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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

A reforma do Estado?

Não se pode proceder à reforma do Estado sem se fazer primeiro a reforma da representação política. Governos formados com base em partidos que não representam o que há de melhor, de mais criativo e dedicado no povo português não fazem reformas. Executam apenas o que as conveniências ditam. Inspiram-se no curto prazo, no oportunismo dos momentos que se seguem. Não têm uma visão estratégica de Portugal.

Notas italianas

Os mercados bolsistas europeus parecem não ter ligado ao resultado do referendo italiano. O índice Euro Stoxx 50, que é indicativo do que se passa nas principais praças europeias, subiu 1,25%. O principal índice francês, o CAC 40, aumentou 1,00%. E assim sucessivamente. Apenas o FTSE MIB, que reflecte a bolsa italiana, teve uma quebra insignificante de 0,21%. O euro também aumentou de valor: mais 0,88% em relação ao dólar dos EUA.

A explicação é simples: quem anda pelas bolsas sabia – há meses – que Matteo Renzi não tinha hipóteses de ganhar esta consulta popular. Por isso, as acções italianas foram-se desvalorizando ao longo dos meses. Perderam 20% do seu valor desde o início do ano. Quanto aos bancos, onde as fragilidades são maiores, a perda média do valor das acções bancárias anda nos 48%, em relação a Janeiro de 2016.

Muitas das acções dos bancos estão na posse dos particulares, dos cidadãos que acreditaram na conversa ouvida aos balcões das agências e que foram convencidos a comprar esses títulos. Mais ainda. Existem mais de 170 mil milhões de euros, a título de obrigações bancárias, nas mãos das famílias. Também aí haverá que prever perdas de valor muito significativas.

Em resumo, como foi dito hoje por alguém importante à entrada de uma reunião em Bruxelas, não há receios. Os italianos saberão como resolver estes problemas.

Ficarão, acrescento eu, mais pobres e muito mais fartos das elites políticas e financeiras. O referendo já mostrou essa tendência. E a trajectória parece levar a Beppe Grillo e à chegada ao poder do Movimento 5 Estrelas. Ou seja, a elite da desgraça será substituída pela malta da confusão.

 

Responder com clareza ao terrorismo

 

            Contra o jogo do pânico

            Victor Angelo

 

 

            É um exagero considerar os atentados terroristas dos últimos tempos como “a maior e pior crise da Europa”. A verdade é que os povos europeus têm sabido responder a esses crimes hediondos com dignidade e sentido de equilíbrio. Ficam chocados, desaprovam veementemente, reconhecem a gravidade desses atos, pedem que se faça mais e melhor em termos da segurança interna, mas não perdem por isso as estribeiras nem se escondem em casa. Por isso não é correto afirmar, como muitos analistas o estão a fazer, que se vive agora debaixo de um medo generalizado.

            É perigoso propagar esse tipo de alarmismos, por muito bem-intencionados que os seus autores o sejam. Ao fazê-lo, estão a fazer o jogo que interessa aos terroristas, o jogo do pânico. E estarão igualmente a preparar os trilhos que os extremistas de direita e outros movimentos xenófobos irão transformar em autoestradas. Depois, será só acelerar, para chegar mais depressa a uma situação de ameaça às liberdades e para pôr violentamente em causa a coexistência social e étnica em que temos vivido. A Europa conjuga-se no plural. Mas os ultranacionalistas não gostam disso e irão aproveitar todas as oportunidades para justificar as suas campanhas contra os “estrangeiros”, os que vieram de fora ou parecem diferentes.

            O discurso irresponsável e superficial sobre o medo tem igualmente o condão de nos fazer esquecer os verdadeiros problemas que desassossegam de facto uma boa fatia da população europeia. Refiro-me às preocupações com a precariedade em matéria de emprego e à insegurança económica. Para os desempregados de longa duração de França – 10,5% da população ativa – bem como para as famílias alemãs que vivem ao nível do salário mínimo ou com rendimentos precários – à volta de 12,5 milhões de alemães estão abaixo da linha da pobreza – as ansiedades que contam são outras e bem claras. Estes dois exemplos repetem-se noutras partes da UE. E lembram-nos a importância e a prioridade que deve ser dada à luta contra o desemprego e a exclusão social. E á promoção do crescimento económico. 

