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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Trocas desastrosas

A discussão sobre os SWAPS já cansa. E ainda não se discutiu o essencial, que é o de saber que razões estiveram na base das decisões, tomadas em 2008 e sobretudo em 2009, de recorrer a SWAPS, em condições francamente desfavoráveis para as empresas públicas e muito vantajosas para os bancos estrangeiros que as incentivaram.

 

Sem esquecer que em muitos casos se trocou – “ to swap” quer dizer trocar – ingenuidade nacional por manha, que os operadores internacionais em questão eram – e são – muito sabidos nestas coisas.

 

Quebras e mais quebras do investimento estrangeiro

Portugal precisa de um grande volume de investimentos. Quer nacionais quer estrangeiros.

 

Os dados hoje revelados pela OCDE sobre o investimento estrangeiro em Portugal são desanimadores. No primeiro trimestre deste ano o valor desse investimento ficou muito aquém das expectativas e das necessidades: apenas 600 milhões de dólares em novos projectos.

 

No período homólogo de 2012, o valor atingira 1 700 milhões de dólares.

 

A tendência para a quebra é acentuada.

 

Veremos os dados dos trimestres seguintes, ao longo de 2013.

 

Enquanto esperamos por essa informação, tenha-se presente que a Irlanda, no primeiro trimestre deste ano, atraiu 22 000 milhões de dólares.

 

Tenha-se igualmente consciência que este é um assunto de importância estratégica para Portugal. É fundamental para a nossa possível saída do marasmo económico e da crise. É essencial para a criação de emprego.

 

Se eu fosse oposição ou governo, não falaria de muito mais, para além deste assunto do investimento estrangeiro.

 

E começaria por perguntar, entre outras coisas, por que razões dois anos de “diplomacia económica” não levaram a outra coisa senão ao definhamento do interesse internacional por Portugal.  

 

 

 

 

 

 

Bancos coxos

Os bancos portugueses estão numa situação periclitante. Os resultados negativos do primeiro semestre, que agora estão a vir a público, são apenas uma indicação do estado calamitoso em que a banca nacional se encontra. Cada novo anúncio de resultados revela, caso a caso, prejuízos de centenas de milhões.

A verdade é que não há actividade económica digna desse nome, sem contar com o crédito mal parado e as dívidas incobráveis.

 

Por outro lado, o negócio de comprar obrigações e títulos do tesouro portugueses aumenta a fragilidade estrutural da banca nacional, por se tratar de operações que são, tecnicamente, de alto risco. Mesmo que isso permita recolher uns juros interessantes, no curto prazo, a verdade é que os bancos internacionais acham que não revela boa gestão comprar dívida soberana de países como Portugal e olham para os bancos que o fazem como sendo imprudentes. Quer dizer, bancos com os quais não é conveniente fazer transacções de peso.

 

 

Piruetas a torto e a direito

No seu comentário televisivo de hoje, Marcelo fez uma série de piruetas mais ou menos infelizes e intelectualmente desonestas, para tentar salvar a reputação do Ministro Machete. Ou seja, a amizade e a cumplicidade partidária foram mais importantes que a análise isenta.

 

Na verdade, o ministro aparece na fita deste novo governo apenas como um expediente de última hora, para tentar calar os velhos barões e baronesas do PSD, que Machete bem representa. É que a “velha escola” do partido estava furiosa com o peso dado ao CDS e a Portas, na nova estrutura governativa. Ao colocar um representante dos “antigos” num posto do governo de grande importância e prestígio, Passos calou o ruído que as baronias estavam a preparar.

 

Na verdade, contou mais o clima interno dentro do PSD que o interesse nacional. Que com Machete no MNE fica seguramente mal servido. 

Só pesos-pluma nos Negócios Estrangeiros

Quanto mais aprofundo a análise mais convencido fico que a nova equipa dirigente, agora colocada à frente do Ministério dos Negócios Estrangeiros, é muito fraca. Será, mesmo, a mais débil, no seu conjunto, dos últimos vinte e tal anos. A começar pelo ministro, que mais não foi, em toda a sua vida profissional que um sabido oportunista político, desligado do país real e do resto do mundo, sem pensamento próprio. E a continuar nos secretários de Estado, que valem o que valem, ou seja muito pouco, ou mesmo nada, se olharmos ao seu valor a partir da perspectiva das relações internacionais e dos interesses de Portugal no mundo. 

Palácio da Ajuda

Aconselho vivamente que passem pela exposição de Joana Vasconcelos. Oferece um excelente pretexto para visitar um palácio que vale a pena ver com cuidado, o Palácio da Ajuda. E para apreciar as maravilhosas peças de arte que o decoram, desde a segunda metade do século XIX.  

No limite da confusão

As funções do Vice-primeiro-ministro terão que ser definidas com clareza, para evitar choques de competência com a Ministra das Finanças e outros, incluindo os que giram à volta do Primeiro-ministro. As probabilidades de conflito já, por si, são grandes. Se se tiver em conta a personalidade do protagonista, passarão a ser muito maiores. Poderão, mesmo, entrar no campo da confusão e do confronto. 

Necessidades...

Sou dos que pensam que é sempre uma má ideia ir buscar um embaixador em exercício, por mais brilhante que seja, e coloca-lo em seguida à frente das Necessidades. As experiências passadas não fazem senão confirmar esta minha maneira de ver.

 

Digo isto apesar do apreço que tenho pelas qualidades profissionais de muitos dos embaixadores, e, em particular, do meu amigo Nuno. Nuno pertence à nata da nossa diplomacia, é bem verdade. Mas teria sido um erro descarrilar a sua carreira diplomática, que ainda tem muito para oferecer, com um lugar político que, nas circunstâncias de hoje, é muito precário.

 

A escolha do novo ministro dos Negócios Estrangeiros foi, na minha opinião, uma decisão de recurso. Alguém terá dito não – não quero mencionar nomes – e foi-se assim buscar um homem que dá garantias de não fazer ondas e de saber ouvir os ventos que sopram, vindos do Atlântico Norte. 

Uma temperatura amena

A temperatura política, em Lisboa, esteve hoje mais amena. Mas receio que seja Sol de pouca dura. O que seria uma pena, pois o país precisa de mais diálogo e de menos ideias pré-concebidas. De mais construtores de pontes e de menos comentadores especializados na frase feita, no narcisismo e no "sound bite". 

 

 

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