Vida na via rápida
Acabo de voltar de Yaoundé e Bangui, a esta hora tardia do serão. É um girar na via rápida, a passo de jet, uma aceleração que tem que ter uma pausa.
Entretanto, o grupo gostou muito de conhecer Yaoundé. Estivera recentemente na capital dos Camarões, no meu caso, a cidade não era uma descoberta. Mas para quase todos os outros, constituía uma novidade. Incluindo para os dois colegas do GOE que comigo viajaram.
É uma cidade verde, de colinas, rodeada por uma floresta equatorial, cheia de vida e com uma certa graça. Há dinheiro em Yaoundé. Casas grandes, gente rica, e, como sempre, o outro lado da equação. Gente a tentar sobreviver o dia-a-dia. Mas como a maioria das migrações se fazem do meio rural camaronês para Douala, o grande porto e centro da vida económica, a capital consegue manter um ar relativamente organizado e próspero.
Disse ao Ministro dos Negócios Estrangeiros que tinha estado muitas vezes no seu país. Que a primeira vez fora em Julho de 1978, numa altura em que os Camarões estavam numa fase de arranque acelerado da economia. Quando o país se havia transformado num grande exportador de frutas e de outros produtos agrícolas tropicais.
Retribuiu a amabilidade, ao lembrar que o país recebera o seu nome dos navegantes portugueses.
Hoje, certos navegantes andam num rodopio que dá um ar de importância, mas que não leva à descoberta de novas terras.