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Crescemos quando abrimos horizontes

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Crimes de guerra e sondagens para enganar o freguês

Nada justifica a prática de crimes de guerra. Nem os erros do passado, nem a doutrina de Monroe, nem os crimes praticados por outros, nem uma só vírgula das grandes teorias estratégicas. Só um tolo ou um criminoso podem tentar justificar o injustificável.

Por outro lado, falando de sondagens de opinião e de percentagens de apoio, quero ser claro. Todas as sondagens em regimes ditatoriais traduzem a manipulação da informação, a censura e o medo da repressão. Conheci casos em que os ditadores ganhavam eleições com mais de 80% dos votos, e pouco tempo depois, quando eram derrubados, tinham o país todo na rua a festejar e a pedir a morte do ditador, que pouco tempo antes estava convencido – ou procurava convencer o seu povo – que tinha o apoio de quase todos.

Ainda sobre a eleição em Lisboa

Um erro frequente em política é o de subestimar os adversários. Dir-se-ia que Fernando Medina cometeu esse erro, nestas eleições autárquicas. Ter-se-á deixado embalar pelas sondagens, que o davam largamente vencedor.

Não se percebe bem como foi possível ter sondagens com resultados tão enganadores, mas aconteceu. E o presidente cessante deve ter acreditado nelas, como aliás seria de esperar.

Temos aqui uma segunda lição, para além da que se refere ao erro de subestimar a competição. Essa segunda lição é que não se deve dar demasiado crédito às sondagens. Mesmo sabendo que a maioria das sondagens são hoje feitas com base em técnicas comprovadas, é fundamental continuar a lutar por cada voto, procurar convencer cada eleitor, mostrar que não se acredita em favas contadas.

Uma terceira lição diz respeito à arrogância. Cada candidato deve mostrar que se sente à vontade, que não se deixa levar em ondas de entusiasmo, que está ali para ser eleito e não para ser consagrado. A arrogância, verdadeira ou vista como tal, faz perder votos. É muito mal-aceite pelos cidadãos. Nos tempos da sociedade digital e do individualismo que daí nasce, cada eleitor vê-se como igual aos outros, incluindo aos candidatos. Não quer ver e não apoia quem se sente acima do cidadão lambda, do cidadão comum, do meio da escala.

Breves apontamentos sobre a sondagem de hoje

Na sondagem política que o Diário de Notícias publica hoje destaco três aspectos.

Primeiro, que Rui Rio, o dirigente do PSD, não consegue sair da cepa torta, nem mesmo quando António Costa perde pontos de popularidade. Falta a Rio a chama que um líder político precisa de ter. Isto quer dizer que não consegue projectar uma imagem clara do que significaria votar por ele.

Não terá, lá nas fileiras do seu partido, quem o posso aconselhar em termos de percepção pública? Ou é o homem que não ouve ninguém?

Segundo, o CDS/PP aparece como uma força irrelevante. Com 0,8% das intenções de voto, não acrescenta nada à direita e ao movimento conservador. Fazer acordos políticos com essa insignificância é puro teatro sem consequências, é parvoíce política.

Terceiro, o partido Chega parece ter chegado ao limite das suas forças. Os dados mostram que não tem sabido aproveitar a dinâmica criada pela disputa eleitoral presidência. Consegue, apenas, mobilizar os eleitores mais radicalizados dentro do espectro ultraconservador e numa lógica de saco de gatos enfurecidos, que se arranham uns aos outros.

O PSD e o CDS à deriva

Numa sondagem de opinião que hoje veio para os jornais, fica claro que a direita tradicional portuguesa está em crise. Representada pelo PSD e CDS, não conseguiria hoje mais do que 28% dos votos. 23% para o PSD e o resto para o CDS, que sofre uma queda acentuada. A agremiação de A. Cristas anda mais às aranhas do que a de Rui Rio, o que é muito significativo.

Estes resultados mostram que não há uma mensagem política à direita que cative. Não há fôlego nem bandeiras.

É evidente que a responsabilidade cai, acima de tudo, nos ombros dos líderes primeiros desses dois partidos. Num mundo a sério, ambos deveriam reconhecer que não têm garras para a música que se lhes pede que toquem. Isto é ainda mais evidente se se tiver em conta o desgaste político que caracteriza o governo de António Costa.

Do outro lado, quem aproveita são o BE e PAN. As razões serão motivo para outra conversa.

Gestor de campanhas eleitorais

A poucas semanas das eleições em Portugal e longe da pátria, penso que estas deveriam ser fáceis de ganhar, do lado do PS. Depois de quatro anos de gestão apertada, e de ataques cerrados contra o governo actual na imprensa e nas televisões, a tendência seria, para os eleitores do centro, de se deslocarem agora para a esquerda e votarem socialista.
Mas as sondagens que vão surgindo mostram um partido com dificuldades em convencer os eleitores. Talvez as sondagens estejam equivocadas. Talvez aconteça uma surpresa. Talvez.


A verdade é, no entanto, que as previsões não são boas, para já. Por que razão? Será uma questão de liderança? Será por haver medo, na sociedade portuguesa, de um partido com uma marcada inclinação perdulária? Será por a mensagem não passar? Por que será?


Perante estas interrogações acabei por dizer a um amigo meu que ainda me vou inventar uma nova carreira, de chefe propagandista e gestor de campanhas. Noutros países, é um bom emprego. O meu amigo Mark Malloch Brown começou a sua carreira internacional assim e acabou como chefe grande na ONU. E há outros exemplos de gente que andou a aconselhar campanhas e com sucesso.


Não é que eu esteja a precisar de iniciar uma outra nova vida profissional. Mas seria divertido. E penso que obteria melhores resultados dos que estão agora à vista.

Sondagens fora de jogo

Escrever análises com base em sondagens de intenções eleitorais tornou-se, nos últimos tempos, bastante arriscado. Os inquéritos de opinião enganaram-se no caso das eleições legislativas de Israel bem como nas britânicas e voltaram a falhar no que respeita ao referendo grego.

A partir de agora é preciso tratar as sondagens com pinças.

E ver se as metodologias de inquérito mudam ou não. O erro está na maneira hoje ultrapassada de proceder à inquirição das amostras. Continua a utilizar-se o telefone fixo como ponto de contacto numa altura em que muitos, sobretudo os mais jovens, só se servem de aparelhos móveis. E mesmo os mais velhos…

 

 

 

 

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