            Outro imenso problema que passou para a lista dos esquecidos é o da imigração. Ora, as chegadas ao sul da Itália através do mar dão uma boa ideia de um desafio que não pára: 22 500 pessoas só em junho. A maioria veio da Nigéria e de outros países da África Ocidental. Ou seja, são pura e simplesmente gente desesperada, jovens à procura de um modo de vida na Europa. A questão da imigração continua à espera de uma política europeia coerente. Também aguarda que se defina uma nova estratégia de ajuda ao desenvolvimento que faça sentido e seja atual. E nestas coisas também convém ser claro. A culpa da indefinição cabe aos estados membros, que não se entendem sobre um assunto premente e que tem implicações estruturais sobre o presente e o futuro.

            Não há duas sem três. Assim, deve-se mencionar um outro problema de grande impacto: os ataques sem descanso que certos políticos em certas capitais estão a fazer às instituições europeias e ao projeto comum. Dirigentes de meia-tigela, peritos em intriga política e na manipulação dos eleitores, gente de visões caseiras e oportunistas, descobriram que malhar nas instituições comuns dá popularidade e permite sacudir a água do capote. E fazem-no sabendo perfeitamente que isso compromete o nosso futuro coletivo, um futuro que só pode ser ambicioso se for europeu.

            Estas são as grandes questões. Não podemos perder o foco. Nem esquecer que há que combater a ansiedade, e os fazedores de medo, e promover a serenidade. Quanto aos terroristas, deixemos as polícias fazer o trabalho que é o seu.

 

(Texto que hoje publico na Visão on line)

Depois do referendo

Este foi um dia completamente desestabilizado pelo resultado do referendo britânico sobre a Europa. E muito se disse e escreveu sobre o assunto. Mas o fundamental é preparar o futuro.

No caso da UE, isso que dizer duas coisas.

Primeiro, definir claramente a posição europeia face às negociações de separação. Há que ser claro e ter bem em conta os interesses dos estados membros bem como a necessidade de mostrar firmeza durante todo o processo negocial. Ou seja, é preciso que haja realismo e uma excelente visão política do que está em jogo. O outro lado vai tentar extrair o máximo de vantagens da UE. Cabe à União fazer o mesmo.

Em segundo lugar, este é o momento de pensar a sério na questão do apoio cidadão ao projecto europeu. A responsabilidade cabe às instituições europeias e igualmente aos governos nacionais. É, aliás, a altura de pôr um ponto final à prática do bode expiatório. Ou seja, à maneira actual de fazer política nalguns dos países da União, onde se tornou hábito de culpabilizar Bruxelas por tudo o que não está a correr de feição. Quando esse tipo de acusações for feito, haverá que ter a coragem de as denunciar.

 

Do Brasil e da América Latina

As incríveis trapalhadas da Presidente Dilma Rousseff e de Lula da Silva têm um impacto muito negativo sobre a imagem internacional do Brasil. E, por tabela, sobre a da América Latina.

A verdade é que vários países do Sul do continente americano conhecem convulsões políticas de monta. As profundas divisões sociais têm-se traduzido em sérias crises políticas e em muita demagogia. E na América Central impera a violência e as violações dos direitos humanos. Entretanto, a pobreza e a falta de esperança ficam por resolver.

Trump e nós

O milionário das ilusões

            Victor Ângelo

           

            Donald Trump é o político de quem se fala. E, paradoxalmente, um político que nos faz pensar, que nos interpela. Digo isto, embora não seja, de modo algum, um fã. Antes pelo contrário! Há que reconhecer, porém, o sucesso da sua campanha eleitoral, que parece agora imparável do lado republicano, e tentar perceber as razões dessa popularidade. É igualmente importante que nos interroguemos sobre a possibilidade de um fenómeno semelhante poder surgir na paisagem eleitoral europeia.

            Uma boa parte do sucesso de Trump provém da prática de uma política de espetáculo. O homem é um artista que sabe de teatro, de palhaçadas e de exposição mediática. Não pratica a política do discurso chato e sinuoso. Não há aliás discurso, no sentido tradicional do termo, nem é claro que saiba articular um encadeado de ideias programáticas. Também não tenta. Vai de comício em comício, repetindo as mesmas frases simples e diretas, as mesmas palavras de empatia fácil com as audiências. É, embora a grande distância, uma edição bem mais popularucha e prosaica, um enorme exagero caricato do que foi a hábil campanha do próximo Presidente da República Portuguesa. Dá resultado, como se sabe.

