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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Uma fasquia rasteira

Um dos grandes colunistas do Washington Post - E.J. Dionne Jr. - perguntava, num artigo publicado hoje, se os Estados Unidos serão capazes de manter uma posição de liderança internacional quando a discussão política interna se caracteriza por ser "incorrigivelmente estúpida".  

 

A mesma pergunta, mas à nossa dimensão, poderia ser feita em relação a Portugal. Numa altura em que o debate de ideias e a prática política estão totalmente confusos e sem nível, como pode Portugal aspirar a ser eleito para um lugar no Conselho de Segurança da ONU? Ou, mais modestamente, pensar poder ter um papel de maior relevo na UE? Ou, baixando ainda mais a fasquia das nossas ambições internacionais, como pode Portugal ter um papel de algum peso na CPLP ou na resolução da crise na Guiné-Bissau?

 

A política externa inspira-se na interna.

Os repentes dos nossos intelectuais

Quem tiver a paciência de me ler, na edição de hoje da revista semanal Visão, saberá que escrevi sobre a recente Cimeira da CPLP. Também sobre algumas das suas actividades futuras, incluindo a realização de uma II Conferência Internacional sobre a Língua Portuguesa, em 2012.

 

Falo, igualmente, do papel de Angola, enquanto Estado a ocupar a presidência da Comunidade.

 

Não é fácil escrever de uma maneira fria sobre a CPLP. O leitor terá a oportunidade de o constatar, uma vez mais, neste número da Visão. Não apenas porque os nossos intelectuais são gente de sangue quente e de grandes paixões, sempre de sabre e caneta em punho, primariamente fixados num único ponto de ataque, mas também porque tudo o que trate das antigas colónias ainda levanta muitos sentimentos bravios.

 

O meu texto é, na minha opinião, sereno e objectivo. Está disponível no sítio:

 

http://aeiou.visao.pt/cplp-ou-vaca-sagrada=f567614

Promessas sem seguimento

Depois do terramoto, teve lugar uma reunião de doadores. As promessas foram muitas, os anúncios de ajudas chegaram aos milhares de milhões.

 

Seis meses passados, apenas a Austrália, o Brasil, a Estónia e a Noruega cumpriram o que haviam prometido. As suas contribuições estão já a ajudar o Haiti. Os outros países, incluindo Portugal, não honraram ainda a sua palavra.

 

No total, apenas 10% do que fora anunciado na conferência de doadores foi efectivamente posto à disposição da reconstrução do Haiti. O resto vale o que valem as palavras ocas de governos que, depois do espectáculo, passam à frente e esquecem o que haviam dito.

 

Assim se está a fazer política internacional. 

Retiro

 

Copyright V. Ângelo

 

Estive recentemente nos Picos da Europa, nas Astúrias. Esta foi uma das muitas fotografias que a beleza das montanhas me inspirou.

 

Hoje, ao pensar na maneira como funciona a justiça em Portugal, lembrei-me que talvez não fosse uma má ideia voltar aos cumes e perder-me uns tempos por aí.

A verdade faz bem

O blog  www.wikileaks.org publicou uma grande quantidade de documentos secretos, pertencentes à administração norte-americana, sobre a campanha militar e a situação no Afeganistão. Os documentos mostram que a realidade da guerra é bem mais feia e difícil de aceitar do que o que fora contado pelas fontes oficiais até agora. Em certa medida, alguns documentos parecem indicar que crimes de guerra têm sido cometidos com impunidade. Revelam também o papel subversivo dos serviços secretos paquistaneses, um tema que já foi objecto de um artigo que escrevi em 2009 na Visão.

 

Penso que esta divulgação vai ter consequências muito sérias em várias frentes. Ainda é cedo, de momento, para se perceber o alcance da revelação destes documentos secretos. Creio, no entanto, que a verdade faz bem à política. Fará, estou convencido, acertar o passo a muitos.

A Cimeira Africana (UA)

No Continente Africano, uma mulher em cada 16 morre, na altura de dar à luz. Os riscos de vida, ligados à gravidez, são enormes. A mortalidade materna, bem como a mortalidade infantil, continuam a matar muitas mulheres e crianças africanas. Há uma correlação inversa entre o nível de desenvolvimento e estes indicadores de mortalidade.

 

Por reconhecer que esse tipo de situação não pode continuar, a União Africana fez desses dois grandes problemas sociais o tema central da sua cimeira anual, que hoje começou em Kampala, a capital do Uganda. O Presidente de Moçambique apresentou aos seus pares a experiência do seu país, que foi, em 1981, o primeiro a lançar um programa nacional de saúde materno-infantil. Tive a honra de estar à frente do escritório do FNUAP- o Fundo da ONU para as Actividades de População - que formulou e financiou esse programa.

CPLP, o adiamento

A Cimeira da CPLP de 2008 não deu andamento ao pedido de adesão da Guiné Equatorial.

 

O mesmo voltou hoje a acontecer, na Cimeira de Luanda.

E' um problema bicudo, que vai sendo adiado, de dois em dois anos.

 

Entretanto, o Presidente Obiang havia declarado o Português como um dos idiomas oficiais da Guiné Equatorial. Ao lado do Espanhol, que e', na verdade, a única língua oficial, e do Francês, pouco falado.

 

Alguém dizia, recentemente, em Malabo, que um destes dias Teodoro decreta que o Mandarim e' também uma das línguas oficiais do país.

Um dia agitado

A visita oficial do Presidente Cavaco Silva a Angola foi um sucesso. Conseguiu resultados concretos, nas áreas comerciais e dos interesses de Portugal. Certas concessões feitas pelos Angolanos so' foram possíveis por que foram solicitadas ao nível do Chefe de Estado. Assim se faz política externa, em países como Angola. Por isso, é importante organizar regularmente visitas ao mais alto nível.

 

Entretanto, com a cimeira da CPLP 'a porta, tem havido muita discussão sobre a eventual entrada da Guiné Equatorial para membro efectivo da Comunidade. Conheço relativamente bem o regime de Malabo. 'A partida, e' muito difícil justificar essa adesão. Por vários motivos, incluindo os ligados 'a língua portuguesa, enquanto idioma oficial. A decisão sobre esta candidatura vai certamente entrar para a história da ciência política.

 

De um modo mais geral, o parecer do Tribunal Internacional da ONU sobre a legalidade da declaração unilateral de independência do Kosovo, hoje dado a conhecer, abre novas ondas de choque em países com comunidades populacionais que aspiram ser independentes. Vai ser necessário muito juízo político para que Estados como a Espanha não entrem num processo ainda mais pronunciado de fragmentação e de crise civil.

 

Falando da ordem jurídica internacional, o Presidente Bashir do Sudão, contra o qual existe um mandato de captura, foi hoje a N'Djamena. O Chade e' um dos Estados signatários dos estatutos de Roma, que criaram as obrigações relacionadas com as decisões do Tribunal Penal Internacional. O mesmo tribunal que procura deter Bashir. O homem foi e regressou a Cartum, sem que nada lhe tenha acontecido. Não foi detido, não foi despachado para Haia. Terão ganho as relações bilaterais entre o Chade e o Sudão. Mas, perdeu a ordem jurídica internacional.

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