Andam a enganar-nos, viva a alegria!
A crise económica portuguesa é muito grave. O país está cada vez mais endividado, as famílias mais pobres e o tecido produtivo continua à espera de modernização. A nossa capacidade de inovar é fraca. A preparação profissional, de muitos, é simplesmente insignificante. Mesma a produção de ideias é pouco criativa. Passamos as horas a copiar os outros. O acordo ortográfico é uma distracção sem sentido, que nos baralha ainda mais. A política, quando não anda a tratar de coisas periféricas, como o casamento entre duas cenouras, fixa as suas preocupações em protagonismos de gente que sente o tempo a fugir-lhes da vida.
Para quem tem vistas largas, tudo isto soa a miudinho. Não dá muito lugar à esperança. Mas, enfim, enquanto houver bacalhau e vinho tinto, o Domingo passa mais alegremente. O fundamental é, para quem está nas savanas das terras distantes, não ligar a RTP Internacional. Sobretudo se o Teixeira dos prantos estiver a falar das agências de rating e do orçamento fictício do Estado.