Gestor de campanhas eleitorais
A poucas semanas das eleições em Portugal e longe da pátria, penso que estas deveriam ser fáceis de ganhar, do lado do PS. Depois de quatro anos de gestão apertada, e de ataques cerrados contra o governo actual na imprensa e nas televisões, a tendência seria, para os eleitores do centro, de se deslocarem agora para a esquerda e votarem socialista.
Mas as sondagens que vão surgindo mostram um partido com dificuldades em convencer os eleitores. Talvez as sondagens estejam equivocadas. Talvez aconteça uma surpresa. Talvez.
A verdade é, no entanto, que as previsões não são boas, para já. Por que razão? Será uma questão de liderança? Será por haver medo, na sociedade portuguesa, de um partido com uma marcada inclinação perdulária? Será por a mensagem não passar? Por que será?
Perante estas interrogações acabei por dizer a um amigo meu que ainda me vou inventar uma nova carreira, de chefe propagandista e gestor de campanhas. Noutros países, é um bom emprego. O meu amigo Mark Malloch Brown começou a sua carreira internacional assim e acabou como chefe grande na ONU. E há outros exemplos de gente que andou a aconselhar campanhas e com sucesso.
Não é que eu esteja a precisar de iniciar uma outra nova vida profissional. Mas seria divertido. E penso que obteria melhores resultados dos que estão agora à vista.