. Teve morte imediata. O camião dos soldados do Chade ainda abrandou um pouco. Depois, acelerou e desapareceu. Os meus sentinelas, soldados também eles, mas da Albânia, acorreram imediatamente ao local. Foram 50 metros de corrida para a morte, com o coração na boca. Apenas para constatar que o coração desta jovem já  não tinha mais nada para dizer.
 
Mais tarde, a mãe veio identificar o corpo. Foi uma cena indescritível. Os gritos de dor entravam-vos pelo campo e arrefeciam-nos o cérebro, deixavam-nos paralisados.  Era o cântico antigo da tragédia de todos o sem-poder, o horror sonoro do desespero de quem e' humilhado todos os dias. Um grito que se repete, todos os dias, nos mais diversos buracos  do mundo.
 
 

 

Inaceitável

 

 

 

 

Há certas coisas que são inaceitáveis. Em relação 'as quais e' impossível ficar silencioso. Ou adoptar uma atitude cínica, dizendo que são todos iguais, não há nada a fazer.
 
Uma dessas coisas e' a existência de corrupção nas franjas do topo da vida política nacional. E' um problema real em Portugal. Tem que ser denunciado e combatido. Por todos os meios legais e democráticos. Não se pode fechar os olhos, nem cair na descrença.
 
Sejamos responsáveis.

Gente sem optimismo

 

Os mais de 70000 novos desempregados registados em Janeiro talvez não tenham a mesma visão optimista que o Senhor Primeiro-Ministro tem vindo a defender, como solução para a crise.

 

O Senhor diz que o pessimismo não cria emprego. Conviria agora acrescentar que o optimismo também não parece levar-nos  muito longe.

 
Ou seja, e' altura de sair destas conversas chochas e pensar a sério nas soluções possíveis. Incluindo o apoio 'as pequenas e médias empresas, e ao auto-emprego.
 

 

Vistas de Freetown

 

Uma cidade apertada entre as  montanhas e o mar. As montanhas que deram o nome ao 

país, Serra Leoa.

 

Depois de uma guerra civil feroz, a vida voltou 'a normalidade.

 

 

 

Os bairros pobres ocupam as zonas pantanosas da cidade. Mas já não se cortam braços 'a catanada, como se fez durante a guerra, a quem teve a ma' ideia de olhar de lado para os miúdos rebeldes, cujas metralhadoras eram, por vezes, maiores do que eles próprios

 

 

Cenas de rua. Há uma actividade comercial intensa na cidade. Tudo se compra, tudo se vende. Menos diamantes, que esses passam por outros circuitos.

 
 

 

 

A praia de Lumley, na costa Oeste da cidade de Freetown. Durante três anos, foi o meu percurso favorito, ao fim do dia, para grandes caminhadas a pé. Cinco quilómetros de beleza natural, com os pescadores tradicionais a puxar as redes para a praia, ao ritmo das marés.

 

 

 

Fotos copyright  V. Ângelo

 

Mais uma aventura de grande valor

 

Genuíno Madruga, um Açoriano dos grandes, esta' na sua segunda volta ao mundo como navegador solitário. Neste momento, encontra-se algures no Atlântico Sul, entre a Cidade do Cabo e a Ilha de Santa Helena.
 
E' um homem bom, que luta por causas maoires que o mar. Vale a pena dar-lhe apoio.
 
 

 

http://www.genuinomadruga.com/
http://umportodostodosporum.blogspot.com/2008/01/genuno-velho-amigo-vai-com-sorte-vai.html

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