Os pacóvios foram hoje ao espectáculo, escutar o Tony Blair, o negociante dos discursos a peso de ouro, e ficar ainda mais pequenos na pequenez da nossa política nacional, de couves galegas e repolhos trombudos.
A TV, muito convencional e respeitadora, sempre atenta aos desígnios dos que podem, fez do caso estória grande.
Conversas, meus senhores, conversas.
Ou então, Tony Blair, disse-lhes que há que ter uma visão mais ampla das coisas, para além dos condomínios fechados dos arredores de Lisboa, onde se chega depois de se atravessar as ruas da pobreza, e para la' dos Algarves da vida cara e sem qualidade.
Hoje, com vários bancos europeus em dificuldades, e mais ainda por aparecer, por vir 'a tona da água do pântano, tudo a revelar as ligações frágeis, cúmplices, entre a finança europeia e as construções engenhosas e especulativas dos fundos sem fundo americanos, a crise ganhou novas dimensões. Internacionalizou-se. Tornou-se uma ameaça para varias sociedades.
O mundo da banca tem cada vez menos que ver com o mundo real, com a economia produtiva. E' só vento, e tudo o vento parece levar...