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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Onde pára o Conselho Europeu?

Decorre este fim-de-semana em Munique a edição 2015 da conferência sobre segurança. Com o tempo, estas reuniões anuais ganharam uma projeção única. Munique é, neste momento, o acontecimento anual mais importante sobre questões de segurança internacional.

Como não podia deixar de ser, a Ucrânia é o prato forte no menu de 2015.

Depois de ouvir o que foi dito hoje, de saber quem falou e o que disse, notou-se a ausência de uma posição europeia. Há vários países da UE a falar sobre o tema, mas não há uma declaração comum. É como se o Conselho Europeu estivesse relegado para um canto e impedido de se manifestar. Nem Donald Tusk nem a Alta Representante Federica Mogherini deram sinais de vida.

Creio que estou já a sentir saudades dos tempos de Herman van Rompuy, para não falar da argúcia com que Javier Solana, antes dele, falava destas coisas e acabava sempre por tomar uma posição pública.

A redução ao silêncio é a melhor maneira de dar cabo das instituições europeias.

A Europa pela positiva

http://tinyurl.com/kc3a37b

 

http://tinyurl.com/mjqyc4e

 

 

 

Estes são os links para o meu texto de hoje na Visão.

 

Escrevo sobre a União Europeia, as próximas eleições e sobre as fragilidades actuais. Sublinho que o único caminho inteligente é o que passa pelo aprofundamento, à medida do possível, da união política.

 

O problema é, no entanto, outro: poucos são os políticos com coragem de dizer o que deve ser tido. A grande maioria, a ver como estão as coisas, vai optar pela negativa, pelo populismo bacoco.

 

Para facilitar a leitura do texto transcrevo-o aqui também.

 

Boa leitura.

 

 

Tempestades europeias

Victor Ângelo

 

 

 

 

A dois passos das eleições para o Parlamento Europeu, é importante falar da Europa de modo positivo e reafirmar a relevância do projecto comum. A opinião pública é um pilar indispensável da construção europeia. Sobretudo numa altura de grande fragilidade, em que a UE é alvo de ataques internos e externos muito sérios, capazes de causar divisões e pôr em causa o futuro.

 

 A nível interno, verifica-se uma convergência de investidas provenientes de vários quadrantes, nomeadamente de forças políticas radicais, extremistas de direita e de esquerda, ultranacionalistas e populistas. As linhas políticas com que se cosem são, aliás, praticamente as mesmas: a demonização do euro e do sistema financeiro; a culpabilização dos outros, do estrangeiro, e outras ficções identitárias que alimentam a xenofobia; o apoucamento dos dirigentes das instituições comuns e dos líderes políticos no poder; a idealização do passado, o mítico em vez do real; a ilusão do regresso às fronteiras nacionais bem como a rejeição de uma visão mais ampla da cidadania europeia. Cria-se assim uma Europa em risco de colapso graças a uma coligação informal de oportunistas, de retrógrados de vários calibres e de iluminados políticos. São gente que procura tirar partido das dificuldades e frustrações dos cidadãos erradamente deixados para trás, dos que não foram ajudados nem preparados para os desafios de uma Europa e de um mundo em mutação acelerada. Em tempos de crise e de incertezas, a política do bota-abaixo e do tribalismo nacional aproveita-se dos medos colectivos e dos desapontamentos sociais. Faz parte das artimanhas dos extremistas saber criar fantasmas e sentimentos de insegurança, para depois tirar os dividendos que daí possam advir. O populismo dá votos, como deu aos ditadores do passado europeu, na primeira metade do século XX. Mas convém lembrar que leva igualmente ao desastre, como a história nos mostra.

 

Ao nível externo, há os que pensam que uma Europa unida é uma ameaça para os seus interesses geoestratégicos e económicos. Não tenhamos ilusões nem sejamos ingénuos. Quem vê a UE assim, quem olha para nós a partir do prisma do antagonismo e da competição negativa, tudo fará para tirar vantagem das vulnerabilidades actuais e sapar a unidade europeia.

 

A verdade é que a batalha da opinião pública não está ganha. Há oposição e há indiferença. Por várias razões, a informação e o esclarecimento não chegam aos cidadãos, não atraem o interesse popular. Neste quadro, o texto que François Hollande publicou, a 8 de maio, no diário Le Monde, deve merecer atenção e ser divulgado. Trata-se de uma reflexão construtiva, bem argumentada, realista e equilibrada sobre o que está em jogo nas eleições de 25 de maio. O presidente francês reconhece que a UE está em perigo de desintegração. Lembra-nos que uma Europa fragmentada abriria o caminho a confrontações violentas entre os estados. Seria uma Europa a contracorrente da tendência actual, que visa criar grandes espaços políticos e económicos. Defende, por isso, o reforço político da UE bem como a ideia – controversa mas que merece ser debatida – que esse aprofundamento se possa fazer mais rapidamente entre os estados dispostos a integrar o pelotão da linha da frente.

