A imagem ou a eficácia?
Copyright V. Ângelo
Estou de novo de viagem. E, enquanto espero, pois viajar é esperar, interrogo-me sobre a operação que está a decorrer em Toulouse, para capturar o terrorista.
É importante, num caso destes, apanhar o indivíduo vivo. Ele tem muito para "contar". Será que uma operação maciça, com uma forca excepcional de polícias especiais, é a melhor solução? É certamente muito espectacular, capta muitas imagens, dá a ideia de um presidente e de um Estado fortes, mas em termos da investigação e da prevenção, levanta muitas questões.
Não seria preferível uma intervenção mais discreta, esperar por ele à saída de casa, na rua, quando fosse comprar fósforos ou coca cola -- de certo não bebe vinho -- e abordá-lo então, de surpresa, vivo e capaz de falar sobre a sua rede de contactos?
Veremos qual vai ser o desfecho. Mas a minha previsão é que estas coisas acabam sempre aos tiros. Sem mais questões, sem que se possa perceber melhor quem está por detrás, na próxima esquina, a preparar outras.