Estamos a arder
Os incêndios exigem que o governo, ao mais alto nível, lhes dê uma atenção prioritária.
Sabemos que existem questões de fundo, que resultam de vários factores, incluindo muitas décadas de negligência e fraqueza ao nível dos dirigentes políticos do país.
Mas as questões de fundo são para depois, quando tiver terminado a urgência que agora existe. Se houver coragem política para tomar as medidas que se impõem, é evidente ...
Para já, reconheça-se que é fundamental responder com todos os meios disponíveis aos desafios do quotidiano deste Verão. O poder executivo tem que estar mais mobilizado e mostrar que tem a capacidade de coordenação de meios que é necessária. Há que estabelecer uma plataforma de “guerra contra o fogo”.
O governo declarou agora que várias zonas do país estão perante uma situação de calamidade. Trata-se, no entanto, de uma medida por dias, que irá terminar quando terminar o dia de segunda-feira. E, para além do seu carácter temporário, tratou-se de uma iniciativa que passou ao lado da compreensão da maioria dos portugueses.
O que fica, para já, é a impressão que o governo não está em cima dos acontecimentos. Nomeadamente, ao nível da comunicação social.
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