Secretamente a brincar
Escrevi, no meu último texto da Visão, publicado há dois dias, que os indivíduos que frequentem sociedades secretas ou que são membros de outras bizarrias, com rituais esotéricos, não deveriam poder ser agentes dos serviços de informação. No meu entender, isto é tão verdade para os quadros dirigentes como o é para os postos mais abaixo. Há solidariedades cegas e outros mistérios, nas organizações secretas, como a maçonaria, que não são compatíveis com o trabalho isento que as agências encarregadas da segurança nacional têm a obrigação de levar a cabo.
Também é inaceitável a passagem de quadros das instituições de segurança do Estado para os grandes grupos económicos, feita sem regras e sem um período de nojo, mais ou menos prolongado.
O que se passa actualmente no sistema português de segurança dá uma imagem péssima dos serviços e de quem sobre eles tem autoridade.
Será que andamos a jogar ao faz-de-conta com coisas que são muito sérias?