O autocarro fluvial
Sete horas e picos de barco, para chegar a Siem Reap. Foi um navegar pelos meandros da zona pantanosa do Norte, num barco de doze passageiros, há sempre lugar para mais um e uma carrada de sacos, distribuindo passageiros aqui e acolá, que o barco é como a mala-posta, é o meio de locomoção destas gentes de beira-rio, o autocarro dos rios, apanhando outros mais à frente, incluindo uma mulher muito velha, cabeça rapada, que é o hábito budista que mostra que a mulher de idade já se preparou para a morte, velha, sim, mas cheia de genica e com excesso de bagagem, enfim, depois de muito navegar, de muito cheiro típico do rio, que o rio é a casa para milhares de famílias, que vivem em aldeias flutuantes, conseguimos chegar a Siem Reap, a terra dos templos e dos milhões de turistas, a grande atracção deste país.