Qualquer movimento cívico que tente lutar contra a corrupção em Portugal terá necessariamente que rever com muita atenção o que se passa na área dos PIN. São uma porta aberta a todo o tipo de arranjos e de manipulações. O problema é ter movimentos de cidadãos suficientemente fortes, e com recursos, para que um seguimento a sério possa ser garantido.
Haverá alguma fundação pronta a financiar esse tipo de observatório cívico?
Nos próximos dias estarei em N'Djaména, Bangui e Abéché, na fronteira com o Darfur.
É cada vez mais claro que a crise no Darfur, que muitos dizem ser de primeira ordem, só ganha interesse e atenção quando a UE e os EUA não estão preocupados com a Geórgia, ou com o Irão ou o Médio Oriente. Ou com créditos mal parados.
É uma crise que permanece no pano de fundo, para quando não há mais nada de importante para assinalar.
Na Convenção Democrática, um discurso que apoia sem reservas o candidato presidencial do Partido, um discurso com sentido patriótico e que fala directamente às pessoas, com base em casos concretos, vividos por muitos, sem ambiguidades, sem baixezas, sem ataques pessoais, nem contra os do seu campo, nem contra o candidato Republicano.
Deveria servir de exemplo a certos senhores amargurados do PSD, por exemplo.
É o que se está agora o observar na área da segurança e ordem pública. Já não se percebe quem deve tomara liderança, quem coordena, quem faz o quê.
Por outro lado, o debate à volta da figura de um Secretário-geral da Segurança Interna é um debate sem sentido num estado democrático. Os receios que levanta não são mais que reflexos políticos de um passado de repressão que já não existe no nosso quadro jurídico e constitucional.
A VISÃO de hoje publica o meu artigo sobre a necessidade de um diálogo político mais estratégico entre Bruxelas e Islamabad.
Com a eleição de um novo Presidente a 6 de Setembro, abre-se uma nova oportunidade para uma cooperação mais inteligente entre a União Europeia e os dirigentes paquistaneses. Uma cooperação que tenha em conta também os objectivos que a UE está a tentar alcançar, sem grande resultados, no Afeganistão.
Estamos perante um grupo de dirigentes muito frágeis mas que entendem as vantagens de um diálogo produtivo com a comunidade internacional, e em particular, com a União Europeia. Um diálogo que na verdade é necessário para que se estabeleça uma cooperação internacional efectiva nas áreas da segurança e do desenvolvimento. Um diálogo que, sem ofender o forte sentido de patriotismo dos paquistaneses, ajude a nova liderança a vencer as hesitações actuais, a maneira frouxa e pouco coerente como tem tratado com os extremistas.
Se isso não acontecer, veremos novas rebeliões de cariz marcadamente religioso surgirem naquelas partes do mundo.
Na política, na vida e no reino dos blogs, o que mais falta faz é a virtude da paciência, as vistas largas, a perspectiva do longo prazo. Há que sair da preocupação do imediato e ver cada questão num horizonte mais amplo.
Fácil de dizer, mas muito difícil de aplicar quando a maioria das pessoas tem apenas o prédio da frente como perspectiva e os políticos estão na coisa pública a prazo limitado, a ver se ganham o seu.
A VISAO de hoje publica o meu artigo sobre a necessidade de um diálogo político mais estratégico entre Bruxelas e Islamabad.
Com a eleição de um novo Presidente a 6 de Setembro, abre-se uma nova oportunidade para uma cooperação mais inteligente entre a União Europeia e os dirigentes paquistaneses. Uma cooperação que tenha em conta também os objectivos que a UE está a tentar alcançar, sem grande resultados, no Afeganistão.
Estamos perante um grupo de dirigentes muito frágeis mas que entendem as vantagens de um diálogo produtivo com a comunidade internacional, e em particular, com a União Europeia. Um diálogo que na verdade é necessário para que se estabeleça uma cooperação internacional efectiva nas áreas da segurança e do desenvolvimento. Um diálogo que, sem ofender o forte sentido de patriotismo dos paquistaneses, ajude a nova liderança a vencer as hesitações actuais, a maneira frouxa e pouco coerente como tem tratado com os extremistas.
Se isso não acontecer, veremos novas rebeliões de cariz marcadamente religioso surgirem naquelas partes do mundo.
O que o Presidente da República declarou ontem, em Odemira, quando falava da questão muito séria do aumento da criminalidade violenta, é que falta uma estratégia adequada, capaz de responder aos novos contornos que o problema da insegurança apresenta hoje em Portugal.
Que o Presidente tenha que o dizer, em vez do governo, que tem a responsabilidade executiva na matéria, é um facto político de monta. Significa, fundamentalmente, que o Governo passou a ser apenas uma administração a reboque, que reage tardiamente em vez de prevenir. Está a transformar-se, como acontece em muitas partes do mundo, numa administração paralisada pelo medo de cometer erros e perder apoios.
Há que mostrar que a crise tem custos políticos para alguns dos membros do Governo, os directamente ligados à questão da segurança e ordem interna. Sem um gesto significativo, incluindo em termos da responsabilidade ministerial e da necessidade de mostrar que se quer levar, a partir de agora, a questão muito mais a sério, o Governo arrisca-se a perder novos pontos no que respeita à sua imagem de eficiência. Uma imagem que está cada vez mais em riscos de ser alienada.