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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Os serviços secretos gostam de fazer das suas

 

 

 

Foto copyright V.Ângelo

 

Hoje tivemos mais uma emboscada contra uma coluna do Programa Alimentar Mundial e do UNHCR, o Alto Comissariado para os Refugiados. No sector centro. A zona mais perigosa. Homens como este, que a MINURCAT está a treinar, defenderam a coluna com valor e coragem.

 

Entretanto, um grupelho obscuro, que até pode não existir, e ser apenas a voz de um funcionário de uma das muitas agências de segurança do estado sudanês, fez ameaças públicas contra os humanitários que ainda se encontram em parte incerta, como reféns.  Foi um discurso contra a França.

Este tipo de manifestações, através dos media, é muitas vezes feito por gente que nada tem que ver com o caso, mas que tenta aproveitar a onda. Em certos casos, a autoria pertence a um qualquer serviço secreto, que se aproveita da situação para mandar um par de mensagens políticas. 

 

Quando há raptos em zonas de conflito, aparecem sempre muitos pescadores de águas turvas.

 

 Mas, nunca se sabe. Tudo tem que ser visto com muito cuidado.

Um apelo, por todos nós

 

Volto a insistir no tema de ontem. Estamos a viver uma crise estrutural. É urgente reinventar a política. Os partidos precisam de assumir as suas responsabilidades e ter uma postura nacional. O sectarismo só levará a um aprofundamento da crise. É preciso definir plataformas conjuntas, pactos nacionais.

 

 

Portugal precisa de reflectir sobre si próprio

 

Portugal encontra-se numa situação de grande complexidade e muito preocupante.

 

O caso Face Oculta esconde muita coisa, mas também revela ligações estranhas entre a justiça e a política. Ao ponto de se dever perguntar quem julga a justiça, quem investiga a Procuradoria-geral da República? Passam-se coisas de pasmar nestas instituições, não há dúvida. A justiça serve a política, diz muita gente, e os políticos não querem que a justiça funcione.

 

Os partidos políticos estão a voar baixinho. Parecem estar a enveredar por uma fase de conflito e de obstrução, sem que se vislumbre qual é a estratégia.  Eleições em breve, logo que possível? O que se passou ontem na Assembleia da República, uma coligação de facto, objectiva e interesseira, dos que estão fora da governação, foi apenas uma indicação do que nos espera nos próximos tempos. A escolha parece ser a de encurralar o governo, apostar na demagogia e na irresponsabilidade sem consequências de maior, por ser barata para quem está na oposição.

 

A identificação partidária cega-nos o discernimento. Vemos o país e os seus problemas pelo prisma da cor do partido que nos é próximo, sem independência nem equilíbrio de raciocínio. Somos cada vez mais sectários. Mais curtinhos na análise dos desafios. Mais estreitos na resposta.

 

O Presidente continua em Belém.

 

A economia está a perder o dinamismo e a confiança nas instituições. Sem confiança não há desenvolvimento. Não há investimento, nem se atrai os melhores cérebros.

 

Socialmente, temos mais desemprego, mais desespero, mais pobreza, e mais espírito de funcionário. A mentalidade de assistido social e de misericórdia, tão própria de outros tempos, está de novo a ganhar terreno. Em vez de se pensar em qualificação profissional, pensa-se em subsídios. Mesmo sendo estes uma miséria.

 

Os media vão dando uma no cravo e outra na ferradura. Mas, para além da televisão, pouco contam. Os jornais e as revistas de referência circulam sempre entre os mesmos, e pouco mais. Não pesam, não são capazes de influenciar o rumo que se deveria adoptar. Só os canais televisivos podem fazer a diferença. Mas existe receio. E há negócios a salvaguardar.

 

Resta a net. Hoje, muitos dos portugueses estão ligados à rede. Há que gerar um movimento de levantamento nacional através da net. Escrever sobre a mudança, falar do futuro com os olhos abertos e apostando em horizontes mais amplos. A net pode também criar espaço para os novos líderes.

Investigações

 

 A investigação sobre os raptos de Birao já levou à detenção de cinco suspeitos e a uma melhor compreensão de qual possa ser o grupo armado com responsabilidades na matéria.

 

Em questões de polícia e de justiça, é preciso andar a bom ritmo.

 

Também foi possível dar exemplos de liderança. Liderar é tomar a iniciativa, seguir uma linha de actuação coerente, não ter medo de assumir riscos, surpreender e determinar a agenda.

 

 

 

 

Os pontos quentes

 

Escrevo hoje na Visão on-line sobre algumas das zonas mais complicadas do globo.

 

http://aeiou.visao.pt/uma-volta-rapida-pelo-mundo=f538113

 

Apraz-me registar que os meus textos são lidos com cuidado em vários gabinetes. Por gente do ofício e com responsabilidades políticas. Mas não só. Pessoas como todos nós também se interessam, o que muito me agrada.

