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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Um problema dos outros

O trajecto de hoje trouxe-me de Cracóvia para Berlim. Foi uma condução sem demoras nem dificuldades.

 

Ao fim do dia, vagueei pelo bairro de Kurfurstendamm, na zona berlinense de Charlottenburg, com as suas esplanadas cheias de gente e os prédios do final do século XIX a embelezar as avenidas.

 

Numa discussão com um observador atento da realidade política da capital, fiquei ciente que os alemães não pensam que a crise também lhes toca. Para eles, é um problema do Sul da Europa. Uma questao de certo modo distante, mas que os preocupa, pois os bárbaros estão ja dentro do império, ou seja, por saberem que mais euros "alemães" vão ser emprestados aos países deficitários. Essa é a maneira de ver a crise, como um problema dos outros, mas que incomoda.  

A ver a paisagem

Passei os últimos dias a viajar de carro, entre a Alemanha e a Polónia.

 

Para saber se estava na Polónia, bastava olhar para a paisagem campestre. Os campos estão, em parte, abandonados, outros, subaproveitados, sobretudo em comparação com as terras alemãs. Quem atravessar a Alemanha de lés a lés notará uma agricultura muito desenvolvida, grandes extensões de trigo, milho e outras culturas de interesse industrial e de valor económico. O mesmo acontece em França, onde a cultura da colza tem conhecido uma expansão a olhos vistos. Ou na Bélgica, e noutros países mais ricos da UE.

 

Dir-se-ia que a Europa mais desenvolvida tem sabido aproveitar os seus recursos agrícolas e criar um sector rural moderno e capaz de acrescentar riqueza à economia nacional.

 

Já o mesmo não se pode dizer de um país como Portugal, onde os campos ainda parecem mais abandonados, e certamente, muito menos aproveitados, do que os que observei na Polónia. Ora, a saída da crise também passa, no nosso caso, por uma revitalização da agricultura. Mas, onde estão a vontade política, a energia e a coragem dos quem têm voz na matéria?

A cimeira dos espelhos e jogos de sombras

 

Em Bruxelas, está a decorrer a cimeira dos ilusionistas. A minha maneira de ver é muito simples: remar contra a maré não leva a parte alguma. Há que reconhecer o estado a que as coisas chegaram.

 

Também não estou de acordo com Barroso, que disse que esta cimeira representava um momento decisivo, a expressão inglesa que utilizou...a defining moment...é inapropriada. Ainda não estamos lá. Continuamos a adiar a solução dos problemas. 

O homem e a máquina

Entrei na Polónia em direcção a Wroclaw e Cracóvia e o meu GPS ficou perdido, sem mapa nem indicação da posição. Os mapas da Europa em memória, apercebi-me então, são apenas os da parte Ocidental do Continente. A Polónia não entra nessa categoria. Mas a nova auto-estrada da fronteira até Cracóvia, que continua depois até ao ponto de passagem para a Ucrânia, torna a vida dos automobilistas incomparavelmente mais fácil. Caso contrário, como acontecia até recentemente, seriam horas e horas de trânsito lento, e milhares de oportunidades de acidentes, que os condutores polacos conduzem nas estradas nacionais de duas faixas como quem fecha os olhos perante o perigo e carrega, com raiva, no pedal...

 

Feito o percurso na auto-estrada, e pagas as três portagens, a grande questão era como encontrar o hotel em Cracóvia, sem o aparelho mágico e no emaranhado de ruas de sentido único que constituem o centro da segunda urbe do país?

 

Lá nos fomos dirigindo para o centro, até ter de parar para pedir ajuda. O homem que o acaso fez de minha vítima, pessoa da minha idade, tentou explicar-me, no inglês que lhe era possível, como proceder, mas entendeu de imediato, pela minha cara, que o meu destino seria passar a tarde às voltas na cidade. Meteu-se, então, no meu carro e, fazendo de GPS humano, levou-me, vire à esquerda vire agora à direita, repetidamente, ao objectivo!