 

Penso que o debate nos próximos tempos deve ter em conta esse texto de Hollande. Ao qual juntaria o livro de reflexões que Herman Van Rompuy acaba de publicar – “Europa na Tempestade”. Entre muitas coisas, o Presidente do Conselho Europeu diz-nos que a gestão da crise europeia tem sido inspirada pela determinação de manter a união. É essa vontade que precisa de ser partilhada pelo maior número possível de cidadãos.

 

 

 

 

O bom-senso é um dos pilares da paz

Dizer que estamos a atravessar um momento de alto risco seria esquecer que o risco é o quotidiano de muitos, em várias partes do globo. Assim acontece em diversos cantos de África, do Darfur ao Leste do Congo, da Guiné-Bissau à Somália, em muitas terras da América Central, com Honduras a ter a taxa de homicídios mais elevada do mundo, na Ásia, do mundo do trabalho quase escravo do Bangladesh até ao tráfico de crianças no Cambójia, e assim sucessivamente.

 

Mas ignorar que a escalada de confrontação entre o Ocidente e a Rússia não augura nada de bom seria um erro.

 

E estamos, de novo, hoje, numa lógica de intensificação da crise. A visita do Secretário-geral da ONU a Moscovo e amanhã à Ucrânia mostra o nível de preocupação de quem sabe quais são os riscos.

 

É preciso pôr um travão ao conflito.

 

Mesmo assim, já se foi longe demais. Reparar a confiança perdida vai demorar muito tempo.

 

Continuar a perdê-la levaria a prejuízos muito grandes para ambas as partes.

A Rússia e nós

https://docs.google.com/file/d/0B7Mx3TqxEDLpM3JiRktJRVdjNG8/edit

 

O link acima leva-nos ao texto que hoje publico na Visão sobre as relações da União Europeia com a Rússia.

 

Para facilitar a leitura, passo a citar esse meu escrito:

Um parceiro chamado Putin

Victor Ângelo

 

Nas vésperas do referendo sobre a integração da Crimeia na Rússia, seria fundamental que os dirigentes europeus se exprimissem de modo coerente, a partir de uma posição comum. O ideal seria que se pronunciassem a uma só voz, com o Presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy, a falar em nome de todos. Mas isso implicaria uma Europa diferente, não a que temos agora com as instituições comunitárias reduzidas a um grau inédito de irrelevância.

 

Trata-se de reconhecer que estamos perante um momento particularmente crítico para a segurança e a credibilidade externas da UE. O bom relacionamento político com a Rússia, o grande vizinho da nossa comunidade de nações, é fundamental. Tem que ser construído com base na confiança mútua, na cooperação e no respeito pelos interesses das partes. Não pode assentar numa mera relação de forças, com cada lado a contar os canhões de que dispõe. Nem deve apoiar-se na prática do facto consumado, no partir da loiça primeiro, para depois se tentar colar os cacos. Dito isto, convém lembrar que a única linguagem que Vladimir Putin entende bem, em matéria de relações internacionais, é a da diplomacia musculada. Quero dizer, uma diplomacia sem ambiguidades, que não deixe espaço para divisões ao nível dos protagonistas europeus e que seja clara em matéria de objectivos e, ainda mais, em termos de consequências.

 

Putin pode ser um produto dos tempos da Guerra Fria, mas não ignora onde estão os interesses da Rússia de hoje. Terá certamente como inspiração a ideia de uma Rússia forte e influente na cena mundial, mas estará consciente que a prosperidade do seu país depende, em grande medida, do fortalecimento das relações comerciais com a UE. Sabe, mais ainda, que a sua continuação no poder, que é, em última instância, a ambição que o anima, tem mais que ver com o incremento do bem-estar e da segurança económica dos seus concidadãos do que com o nacionalismo arcaico que ainda alimenta o sonho de uma Grande Rússia.