            Trump não tem preocupações com o politicamente correto, nem porventura saberá o que isso é. Para mim, que passei décadas da minha vida profissional num ambiente em que primava e se cultivava a mesura do verbo e a diplomacia da frase, pode parecer-me uma falta imperdoável. Porém, para o cidadão comum, aparece como uma lufada de ar fresco. As pessoas querem entender o que os políticos dizem e Trump consegue explorar com mestria esse desejo. Como também sabe tirar vantagem da crescente rejeição popular das elites governativas, e dos intelectuais e outros círculos de influência que giram à volta do poder. Os sentimentos de desilusão e de impossibilidade de mudar a classe dirigente geram facilmente desespero, desnorte e revolta, nomeadamente junto de muitos dos que se sentem socialmente mais frágeis. O homem de quem se fala personifica essa ira e alimenta a esperança que o relacionamento entre os governantes e os governados possa mirificamente mudar.

            A globalização tem aberto oportunidades para muitos. Mas, para quem não tem as qualificações profissionais que permitam tirar partido dessas oportunidades, a globalização afigura-se como uma ameaça. Faz temer o futuro e cria um terreno fértil para os ultranacionalismos. Para muitos, na América como por cá, a liberalização das trocas internacionais e o crescimento dos sectores de ponta da economia significam empobrecimento, incerteza e mesmo exclusão. Tudo isto pode ser aproveitado por quem se sinta à vontade no campo da demagogia. Fala então de muros, de barreiras, da abolição dos acordos comerciais e do renascer da grandeza da nação. Trump sabe desbocar essas ideias descomplicadas com uma franqueza primária. E isso dá-lhe vantagem.        

             A base de apoio de Trump é conservadora e maioritariamente branca, com laivos racistas. Pode ir mais longe, ser mais alargada. Uma boa parte das explicações também podem atrair a massa de eleitores que circula ao centro e que vota umas vezes de um lado, outras do outro. São pessoas que partilham muitas das ansiedades e dos preconceitos a que acima aludo.

            E na Europa? Há espaço para que surja um Trump dos nossos?

            Claro que sim, podendo ser um radical quer à direita quer à esquerda. Estas coisas que dão votos aprendem-se facilmente. Pode é faltar o estilo e a postura de confiança que o americano projeta e que neste tipo de campanhas são questões essenciais. Sem elas, fica-se com uma imitação medíocre de um modelo já mau demais.

            E por falar em imitações falhadas, um dos nomes que vem imediatamente à lembrança é o de Nicolas Sarkozy. O antigo presidente francês quer voltar ao Palácio do Eliseu em 2017. A sua linha de atuação é básica e populista. Agarra-se demagogicamente a tudo o que possa dar votos, sem se preocupar com a coerência das suas posições. Mas não tem a prestança nem os recursos de Donald Trump. Contrariamente ao seu modelo americano, irá ficar para trás. É aliás o que já está a acontecer, nesta fase de aquecimentos, em preparação para as presidenciais francesas do próximo ano.

            Convém, no entanto, estar atento aos candidatos a líderes nesta nossa velha Europa. A demagogia floresce mais facilmente quando nos encontramos em alturas de crise. E a Europa está mergulhada numa crise profunda. Sem olvidar que a eleição de um fanfarrão na América só viria complicar ainda mais os nossos já muitos e graves apuros.

           

           (Texto que hoje publico na Visão on line)

Nós e os nossos vilões

Lunáticos e perigosos

            Victor Ângelo

 

 

            Donald Trump continua a dar espetáculo e a surpreender meio mundo. Diz barbaridades e coisas ocas, ofende vastos segmentos da população e exibe-se. É um ser estranho, atípico na paisagem política americana. Mas ganha votos, soma e segue, como uma vez mais se viu nas primárias do Nevada, o que mostra até que ponto o cidadão comum está farto, lá como em vários cantos da nossa Europa, dos políticos tradicionais e dos seus discursos enfatuados. Será, muito provavelmente, o candidato do Partido Republicano, nas eleições de novembro. E poderá ser, a partir de 2017, o presidente dos EUA. Não será fácil, mas tem hipóteses de derrotar Hillary Clinton.

            Teríamos então uma cena internacional particularmente colorida. Trump em Washington, Putin em Moscovo, Kim Jong-un em Pyongyang, e assim sucessivamente, com outros lunáticos e maduros egocêntricos à frente de estados em crise, do Médio Oriente à América Latina, passando pelo Extremo Oriente, o sul de África, mais aqui e acolá. Este é um quadro dramaticamente possível, e em parte já bem real. Seria então o momento de lançar um projeto que acarinho há algum tempo. Tratar-se-ia de uma classificação anual dos líderes considerados como os mais perigosos. Uma lista classificada dos pesadelos no poder, uma espécie de rol kafkiano dos que representassem, em cada ano, uma verdadeira ameaça para a estabilidade internacional. A pontuação teria em conta a capacidade de cada líder de gerar conflitos, violar os direitos humanos, criar crises humanitárias e promover ideias xenófobas e racistas.       

