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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Um serviço de vacinação sem falhas

Estive hoje no Pavilhão Desportivo da Ajuda, para receber o reforço da vacina contra a Covid-19 e ser vacinado contra a gripe. Foi um serviço impecável, graças ao trabalho das jovens enfermeiras do SNS, dos Sapadores de Lisboa destacados para dar apoio logístico e organizativo e de todos os que trabalhavam nos bastidores. Excelente.

A vida na Ajuda

Já aqui escrevi sobre a zona circundante do mercado da Ajuda. É como uma pequena aldeia de gente pobre numa freguesia de Lisboa. Os comerciantes da zona são quase todos à moda antiga. Tratam os clientes com muita atenção, como se fossem todos vizinhos e conhecidos. Mas são quase todos pessoas de uma certa idade. Isso pode significar que, a prazo, esta área comercial está condenada.

Entretanto, nota-se que várias casas antigas, em geral muito pequenas, têm sido ou estão a ser remodeladas. Várias acabarão como Alojamento Local. A freguesia já tem um bom número de alojamentos locais. Muito provavelmente, irão aparecer mais.  

Sair do meu bairro, perto do Ministério da Defesa e ir até ao mercado da Ajuda é uma caminhar no tempo e na escala social. É uma digressão que vale a pena fazer. Embora na volta, existam muitas ruas que são sempre a subir.

 

 

As ruas da Ajuda

O velho bairro da Ajuda, junto ao mercado do mesmo nome, nesta parte ocidental de Lisboa, é como uma aldeia dentro da cidade grande. Há de tudo, incluindo gente com poucos meios, a viver em alojamentos minúsculos e que tem a rua como sala de estar. Muitas destas pessoas têm já uma idade avançada, mas continuam a mexer-se, que a vida de quem é pobre não dá para grandes descansos. Existe toda uma série de comércios à antiga, desde o vendedor de passarinhos que cantam a alegria da vida, apesar das gaiolas em que vivem, ao comerciante de trapos e trapinhos. Também há a loja dos telemóveis, com um sikh indiano ao balcão, um estranho que se refugiou neste canto de transição para um futuro melhor.

Hoje visitei a senhora da ourivesaria, por causa de uma questão de relógios. Não sei que idade tem, mas dou-lhe, sem favor algum, que ela não precisa da minha bondade, mais de 85 anos. Disse-me que o artesão relojoeiro a quem ela dá as tarefas mais complicadas tem setenta e tal anos. E quando ele parar, para o negócio. Não há uma nova geração de artesãos a vir por aí acima. Ainda me disse que na Casa Pia há uma formação desse tipo, mas é só canudo. Quem de lá sai, nada tem como experiência do assunto e acaba fazendo outras coisas.

Para mim, isto foi apenas uma ilustração do que será o futuro próximo do bairro. Ofícios que desaparecem, com o andar dos tempos. Até a arte de vender frutas e legumes no mercado ao lado tem cada vez menos praticantes. Uma boa parte das bancadas estão abandonadas.

O que fecha, já não abre. O pouco que ainda vai abrindo são cabeleireiros de senhoras e uma ou outra loja chinesa ou de telemóveis. Compra-se hoje, barato, para deitar fora dentro de dias, quando deixar de funcionar. Mas anda-se com o cabelo arranjado, pois aqui a elegância consegue-se por um preço em conta.

 

O Mercado da Ajuda

Fui hoje ao mercado da Ajuda, aqui em Lisboa, a dois ou três passos do sítio onde moro.


Vou lá de vez em quando. Hoje notei que várias das bancas estão livres, abandonadas, por já não haver quem esteja interessado no seu aluguer. Estimo que cerca de metade do mercado esteja nesse estado, como se fosse um projecto em vias de desaparecimento. Há menos vendedores e a clientela é relativamente idosa e com pouco poder de compra.


E também há, nas redondezas, uma proliferação de pequenos supermercados, que ajudam a dar uns tiros na sobrevivência do mercado tradicional.

De volta para Africa

 

 

 

Cheguei hoje à noite, Sábado, a N'Djamena, caros amigos, e viajo amanhã para a fronteira, não muito longe da linha de separação com o Sudão, na zona de Goz Beida, para visitar um campo de deslocados chadianos.

 

Os deslocados têm condições de apoio e acolhimento muito piores do que os refugiados. É que há toda uma estrutura, a nível internacional, e a começar pelo Alto-Comissariado,  para apoiar os refugiados. Já os deslocados internos, que fugiram às zonas de conflito, recebem muito menos recursos. Por isso, as ONGs não se instalam, na maior parte das vezes, nos campos de deslocados, pois não há fundos.

 

Às 22:00, hora de aterragem, a temperatura era de 25 graus. Tinha deixado Bruxelas a nevar, por volta das 11:00. Com zero graus.

 

Até nestas coisas do clima estamos em mundos diferentes.

 

 

 

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