Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

O papel construtivo das grandes potências

Ao olhar para o futuro, a ambição de África é estar inserida num mundo multipolar, com vários países importantes a dar o exemplo e comprometidos num sistema de cooperação que possa resolver os problemas de natureza plurinacional, as grandes questões regionais ou globais. Este é um tema que precisa de ser discutido e clarificado de modo positivo e sem rivalidades que levem a confrontações destruidoras. Deve, além disso, constituir uma oportunidade para reforçar as Nações Unidas, nas suas diferentes e múltiplas facetas. 

 

Estamos entregues aos oportunistas

Somos uma geração de egoístas, a viver de modo insustentável, hipotecando o futuro, destruindo a natureza e esquecendo o futuro dos nossos descendentes. Os políticos endividam os países para dar a impressão que se vive bem, com todas as comodidades, que somos dirigidos por gente que sabe o que está a fazer. E na verdade, sabem, têm todas as matreirices: estão a destruir o planeta terra, a ganhar agora sem se importarem com as consequências futuras.

Liderar é preparar um futuro melhor e sustentável. Ser-se oportunista é tratar apenas da imagem que se projecta hoje.

 

Davos 2023

A reunião anual de Davos começou hoje e vai trazer, ao longo da semana, 52 chefes de Estado e de governo e mais de 600 grandes capitalistas e outras centenas de personalidades para a montanha suíça. Como de costume, os organizadores inventaram um novo conceito, para caracterizar o mundo de 2023: policrises. Estamos no meio de várias crises, que põem em causa a paz, a globalização e a cooperação internacional. A esse conceito acrescentaram fragmentação. Estamos no meio de múltiplos problemas e incapazes de nos unir para os resolver: essa parece ser a mensagem.

O que não parece estar em perigo é Davos. Quem aí aparece por sua iniciativa, terá de meter as mãos ao bolso: a inscrição pode custar 300 e tal mil dólares. Esse é o preço que é preciso pagar para andar nos mesmos corredores por onde andarão os poderosos deste mundo mais uma mão-cheia de representantes de instituições humanitárias e de grupos de pressão. E alguns dos jornalistas mais influentes do globo.

Davos é um mundo à parte, não tenhamos dúvidas.

 

G20 e o futuro: garantir uma maior representação da cena internacional

https://www.dn.pt/opiniao/o-g20-como-um-modelo-para-o-conselho-de-seguranca-de-amanha-15000602.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. 

Cito, de seguida, um pequeno parágrafo desse texto. 

"Na verdade, o meu propósito é o de sublinhar o potencial que existe ao nível do G20. Esta é a única organização, para além do sistema das Nações Unidas, que consegue reunir os poderosos do Norte e do Sul. Deve, por isso, ser vista como uma boa aposta em termos de colaboração política e económica internacional. E hoje é fundamental que se volte a falar de cooperação e complementaridade, face aos desafios que todos enfrentamos. Os líderes devem sair dos discursos meramente antagonistas."

Parabéns, Emmanuel Macron e muita sabedoria

Vista de onde me situo, não sendo francês, considero a vitória de Emmanuel Macron uma excelente notícia para a Europa. Macron sabe que o reforço da União Europeia é um objectivo estratégico essencial e que a contribuição da França é indispensável.

Não foi uma vitória fácil, depois de cinco anos de mandato que conheceram várias crises: os enormes desafios migratórios, o relacionamento conflituoso com a América de Donald Trump, a pandemia, nos últimos dois anos, e o confronto com a Rússia de Vladimir Putin. Tudo isso teve um impacto enorme na política interna francesa, na economia e nas condições de vida, bem como na criação de profundas fracturas sociais e culturais.

Até ao último momento, fiquei na dúvida sobre o que poderia ser o resultado desta eleição. As imensas complexidades que a sociedade francesa – e outras, na Europa – vive preocupam-me. E não sabia que impacto poderiam ter nas escolhas eleitorais.

Vivemos um período de incertezas e de confusão ideológica. Não o reconhecer, parece-me um erro significativo. As lideranças precisam de tratar estas questões com uma coragem e clareza que têm faltado. Veremos que tipo de segundo mandato Emmanuel Macron irá desempenhar.

Entretanto, desejo-lhe os maiores êxitos e a compreensão que este é um tempo que exige a construção de consensos.

Davos 2022: uma abertura chinesa

Esta é à altura do ano em que os poderosos convergem para Davos. Tal não aconteceu em 2021, por causa da pandemia. Este ano temos um encontro virtual que começou ontem.

Curiosamente, os primeiros oradores, no dia de abertura, foram os presidentes da China e da Índia e o secretário-geral das Nações Unidas. Segui atentamente o discurso de Xi Jinping, algo que não é fácil de fazer por causa do floreado das frases e do recurso a imagens metafóricas que já ninguém usa.

Do muito que disse, sublinho a referência à China como contribuinte maior para a estabilidade Internacional bem como a defesa cerrada que fez do multilateralismo. Essa é uma maneira de colocar a China no lado bom das relações internacionais, ou seja, mostrar que o país desempenha um papel fundamental nas áreas da cooperação e da paz mundiais. Claro que do outro lado da balança, Xi colocou os Estados Unidos que foram mencionados como uma fonte da tensões, de criação de blocos hostis entre si e com uma economia que se fecha e dificulta a recuperação necessária no período pós-covid.