             Creio que não faltariam candidatos aos primeiros lugares de “maus da fita”. Todavia, os nomes acima mencionados e outros, que deixo aos cuidados da imaginação do leitor, teriam grandes hipóteses de chegar às posições de topo da lista já no próximo ano.

            Isto parece uma brincadeira de comédia, mas não o é. Quando se olha para o horizonte internacional, fica-se boquiaberto. É possível identificar um xadrez de riscos muito significativos para a paz e a segurança internacionais, bem como para a solução de certas questões de ordem global, como as que respeitam à luta contra a pobreza e as mudanças climáticas.

            E é aqui que a questão da personalidade do próximo secretário-geral da ONU aparece como marcadamente importante. Estamos numa encruzilhada de várias ameaças muito sérias. Face a esta realidade, penso que a função de secretário-geral, que corresponde tradicionalmente a um desafio muito complexo, se está a transformar numa tarefa impossível. As probabilidades de fracasso são hoje bem maiores. E vão continuar a crescer.

            O sucessor de Ban Ki-moon terá que estar à altura do momento. Isso passa por duas ou três mestrias. Primeiro, por saber falar, com calma e palavras que todos entendam, dos valores universais que devem estar sempre presentes nas relações internacionais. As Nações Unidas foram criadas e encontram a sua razão de ser na salvaguarda e no combate constante pela aplicação desses valores. O secretário-geral tem que ter a coragem de os lembrar, pela positiva e sem lamúrias. Um outro talento diz respeito àquilo que sempre chamei uma imparcialidade ativa. O posto pede um facilitador, um construtor de pontes, como diria o Papa Francisco. Mas a imparcialidade tem princípios, não é absoluta. Deve levar à solução dos problemas. Requer, por isso, que se tome a iniciativa, com subtileza e no interesse da maioria. O secretário-geral não pode ter medo de falar claro no Conselho de Segurança e de expor as suas ideias. Em terceiro lugar, precisamos de alguém que saiba criar círculos de apoio, com uma sólida base geopolítica. Um secretário-geral que se isole torna-se frágil. Aqui, a experiência internacional conta imenso. Os melhores candidatos serão os que puderem demonstrar ter esse tipo de valências no currículo.

            Em termos concretos, que significa isto, perante os nomes já conhecidos? Essa é conversa para outra escrita. Fique apenas e ainda a ideia de que é essencial ganhar a eleição de modo inequívoco, obter uma vitória sem espinhas. Só assim se partirá de uma posição de força, com uma voz grossa que faça ouvir o bom senso.

 

(Texto que publico hoje na Visão on line)

           

           

 

Andam por aí uns demagogos

Sem entrar na questão das campanhas presidenciais, pois quem está fora não deve meter o bico nessas coisas, confirmo, no entanto, que vou acompanhado o que os candidatos dizem, aqui e acolá. E vejo que o tema do Estado social aparece como uma das bandeiras, sobretudo nalguns casos. Mas ainda não ouvi ninguém dizer uma verdade simples: sem economia não há Estado social. O resto é propaganda.

Como não o dizem, digo eu. O Estado social, capaz de responder às exigências modernas, às expectativas dos cidadãos, precisa de uma economia de iniciativa privada forte, dinâmica, avançada e competitiva. E esse tipo de economia só existe se estiver alicerçada num sistema educativo nacional eficaz, moderno, disciplinado e prestigiado.

O resto é demagogia eleitoral.

 

Contra a demagogia

O crescimento económico é a única ambição que conta, quando o país é pobre, quando a economia é insuficiente para financiar um nível de bem-estar social aceitável. Falar em repartir o que não existe em quantidade suficiente é pura demagogia, poeira lançada aos olhos dos crédulos.


Num modelo económico como o nosso, o crescimento da economia passa, acima de tudo, pela promoção do investimento privado e pela qualificação dos trabalhadores, de modo a que possam responder às exigências de um sistema produtivo moderno e competitivo.


O investimento tem que ver com a confiança política e a previsibilidade. Ninguém investe num clima de incertezas políticas, de ameaças ao sector privado. Também não se investe a sério quando a linha política é feita de ziguezagues e sustentada com base em acordos com correntes políticas contrárias ao bom funcionamento do sector privado.
Por outro, a competitividade não pode ser entendida nem funcionar com base em salários desvalorizados e em relações laborais precárias. Competitividade em 2015 significa conhecimentos, preparação profissional, aptidões académicas, estabilidade de emprego.


Assim se constrói o futuro. E assim se denuncia quem tem ideias erradas e anda a tentar enganar a opinião pública.

 

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