A economia, meus senhores
Em Portugal, as questões centrais, na área económica, são bem claras: primeiro, diversificar a economia; segundo, promover a criação de empregos; terceiro, aumentar o rendimento das famílias.
Estas deverão ser, hoje mais do que nunca, as grandes preocupações da liderança portuguesa, quer dos que estão no governo, quer dos que fazem oposição.
Precisa-se de um bom diagnóstico dos problemas, não de slogans demagógicos 'a la Aveiro, como as portas do arrebatamento o fizeram ontem. Quer-se um debate nacional, que reúna associações de empregadores, confederações sindicais e líderes políticos e sociais. Não chegam os grupos de reflexão, que por mais que se estiquem, acabam por ter um cunho meramente partidário, sem novas fronteiras.
Do debate alargado deveriam surgir propostas para uma nova estratégia económica nacional, que tenha em conta as nossas capacidades e as vantagens comparativas que podemos valorizar.
A formação profissional, um dos pilares do nosso desenvolvimento, e que tem tido um tratamento sem rumo, ao sabor de subsídios e compadrios institucionais, com grandes suspeitas de corrupção, seria então definida com base nas áreas estratégicas identificadas.
A simplificação administrativa seria igualmente pensada tendo em conta a necessidade de simplificar a burocracia ligada ‘a actividade económica.