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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Isto dos abraços entre políticos acaba sempre mal

O Presidente da República deve ter aprendido hoje que o cargo não permite familiaridades com ninguém, e especialmente com o Primeiro-Ministro e o Presidente da Assembleia da República. A posição exige distância e formalidade. Foi isso que aprendi ao longo da vida, nos numerosos contactos com gente no poder. E foi isso que pratiquei, ao meu nível, de modo a poder tomar as decisões que se impunham, nos momentos críticos. Os abrações e beijinhos em política diminuem a autoridade e fazem pensar aos outros, incluindo aos tipos do género de António Costa, que está tudo no saco.

O que hoje aconteceu pôs em causa a autoridade do Presidente da República. É verdade que cabe ao PM escolher quem propõe como ministros. Mas depois do que Marcelo Rebelo de Sousa disse publicamente sobre o desgraçado, incompetente e atrevido chamado Galamba – um lambe-botas de Costa, uma espécie de "galambe" – a saída da crise só poderia passar pela demissão do rapazito. Ao não a aceitar, Costa entrou em desafio com Marcelo. E agora, que faz o Presidente?

O patusco do Augusto

O Senhor Augusto Santos Silva é um patusco que por razões partidárias e compadrios é Presidente da Assembleia da República. Quem o conhece sabe que é um diamante à espera de ser polido. O problema é que muitos diamantes, uma vez trabalhados, saem com uma forma errada e acabam por ir para o caixote onde se guardam as pedras que apenas servem para cortar vidro.

Mas quem esteve com ele na Assembleia da República, naquela charla após o discurso do Presidente Lula da Silva, também é politicamente tosco. Aquilo parecia uma conversa de amigos, e não de personalidades do Estado, após uns aperitivos bem regados.

É este o nível de quem dirige algumas das instituições da República.

Perante isto, vou recomendar à minha porteira, que é viva como o diabo, que se candidate às próximas presidenciais. É preciso evitar que o Augusto tenha qualquer tipo de hipótese.

 

A actual situação política

A credibilidade actual do governo é tão baixa que fico com a impressão que o país está a navegar ao sabor do vento, sem ninguém ao leme. É impressionante como António Costa deixou chegar a governação a esse ponto. Serão poucos os que ainda acreditam na sua capacidade de dirigir a equipa governamental.

Para complicar as coisas, do outro lado da barreira passa-se o mesmo. Montenegro não consegue projectar uma imagem de liderança que inspire um mínimo de competência. E a Iniciativa Liberal revelou, durante o fim de semana, na sua convenção nacional, que não passa de um saco de gatos assanhados, que não se entendem entre eles. Devo confessar que o nível de conflito no interior da IL foi uma surpresa. E as rivalidades entre os seus dirigentes não inspiram nenhuma confiança.

Como dizia recentemente um amigo meu, os problemas da democracia em Portugal estão na falta de nível dos dirigentes partidários e na ganância que inspira os militantes a  inscreverem-se nos partidos. Isso, depois, leva à falta de empenho patriótico e ao desinteresse pelo desenvolvimento do país.

Um começo de ano acidentado

O Ano Novo começou engripado. Para o governo – hoje houve mais um escândalo – e para nós, aqui em casa.

Deixemos os problemas da governação com o Primeiro-Ministro, que é aí que eles encontram a sua principal causa – nomear gente sem fazer uma avaliação política, já não digo ética, de cada um dos escolhidos. Aqui em casa, foi preciso chamar o INEM, que demorou uns 15 minutos a chegar, nas horas da manhã. Depois de uma primeira observação, e da estabilização da doente, concluímos que a melhor opção era continuar em casa. O tempo de espera no Hospital São Francisco de Xavier, a dois passos daqui, seria de nove horas ou mais, para quem recebesse uma pulseira verde.

Os técnicos do INEM foram extremamente cordiais. E perante a nossa decisão de não ir passar tempo no corredor de espera do hospital, sugeriram que contactássemos o nosso Centro de Saúde, para marcar uma consulta. A sugestão era apropriada. Mas o problema é que em dois anos e meio, desde o nosso regresso a Portugal, ainda não conseguimos inscrição no Centro de Saúde desta parte de Lisboa.

Como diria o outro, isto de gripes em idades avançadas tem que se lhe diga. Mesmo estando ambos vacinados.

