As frustações do amor e da beleza
O dia primeiro do ano novo acabou mal. Estava a entrar no cerne da questão, numa matéria de muita importância nesta nova vida, quando todos os sistemas de comunicação se foram abaixo. Deixou de haver net, a rede telefónica de segurança desapareceu, fiquei com aquele sentimento que os galãs dos filmes de outrora deverão ter sentido, quando, prestes a beijar a donzela, depois de uma cena de grande intensidade dramática, acontece uma catástrofe qualquer e tudo fica de pantanas. E não há beijo.
Neste caso, não houve muita coisa, inclusive blog. Começar o ano assim é de ficar com os ossos todos frustrados.
O plano era partilhar estas flores de uma zona árida. Flores que encontrei à saída de Guéréda, uma terra de muita violência, num sítio onde o Sahel se finda e surge a paisagem do Sahara.
Aqui estão as flores:
Copyright V. Ângelo
Com estes arbustos e pedregulhos, mesmo à beira da picada que sai da localidade para o Oeste, a área tem sido local de muitas emboscadas e ataques contra os trabalhadores humanitários e os funcionários internacionais. O último caso foi o de delegado do governo para a ligação com os refugiados. Foi assassinado a uns metros desta árvore tão linda.