 

Um GPS assim, não tem preço.

 

Da próxima vez, no entanto, é melhor verificar, antes da partida, que países estão na máquina...

Notas de fim de tarde

Estive em Pirna, uma cidade da Alemanha que se encontra nos confins do que fora a RDA, a poucos quilómetros da fronteira checa. Em Pirna, os vestígios do subdesenvolvimento dos tempos do comunismo são ainda evidentes, nos edifícios e nas dificuldades de vida das pessoas de maior idade. Muita gente vive modestamente, em apartamentos pequenos e tristes. 

 

Entretanto, a sondagem que foi conhecida ontem dava 34% das intenções de voto a Angela Merkel. O SPD teria 31% e os Verdes, 14%, o que daria a maioria relativa a uma coligação de esquerda. Mas as eleições gerais estão ainda longe, que Setembro de 2013 é como se fosse, com a Europa como está, uma data num futuro indeterminado

De Dresden

Dresden é uma cidade de turistas, incluindo muitos russos.

 

Vêem-se poucos indígenas, fraca animação nas ruas. Onde andam os alemães? Dá a impressão que a vida comercial e de consumo está muito contraída. Embora ninguém fale de crise.

 

Nas agências de viagens, existem anúncios para muitos sítios, mais ou menos afastados, mas nada é proposto para umas férias em Portugal. Ora, nós temos que fazer sonhar os turistas alemães. A Madeira e os Açores seriam destinos próximos das preferências destas gentes.

 

O Turismo de Portugal não deve saber que esta parte da Alemanha existe.  

 

 

 

A Leste

Fim de dia em Dresden, uma cidade monumental.

 

Pensei naquele "fazedor de opinião" português, bem da nossa terra, que descobriu, nas suas últimas intervenções públicas, que o ideal seria despachar Angela Merkel para a Alemanha do Leste. Não sei onde o homem foi buscar essa da Alemanha do Leste, que há mais de vinte anos que desapareceu do mapa, mas a verdade é que muita gente que conheço talvez não se importasse mesmo nada se fosse "chutada" para estas terras, onde a economia funciona e a vida decorre sem grandes apreensões nem inseguranças.

 

Já agora, quem vai dizer a esse politico que a Alemanha do Leste já não existe?

Navegar em águas difíceis

 

 

Copyright V. Ângelo

 

O resultado da eleição presidencial no Egipto tem que ser aceite. Como o vencedor também terá que aceitar que o Egipto é uma sociedade complexa, com minorias que têm que ser respeitadas. A transformação do país não será uma viagem tranquila. Mas precisa de ser feita, com base na liberdade e no respeito pelos direitos humanos. 

Um viajante experimentado

 

 

Copyright V. Ângelo

 

Razões de trabalho trouxeram-me, por dois dias, a esta localidade à beira do Lago Léman.

 

Foi uma experiência diferente: quando cheguei ao aeroporto, para embarcar para a Suíça, apercebi-me que me havia esquecido do telefone, onde tenho todos os contactos. Já no avião, notei que a carteira onde guardo os francos suíços ficara para trás, bem arrumada numa gaveta de meu quarto, num sítio seguro, em casa. Depois, lembrei-me que os cartões de visita estavam na pasta que resolvera, à última hora, não trazer.

 

Agora, no regresso, apercebo-me que não tenho as chaves de casa, que bato com o nariz na porta.

 

Felizmente, trouxe a máquina fotográfica, que esta parte do mundo vale sempre a pena, para quem gosta de fotografias da natureza e da sabedoria humana, em termos de ordenamento do território. 

Os riscos e as palavras

 

 

O meu texto na Visão desta semana é sobre a Grécia e tem 600 palavras.

 

Este desenho (cartoon) do International Herald Tribune, publicado no mesmo dia, tem seis palavras apenas. Mas diz muito: nas eleições gregas, o medo ganhou mais votos que o desespero!

 

 

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