Mais um passo errado

António Costa está metido numa grande encrenca, que ele tem vindo a criar de modo acelerado. Cada nova remodelação resulta numa diminuição do nível médio dos governantes. A de hoje confirmou inegavelmente essa tendência. O novo ministro das Infra-estruturas é uma espécie de ministro dos calhaus. O seu percurso político tem-no demonstrado. Também sabe provocar enxurradas políticas. Mas calhaus e enxurradas não dão credibilidade. Antes pelo contrário. Estamos perante uma costa muito inclinada.

O Presidente anda fora dos eixos

O Presidente da República admoestou publicamente, esta manhã, a ministra da Coesão Territorial, sobre a execução do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. Fê-lo em termos arrogantes e sobre uma matéria que não é da sua competência. Se tem alguma observação a fazer sobre o assunto, e tendo presente o seu papel institucional, deve fazê-lo através do primeiro-ministro. Mas parece que tem medo de António Costa. E assim, ataca o PM através de uma ministra que não tem a possibilidade de retorquir publicamente ao Presidente.

São este tipo de actuações que mostram a fraqueza política a que se chegou. E que indicam claramente que os políticos não sabem aproveitar as funções que desempenham para tratar daquilo que lhe caberia tratar. No caso do Presidente, uma das suas funções é a discutir com o PM aquilo que pensa que não está a ir bem e perguntar ao PM como pensa resolver o assunto.

Já ontem, no encerramento do Web Summit deste ano, Marcelo Rebelo de Sousa havia tratado de maneira disparatada o organizador do evento, puxando-o com toda a força contra ele, e pronunciado uma enxurrada de incoerências. Quem esteve na sessão, sobretudo os estrangeiros, deve ter achado que temos um Chefe de Estado bizarro.

 

Um pacote de ilusões

O pacote anti-inflação aprovado pelo governo está a cair muito mal na opinião pública. O Primeiro-ministro fez uma bela jogada de espelhos e miragens. Passado o momento, os cidadãos começaram a perceber que o pouco que vão ganhar em outubro é mesmo pouco e será perdido em 2023 e nos anos seguintes. Os pensionistas estão especialmente preocupados com os cortes previstos já a partir de janeiro de 2023.

E o que era de facto importante para as famílias – cortar e reduzir as taxas e o IVA relativos ao consumo de gás e de electricidade, que neste momento pesam mais de 35% do valor total das facturas – não foi feito. Era aí que, sem mais complicações, que as medidas deveriam ter incidido. Seria claro, fácil de entender e teria um impacto imediato nos orçamentos familiares e no bem-estar dos cidadãos. Considero um erro político e uma injustiça social que tal não tenha sido decidido.

Do lado das empresas, era fundamental prever um esquema que ajudasse as que dependem fortemente do consumo de energia. Sem essa ajuda, a viabilidade de muitas dessas empresas estará em risco, já que o aumento dos custos de produção e de funcionamento não poderá ser absorvido pelo preço junto dos consumidores, por muito elevada que seja a inflação. Também teria sido relevante criar um imposto excepcional sobre os lucros inesperados das companhias petrolíferas e energéticas.

O pacote veio também mostrar que o ministro das Finanças não passa bem junto da população. Não tem credibilidade suficiente para o cargo que exerce. Projecta a imagem de quem anda às aranhas. Só existe politicamente por ter o apadrinhamento pessoal de António Costa.

A crise que se avoluma na Europa – e por cá também – exige medidas à altura. Para a enfrentar, não chega ser muito hábil em malabarismos políticos.

Um Primeiro-ministro que serve apenas para proteger os seus

No seguimento da trapalhada de ontem sobre o futuro do aeroporto de Lisboa, trapalhada da responsabilidade do Ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, o Primeiro-ministro anulou a decisão tomada pelo ministro. Mas não o demitiu, nem lhe pediu que apresentasse o seu pedido de demissão. Esse teria sido o desfecho normal, num país normal e com um chefe de governo a sério. O caos político causado pelo ministro pôs em causa a autoridade do governo, o respeito devido ao Presidente da República e ignorou o dever de consultar a oposição. Que mais seria preciso para António Costa se afirmar como um Primeiro-ministro responsável e correr com o Santos da casa, que não faz milagres?

Um governo ausente

Estou a ficar com a impressão que o governo já entrou na pausa do verão. Nada se resolve, não há resposta para questões fundamentais, da saúde aos aeroportos, da segurança interna ao arranque do Plano de Reabilitação e Resiliência, das dificuldades de funcionamento das Forças Armadas à falta de controlo das despesas irresponsáveis e corruptas de certas autarquias. Ou então, o governo quer imitar a oposição e mostrar que consegue ser tão falho de ideias quanto eles são.

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