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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Sanear os partidos políticos

Os partidos políticos que andam pelas ruas do poder são, tantas vezes, uma perdição. Quem por aí passeia anda à procura de benefício próprio, em muitos dos casos. E são esses que acabam por tecer teias entre eles e conquistar os lugares onde existe alguma autoridade, que é então utilizada para proveito próprio. A gente séria e preocupada com o fazer bem, com a resolução dos problemas que impedem o desenvolvimento do país e que arrastam muitas para a pobreza, essa gente séria acaba por não chegar a parte alguma. São excluídos, deixados nas margens, e acabam por deixar a política. O grande desafio é dar a volta a esta situação, denunciar os oportunistas e fazer chegar ao poder quem está na verdade interessado nas causas mais nobres.

Vivências

No título do livro aparece a palavra “vivências”. A razão é simples: os meus comentários sobre as realidades dos dias que correm têm uma boa parte das suas raízes na experiência que fui acumulando ao longo de quatro décadas, na cena internacional. Foram muitos anos a tratar de problemas em realidades muito distintas, com actores muito variados, líderes de grande qualidade e a gente muito boa e muito má. No meio de tudo isso, estava o enquadramento dado pelas diferentes agências das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança, e os diversos interesses dos grandes países, dos Estados vizinhos, de organizações públicas e privadas, sem esquecer as lutas pelo poder em cada um dos contextos nacionais em que servi.

As reflexões assentam igualmente num conjunto de valores que se foram consolidando ao longo dos anos, sobre tudo após o fim da Guerra Fria. No centro desses valores estão as pessoas, os seus direitos, incluindo o direito ao bem-estar e à segurança individual. Assim, as questões da democracia, da liberdade, da igualdade de oportunidades, da solidariedade aparecem frequentemente nos parágrafos que fui escrevendo desde o verão de 2020. A escrita foi fortemente influenciada pela pandemia da COVID-19, pela discussão sobre o que seria o mundo uma vez resolvido o desafio da pandemia, em particular a esperança em que se apostava num período que viria depois de um drama humano tão significativo. Entretanto, aparece-nos pela frente a agressão decidida por Vladimir Putin contra a Ucrânia. Esse passou a ser um tema maior. Assim, a pandemia e Putin são dois dos grandes assuntos abordados ao longo das páginas. Mas não são os únicos. É preciso pensar no papel da China, no futuro da Europa, nas questões do clima e da pobreza, e em casos dramáticos e praticamente insolúveis, como são Myanmar, o Afeganistão, o Líbano, a Palestina ou o Sahel.

Por detrás das palavras, existe pessimismo ou optimismo? É difícil responder a esta pergunta. Por isso digo muitas vezes estamos numa encruzilhada de grandes proporções. Iremos para um lado ou para o outro, para uma nova ordem Internacional mais justa e mais serena ou para situações de conflitos permanentes, trágicos e caóticos? No fundo, a perspectiva que me anima é positiva. Mas não é fácil ser-se positivo numa situação como aquela em que o mundo se encontra hoje. As gerações mais jovens trazem consigo grandes e animadoras promessas de mudança para melhor. Olham para o planeta de modo global e defendem soluções que promovem a cooperação entre os povos. Esta é uma boa razão para que se seja positivo. É fundamental ajudar os jovens na conservação desses ideais.

Por isso, o livro defende as respostas multilaterais, o valor das organizações internacionais e todas as iniciativas que procuram responder de modo colectivo aos problemas que são de todos. A relevância das Nações Unidas é várias vezes objecto de análise. Sem negar, claro, que é necessário reorganizar todo o sistema de decisão política, reestruturar o Conselho de Segurança e insistir na coragem dos dirigentes, na verdade dos factos e na obtenção de resultados concretos.

 

 

Homenagem ao Grande Desmond Tutu

Aqui deixo uma profunda homenagem ao Arcebispo Desmond Tutu. Quando tudo passa, a memória que fica desde grande personagem de cariz mundial – foi Prémio Nobel da Paz – é do poder que uma só pessoa pode ter em termos de transformação social. Para isso, como o Arcebispo Tutu nos mostrou ao longo da sua vida, é preciso combinar uma excelente capacidade de comunicação, dizendo as palavras que tocam as vidas dos mais simples, com um exemplo permanente de humildade e de humanismo, sem perder a alegria de viver e a esperança em dias melhores. É preciso ser-se coerente, nas diferentes facetas da vida. Tutu foi um mestre para quem o procurou ouvir. Um exemplo de liderança positiva.