 

Nesse contexto, e se a posição europeia se mantiver firme, Putin acabará por aceitar que a Crimeia pesa pouco, no grande jogo das relações com o Ocidente. A Crimeia não vale uma guerra, nem mesmo um conflito a frio. Putin precisa, no entanto, de receber certas garantias, que tenham a caução da UE e lhe permitam salvar a face perante os seus. Isto significa, primeiro, a certeza que o acordo relativo à base naval de Sebastopol continuará em vigor, nos termos actuais. Segundo, que Kiev respeitará a autonomia política e administrativa da península bem como um relacionamento especial com Moscovo. Terceiro, que a nova constituição ucraniana voltará a considerar o russo como uma das duas línguas oficiais do país.

 

Mas o que é uma posição firme? Apesar dos europeus terem perdido o hábito da firmeza de vistas largas e adquirido o gosto pela navegação costeira, em que cada país pensa apenas em si, sem ter uma visão de conjunto, a resposta é simples. Passa, primeiro, pela não-aceitação do referendo na Crimeia, nos moldes em que está previsto. Depois, por um acordo tripartido, entre europeus, russos e ucranianos, sobre o processo de transição política que Kiev deve seguir. Esse processo deverá ser acompanhado por um plano de recuperação económica e financeira, financiado conjuntamente pela UE, a Rússia e outros parceiros internacionais. Terá igualmente que incluir um acordo de revisão constitucional que proteja os direitos das diferentes comunidades linguísticas e salvaguarde a soberania da Ucrânia. Firmeza não significa ostracizar a Rússia. Nem apoiar uns contra os outros. Requer, isso sim, visão, equilíbrio, bom senso e imaginação.  

 

 

 

 

 

Sobre a Ucrânia

Na Visão que ontem foi posta à venda escrevo sobre a grave e complexa crise ucraniana. A Ucrânia é hoje uma zona de confrontação de interesses. A UE tem que ter uma estratégia muito bem pensada. Não pode tratar dos acontecimentos e da questão sem ter em conta as mais variadas dimensões da mesma, que vão dos direitos humanos e da liberdade das pessoas à necessidade de diálogo e de equilíbrio entre as partes em conflito, até aos aspectos geoestratégicos. A tendência habitual para lidar com estes problemas de forma esquemática e simplista poderá acarretar consequências inesperadas e muito sérias, inclusive para os interesses da UE. Por outro lado, enveredar por uma política de confrontação aberta com a Rússia exigiria uma unidade de objectivos e intenções, por parte dos europeus, que me parece, neste caso, como em muitos outros, muito difícil de conseguir. A dependência da Rússia em termos de gás, que é total para alguns Estados membros da UE, coloca-os numa posição de grande prudência e dá-lhes muito pouca capacidade de manobra. A Letónia, por exemplo, depende do gás russo. No outro extremo, a Espanha ou Portugal, não. Mas mesmo estes não têm qualquer interesse numa política de hostilidade aberta com Moscovo.

 

O texto pode ser lido através do seguinte link:

 

http://tinyurl.com/p6ahuc8

 

Para quem o quiser ler nesta página do blog, passo a transcrever o que escrevi:

 

 

Ucrânia: a difícil política do bom senso

Victor Ângelo

 

 

A crise ucraniana não se compadece com análises a preto e branco. Nem com a diplomacia do megafone praticada por exemplo por Van Rompuy este fim-de-semana, em Varsóvia, ao atacar abertamente as autoridades de Kiev. É uma situação complexa, com profundas implicações internas, numa Ucrânia à beira da falência económica, e politicamente fracturada. Por outro lado, na frente externa, a crise tem contornos geopolíticos sensíveis, em virtude das ambições russas para a região e dos ressentimentos de certos Estados da UE. Estamos, além disso, perante um processo volátil e cheio de perigos. As opções têm que ser abordadas com uma boa dose de ponderação.

 

Nos últimos dias, as comunidades ucranianas residentes no estrangeiro, incluindo em Portugal, intensificaram a pressão para que as instituições europeias tomem uma posição inequívoca. Querem que se faça uma espécie de ultimato ao Presidente Viktor Yanukovich, com ameaças e tudo. Mas a verdade é que a nossa parte da Europa não tem uma posição comum sobre a Ucrânia. Quando a proposta de sanções foi debatida, ficou claro que não havia o consenso necessário para a aprovar. No essencial, as preocupações dos que contam na UE passam por evitar um agravamento da violência, pela promoção do diálogo entre as partes e a preocupação de não hostilizar a Rússia de modo aberto. A Alemanha, nomeadamente, não se esquece que o mercado europeu absorve 47% das exportações russas e que esse país é o terceiro maior parceiro comercial da UE, após os EUA e a China. O comércio pesa, quando se tomam decisões geoestratégicas. Ainda pesa mais, numa altura de incertezas económicas. E é determinante para alguns, para os que estão criticamente dependentes do gás russo, como é o caso dos Estados Bálticos, da República Checa, da Eslováquia, da Hungria e da Bulgária. Saber que em 2013 a Noruega se tornou o principal fornecedor de gás do conjunto da UE não é consolação suficiente. Para estes países, é a Rússia que conta.