 

Os textos são, muitas vezes, testemunhos de experiências vividas. Outras vezes, são uma maneira de falar sobre assuntos próximos de nós, mas sem mencionar o nome da nossa terra. Uma reflexão para alargar os horizontes, que alguma falta faz, diga-se a verdade.

 

 

 

Manter a segurança, obter os meios necessários

 

Hoje todos criticaram a MINURCAT, a operação de manutenção de paz e de segurança na República Centro-Africana e no Chade. O embaixador francês. O Presidente do Chade. E outros. Acham que a MINURCAT não tem meios suficientes para assegurar a sua missão. 

 

Depois dos raptos e de outros incidentes contra refugiados, seria de esperar uma reacção deste tipo.

 

A questão dos meios é, na verdade, um ponto essencial. Mas não convém esquecer que os meios de que se dispõe são tão somente os que os estados membros da ONU disponibilizam.

 

Este tema merece muito pano para mangas.

 

Há que pensar a sério nas operações militares e de segurança das Nações Unidas. 

 

Em Portugal, estas matérias estão muito fora das preocupações dos políticos e dos meios académicos. Aqui, vive-se um outro mundo, fora do planeta global.

 

No seguimento dos raptos de Birao

 

Despachei para Bangui o meu director de gabinete e o o conselheiro político sénior. No seguimento das minhas conversas telefónicas de ontem com o Primeiro-Ministro Toadera, os enviados especiais reuniram-se, esta tarde, com o PM e uma equipa de crise. Estiveram também com a embaixador francês e com as ONGs que operam em Birao. Lancei, entretanto, um apelo para que os reféns sejam libertos sem demoras. São jovens de bem, dedicados e com reconhecido trabalho social de apoio às comunidades de Birao.

 

Entretanto, a notícia dos raptos foi título grande nos meios de comunicação social franceses. O facto de os raptores procurarem vítimas dessa nacionalidade foi o tema central.

 

Enquanto tratava deste assunto, a tripulação do helicóptero que havia sido enviado para Birao, como apoio à procura dos criminosos, teve ontem uma noite muito dramática. Um dos pilotos faleceu, três outros estão em estado grave. Em coma. Beberam um líquido adquirido sabe-se lá onde, mas que tinha um rótulo de uma bebida espirituosa normal.

 

Foi o segundo incidente do género em duas semanas. Com pessoas da mesma nacionalidade. Embora estivesse em Vevey, por outros motivos profissionais, passei uma parte da manhã a falar com Moscovo. Mais tarde, com Nova Iorque e com a minha área de operações. A pedir que as autoridades do país dos pilotos sensibilizem as suas gentes, para que estes casos tão trágicos não voltem a acontecer.

Raptos de trabalhadores humanitários

 

Tivemos, na noite passada, mais dois raptos. Homens armados atacaram as residências de duas ONGs em Birao. Uma operação bem planeada. Levaram dois jovens agentes humanitários, gente que conheço bem, muito dedicada, que estavam há meses na zona do Nordeste da República Centro-africana. Participavam regularmente na distribuição de assistência alimentar, nos projectos de abastecimento de água e de saúde pública, tinham sobrevivido as crises violentas de Junho e Julho.

 

Os raptores só levaram os que tinham nacionalidade francesa. Deixaram para trás três outros estrangeiros.

 

A nossa força militar e os nossos serviços de segurança estão inteiramente mobilizados.

Não é preciso ter as costas quentes

 

 

 

 

 

Existe actualmente tanto medo e subserviência que, quando se tem a coragem de criticar, as pessoas amigas pensam que se tem as costas quentes. Que só quem tem bons padrinhos pode ousar levantar a voz.

 

 

 

É preciso dizer que não. Que em Portugal não pode, nem deve, haver medo, quando se trata de pensar nos câmbios que são necessários para que o país progrida.

 

 

 

É fundamental acreditar num futuro melhor, mais equilibrado, com políticos mais honestos e com uma visão mais generosa e ampla da coisa pública.

 

Olhar o Médio Oriente na paz da Suíça

 

Passei a tarde a discutir o fracasso que é o Quarteto do Médio Oriente, no que respeita à crise Palestiniana. O Quarteto não anda nem desanda. Não é apenas um impasse. Temos uma crise que é cada vez mais aguda, mais complexa e está, de facto, mais longe do que nunca de uma solução pacífica. As ocupações de terras palestinianas só complicam a situação e tornam a perspectiva da criação de dois estados cada vez mais inviável.

 

Estou, no entanto, num sítio que pouco tem que ver com as terras santas. Embora seja um sítio divino, nas colinas dos arredores de Vevey, com o Monte Branco à minha frente e o Lago Léman no sopé da encosta.

 

É verdade que os Suíços tentam desempenhar um papel mais activo em matéria de resolução de conflitos. Mas no caso em causa, não há hipóteses.

 

Só os Estados Unidos parecem ter a chave do problema...

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