 

O génio de Charlie Chaplin e a sua luta pela democracia

Passei o serão a rever o filme de Charlie Chaplin “The Great Dictator” (1940).

É uma peça genial que deveria ser obrigatório ver e discutir nas aulas de cidadania.

Passados mais de 80 anos, as abordagens feitas no filme, e em particular o discurso final do “ditador”, são de uma grande pertinência. Uma decisão dessas – passar a fazer parte do programa educativo das novas gerações – estaria em consonância com o facto da Biblioteca  do Congresso dos Estados Unidos ter considerado “O Grande Ditador” “uma obra cultural, histórica e esteticamente significante”.

Um fim digno

Sou a favor da morte medicamente assistida, incluindo o suicídio. Por isso, penso que uma sociedade desenvolvida, e com sistemas de controlo eficientes, a eutanásia deve ser legalmente permitida. As regras devem ser claras e combinar um grau elevado de sofrimento com a incurabilidade da doença ou da condição da pessoa. É a conjugação destes dois factores que devem servir de critério: uma doença incurável que provoque um sofrimento intolerável, incluindo um padecimento psíquico insuportável. Nesta maneira de ver, não é preciso estar-se à beira da morte para se poder requerer a eutanásia.

O Alentejo sabe o valor das pessoas

Tinha uma velha carteira em couro que precisava de ser cosida, pois tinha rebentado pelas costuras. Há anos. Na Bélgica primeiro, depois em Lisboa, sempre sem conseguir encontrar alguém que pudesse fazer o trabalho. Já não se encontram artesãos do couro, por muito que se procure.

Com excepção da província, do Alentejo profundo. Aqui em Ferreira do Alentejo, pedi a alguém, que sabe quem sou, se haveria um sapateiro ou artesão similar que me pudesse ajudar. Havia, sim senhor. O homem já não vive do conserto dos sapatos – agora todos calçam chinês e deitam fora, quando se estraga –, tem outras ocupações, mas estava disposto a fazer o trabalho, ao fim de um dia de labuta na plantação de vinha que o faz viver.

E assim foi. A carteira ficou reparada a preceito. E o homem não quis ser remunerado. Achou que era uma honra fazer esse trabalho para um antigo alto quadro da ONU.

Fiquei a pensar que por aqui vive-se num mundo diferente, em que a honra conta e vale muito. Certamente mais do que a minha velha carteira e do que muitos políticos pensam valer.

Questões dos tempos que vivemos

Estamos cada vez mais fechados em nós próprios. Sair de casa passou a ser algo de absolutamente excepcional. Muitos de nós temos apenas como visão do mundo a parede do prédio da frente ou as imagens que quem manda nas televisões decide pôr nos ecrãs.

Isto seria aceitável noutras eras. Agora, é cada vez mais difícil, embora a maioria dos cidadãos tenha compreendido a necessidade do confinamento. Mas quanto tempo mais poderá durar essa aquiescência? E que efeitos no comportamento irão ocorrer? E, mais ainda, quem irá tirar dividendos políticos destes tempos tão diferentes?

O imobiliário no Algarve

Seria um exagero dizer que metade do imobiliário algarvio está no mercado, à procura de comprador. Mas constato, depois de uns dias a percorrer a região, que existem milhares de propriedades de todo o tipo à venda. As agências imobiliárias têm as suas carteiras a abarrotar. Visita-se um amigo em qualquer ponto do Algarve, ou fala-se com ele pelo telefone, que as visitas são cada vez mais raras – na realidade, estão a desaparecer da nossa vida social – e ele diz-nos que à volta da sua casa há várias à venda. E neste momento não aparecem compradores em circulação, fora um ou outro caso raro. No entanto, os preços não baixaram. Estão fortemente inflacionados, quando se compara os segmentos médios e altos da oferta aos similares em França ou em Espanha. A questão que se levanta é se a sobrevalorização irá continuar, à medida que avançamos para o inverno desta pandemia que nos tolhe.

 

Hoje, 25 de Abril

Feliz Dia da Liberdade para todos.

Por mim, aprendi que os povos têm como grandes aspirações, acima de tudo, a liberdade, a dignidade e a segurança.

A liberdade permite voos ao sabor da vida e das ambições de cada um.

A dignidade significa o respeito pelos direitos individuais, incluindo a aceitação das diferenças.

A segurança começa pela igualdade de oportunidades, pela protecção perante os riscos, sejam eles de natureza económica, sanitária ou o resultado da violência de outros, bem como pela prática da justiça.

 

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