 

A nossa resposta tem que resultar de um equilíbrio entre o realismo e os princípios. Primeiro, convém ter presente que a geografia continua a ser um dos pilares das relações internacionais. A Ucrânia está onde está, na convergência de duas placas tectónicas de interesses. Na Europa que queremos construir, a confrontação entre interesses opostos tem que ser resolvida por meios pacíficos, através da convergência e da vantagem mútua. Pensar, como alguns pensam, que a “guerra” que se perdeu na Geórgia em 2008 pode ser agora vingada na Ucrânia, é um erro primário. A política do “ajustar contas” não deve ser a linha de inspiração das relações com a Rússia. Ninguém me pode exigir que goste do meu vizinho. Mas terei toda a vantagem em entender-me com ele, para além dos gostos e dos desgostos recíprocos.

 

Quanto aos princípios, as regras são claras. Há que respeitar os direitos humanos, a liberdade e as diversas expressões da cidadania, tratar do mal-estar social e político por meio de negociações e entendimentos. A rua, incluindo a Praça Maidan em Kiev, deve ser utilizada, sem violência e destruição de bens nem cega repressão das multidões, para forçar o diálogo e o bom funcionamento das instituições. Estas são as mensagens que os amigos da Ucrânia devem enviar a Yanukovich e aos líderes das oposições. Sem ambiguidades. O resto está nas mãos do povo ucraniano. Eles, melhor do que ninguém, saberão encontrar a solução que melhor se adequará às suas circunstâncias. Sem manobras nem interferência vindas de fora, nem do Norte nem do Ocidente. A não ingerência é outro princípio que convém ter sempre presente.

 

 

 

A União Europeia em 2014

O último Conselho Europeu deste ano começou ontem e termina hoje. Como de costume, um vasto perímetro de Bruxelas, em torno das instituições europeias, está sob um controlo apertado da polícia federal belga. Os meios mobilizados são imensos, sobretudo por ter havido uma manifestação de agricultores europeus. Quando estes vêm para a rua, com as suas máquinas agrícolas e produtos do campo, a confusão nas ruas da cidade à volta do Berlaymont é grande.

 

Onde não houve confusão foi à mesa da cimeira. Os líderes que mais contam, que não têm medo de falar abertamente, mostraram claramente o que querem, no que respeita às próximas etapas da integração europeia. Querem uma pausa. A integração, no seu entender, deve ser feita com base no que já existe. Para eles, este não é o momento para novas frentes.

 

Mostraram também que não tencionam alargar ou aprofundar os poderes da Comissão Europeia. A aposta, para eles, continua a ser na soberania nacional e nos acordos entre estados.

 

Não será muito, em termos da construção da União. É o que eu já esperava e que havia escrito em textos recentes que publiquei na Visão. Não haverá grandes mudanças enquanto não se entrar num novo ciclo, com um novo Presidente à frente da Comissão. O que só deverá acontecer perto do início do último trimestre de 2014.

 

O ano novo vai ser, por isso, um compasso de espera na construção europeia. Mas é assim que se faz a história.

 

 

 

 

 

 

A palidez da Europa

O sítio informático da Visão disponibilizou agora o meu texto mais recente publicado na edição impressa da revista. Pode ser lido em:

 

http://visao.sapo.pt/a-palidez-politica-da-europa=f714188

 

Cito um extracto do meu escrito:

 Com Berlusconi uma vez mais a definir a agenda, a Itália está embrenhada numa nova corrida para a confusão. Reina a demagogia. Até Monti já faz promessas eleitorais irrealistas, ao revés da orientação que seguiu enquanto chefe de governo. Uma parte significativa do eleitorado irá votar, sem grande fé no prometido, mas com base no “nunca se sabe”. 


Espero que tenham a paciência de ler e comentar.

A bola de cristal da Comissão Europeia

O orçamento europeu ontem aprovado, com enormes cortes, pela cimeira de chefes de Estado e de governo fora preparado pela Comissão Europeia em 2011, há cerca de dois anos. Ou seja, a Europa de 2014 a 2020 vai ser guiada por um documento concebido no início da década. Boa sorte, como diria o outro, que isto de planificar a longo prazo e com tal nível de pormenor é mais uma questão de bola de cristal do que de clarividência política.  

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