Se tudo isto fosse dito de uma maneira mais simples e mais directa o impacto das palavras do presidente chinês teria sido muito maior. Mas é interessante ver a imagem que pretende fazer valer na cena Internacional.

Uma volta ao mundo em dez perguntas

Hoje fizeram-me uma série de perguntas sobre o mundo. Foi uma longa sessão, que resultará numa entrevista que deverá sair a público no primeiro dia do Ano Novo. Ou nesse fim de semana. Falei de Joe Biden e do seu primeiro ano de política externa. Da Europa como potência global. De Vladimir Putin e da NATO. Da pandemia. Da reforma das Nações Unidas. De questões de liderança, que é um tema que estudo há alguns anos. Aí, falei dos diferentes tipos de líderes: positivos, como Nelson Mandela; negativos, como Donald Trump; e dos neutros, que não atam nem desatam, apesar da popularidade que têm. Neste último caso, deixo a escolha de um exemplo para o leitor. Tenho a certeza que haverá por aí um nome que sobressairá de imediato. Claro que também respondi a questões sobre a China.

No final, o entrevistador, que é um dos grandes dos nossos media, recompensou-me bem, ao dizer:” Excelente reflexão sobre o mundo de um homem que efetivamente viu muito mundo”.

Os desafios de hoje são enormes

O presidente Joe Biden e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, estiveram ontem reunidos, por videoconferência, durante cerca de 3 horas. Foi uma reunião muito franca, de um lado e do outro. Existem vários pontos de divergência, de conflitos de interesses e de grande tensão. Pouco ou nada ficou resolvido, com esta longa troca de opiniões. Mesmo assim, considero que foi importante que um encontro deste género se tenha realizado. Os líderes das duas maiores super-potências devem falar frequentemente e expor as divergências bem como procurar áreas em que as suas acções possam convergir. Vivemos um momento de grandes tensões geopolíticas. A pandemia provocou um agravamento das rivalidades, nomeadamente entre os Estados Unidos e a China. O desafio que temos pela frente é o de conseguir transformar a competição geopolítica em cooperação internacional. Quem desempenha um papel de liderança, ao nível dos estados que são influentes ou no seio das organizações internacionais, tem agora uma responsabilidade acrescida, numa cena global particularmente complexa. Ficar silencioso ou evitar falar com os adversários é inaceitável. As novas gerações irão julgar os personagens de hoje com base num critério muito simples: tiveram ou não coragem para procurar o diálogo, discutir com os adversários e colocar o futuro da humanidade acima de todas as outras preocupações, nacionalistas, partidárias e de conservação do poder pessoal? 

A poucos dias da COP26

A dias do começo da cimeira sobre o clima – a COP26 – existe um grande pessimismo sobre os resultados que se poderão esperar desta reunião. Países como a China, a Índia ou a Rússia ainda não comunicaram as metas que se propõem cumprir. Por outro lado, a Polónia tenta introduzir alterações no plano europeu, de modo a transformar uma promessa ambiciosa num documento mais vago e prolongado no tempo.

Os combustíveis fósseis estão de novo num pico de procura, agora que as principais economias procuram recuperar o crescimento perdido nos últimos 18 meses. Os preços do petróleo, do gás natural e do carvão aumentaram marcadamente nos últimos meses e todas as preocupações são sobre o acesso a quantidades suficientes dessas fontes energéticas. Por outro lado, já começa a ficar claro que o comportamento dos cidadãos, nos países mais avançados, está a voltar aos hábitos passados e mesmo a acentuá-los – anda-se agora mais de carro do que em finais de 2019. E os meios financeiros, que deveriam estar disponíveis para a transição energética das economias menos desenvolvidas, estão muito abaixo do que havia sido prometido.

Ao mesmo tempo, é hoje mais claro que a crise climática se está a acelerar e que há urgência na tomada de medidas.

O vírus e a cooperação internacional

Um amigo próximo está positivo há dez dias. É um homem forte, com muitas décadas de mato africano coladas à pele, um combatente em todos os sentidos. Mas vive numa plantação, algures na África Austral, e a vacina ainda está a caminho da região. Lentamente. E o meu amigo dizia-me hoje que isto da Covid não é brincadeira nenhuma. Ele, que é um sobrevivente de muitas lutas, sabe do que fala.

A sua condição actual veio uma vez mais pôr em evidência a extrema desigualdade que existe no acesso às vacinas. Num país como o seu, e em todos os outros que têm o mesmo nível de desenvolvimento – um nível baixo – a percentagem de gente vacinada é ínfima. Não há vacinas, não existe infra-estrutura nem meios.

Sem um esforço internacional, esses países continuarão a manter o vírus vivo. Depois, mais tarde ou mais cedo, ele saltará daí para o resto do mundo. Os países que contam, em termos de recursos e de capacidade, precisam de agir e de cooperar. É urgente e no interesse de todos.

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

<meta name=

My title page contents

Links

https://victorfreebird.blogspot.com

google35f5d0d6dcc935c4.html

  • Verify a site
  • vistas largas
  • Vistas Largas

www.duniamundo.com

  • Consultoria Victor Angelo

https://victorangeloviews.blogspot.com

@vangelofreebird

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D