Estou a ficar velho
Chego ao aeroporto de Phnom Penh, para apanhar o voo para Bankok, e o motorista recebe uma chamada do hotel onde me hospedara: fico a saber que deixei um estojo de medicamentos no quarto do hotel, a 45 minutos de distância. Que fazer? O motorista oferece-se para os ir buscar. Mas eu tenho que tenho que proceder ao despacho das malas, não posso esperar uma hora e meia, pelo ir e voltar. Responde-me que se eu aceitar que ele vá como pendura, numa moto-táxi, o tempo do trajecto será mais curto. A ida e volta custa três dólares americanos, com uma duração estimada de uma hora.
Disse-lhe que sim.
E avancei para o check-in.
Quando voltou da sua expedição ao hotel, deparei-me com o problema dos dois sprays - nariz e garganta - e de como conseguir a autorização necessária para os transportar na bagagem de mão.
A falar é que a gente se entende. No controlo de segurança, falo com a chefe da equipa. Digo-lhe que gente com a minha idade anda sempre com uma farmácia às costas. A senhora olhou para mim, sorriu, viu que facto já tenho idade para ter juízo e respondeu-me: compreendo, não há problema!
Viajei com o estojo na pasta.
O Camboja é um país de gente muito amável. Gente, que para mais, tem um grande respeito pelas pessoas de idade avançada.
Fiquei sem ilusões.