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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Recordista em liberdade

O jovem -- 29 anos -- detido em Lisboa pela Polícia Judiciária, esta madrugada, já vai na décima quinta detenção. 15 vezes apanhado pela mão da justiça, outras tantas libertado. Desta vez tentava roubar, de arma em punho, um pacato psicólogo.

 

No meio da confusão que reina na justiça portuguesa, talvez seja o psicólogo que acabe por ser internado -- que ideia andar a passear na rua, durante as pequenas horas do dia, com bens e dinheiro equivalentes a cerca de 300 euros. Deve ser, como alguns que estudam psicologia, um bocado perturbado...

 

O jovem ladrão, esse acabará mais uma vez por ser solto, mais dia menos dia. Na verdade, com um passado tão cheio de detenções para nada, se o deixarem em paz ainda vai acabar no Guinness dos recordes mundiais, o que certamente muito honrará Portugal.

 

E ainda dizem que a justiça que temos desprestigia o nosso país...

 

O mínimo dos salários

Que tristeza andar-se a discutir se o salário mínimo em 2009 deve ser 450 Euros ou não.

 

 

Em política e em economia, uma média de salários mais elevada, dentro do razoável, claro, tem a vantagem de exercer um estímulo sobre a actividade económica. Essa e' a experiência na Suíça, nos países nórdicos e mesmo dos Estados Unidos. Um maior poder de compra , mesmo a um nível tão baixo como o de 15 Euros por dia -- o que se consegue fazer, em termos familiares, com esse montante diário? Apenas fome e milagres, creio... -- faz sempre aumentar o consumo, e atrai uma maior produção de bens e servicos.

 

A não ser que tudo seja importado...

 

Assiste-se 'a discussão do Portugal dos mínimos...

Tempos incertos

A crise actual ensinou-nos que no mundo de hoje já não há certezas. Tudo pode acontecer. Nada e' de excluir. Os desafios 'a imaginação não cessam.

 

Bancos que ontem eram pilares da economia e exemplos de sabedoria económica e financeira, hoje aparecem como ninhos de incompetentes e de pulhas, empresas que eram de bandeira, fecham agora as portas, Islândias que ocupavam o primeiro lugar no Índice do Desenvolvimento Humano passaram a estar 'a procura de um sentido de vida, o que valia há meia dúzia de tempos desaparece no momento de agora.

 

Creio que só o governo e os partidos portugueses têm verdades imutáveis. A conversa do  passado continua com as mesmas palavras nos tempos de hoje. Não há mudanças, as querelas persistem como sempre o foram, as soluções propostas são as mesmas que nunca fizeram sentido, nada de novo, camaradas e companheiros, senhoras e senhores, até porque afinal nada mudou na classe política que nos dirige.

 

É talvez a altura de declarar a independência total de Portugal em relação ao mundo que nos rodeia. Que a festa comece a ser preparada, meus senhores!

 

 

Killer instincts at 04:21 am

Hoje o dia começou mal.

 

Na noite passada tinha ido para a cama tarde, cansado e apenas com uma ideia na cabeça: tentar dormir profundamente, mesmo que fosse apenas por umas cinco ou seis horas. De repente, no meio da noite, reparei depois que eram 04:21 da madrugada, entrou-me um som estridente pelos ouvidos, como uma agulha fina a atravessar-me os tímpanos, o cérebro, o sono, o cansaço, a necessidade de repouso.

 

Levantei-me da cama com toda a fúria que possam imaginar, procurei o autor da flecha sonora por toda a parte, com os olhos que tinha injectados de sangue, não o vermelho da fadiga, mas sim do instinto assassino que me animava, e acabei por descobrir a criatura debaixo da mesa de cabeceira, a tentar disfarçar a sua cor preta contra os ladrilhos do solo.

 

Matei-a logo ali, sem qualquer tipo de hesitação. Depois, foi por água abaixo, na sanita, não por que tivesse a preocupação da esconder e fazer desaparecer o cadáver. Foi parte do meu instinto, completar a morte, por um ponto final num acto de destruição. Um completar da vingança.

 

E' verdade que nesta altura do ano N'Djamena esta' infestada de grilos. Aparecem por toda a parte, 'a noite, nas casas, na roupa, nos cantos mais incómodos. E fazem um barulho ensurdecedor. Creio que só os sapos são mais numerosos. Mas os sapos são como certos políticos, só comem o que lhes aparece pela frente, mas não dizem nada, não se fazem ouvir. Ou será melhor fazer a comparação com certos deputados da Assembleia da República?

 

Também e' verdade que o som agudo e contínuo de um grilo africano, não tem comparação, mesmo quando rompe o silêncio do nosso meio da noite, com o que aconteceu 'aquele pobre diabo da história da metamorfose, que ele sim, quando acordou, se encontrou transformado num insecto.

 

Mas, compreendam, quando se anda cansado, a pregar no deserto, entre rebeldes e bandidos armados, e farto de tantas violações dos direitos mais primários das pessoas, ser acordado por um grilo na madrugada das muitas frustrações faz-nos perder o sentido das proporções.

 

E a pobre criatura pagou a factura.

 

Interrupções e foras-de-jogo

A entrevista do Senhor Primeiro-Ministro está recheada de interrupções. O jornalista, em vários casos, nem tempo tem para a colocar a questão. A resposta sai logo, 'a queima-roupa, como uma rajada. A procurar o dano máximo.

 

Sempre ouvi dizer que interromper quem esta' a falar e' sinal de má educação. No caso, e' apenas uma expressão de um contra-ataque constante. Combinado com uma impaciência incontrolada. A que se junta uma dose elevada de confiança excessiva, a roçar pela arrogância.

 

Lá diz o pessoal que o ataque e' a melhor defesa.

 

Será?

 

A escolha do Financial Times

O prestigiado jornal conservador Financial Times, um diário de referência mesmo para os leitores mais liberais, acaba de tornar pública a sua preferência pelo candidato democrata Barack Obama.

 

Esta escolha, que noutras circunstâncias seria impensável, mostra que Obama e' um politico excepcional, capaz de aglutinar um leque muito vasto de interesses.

 

Gayle Williams, 34 anos

Gayle foi hoje sepultada no cemitério britânico de Cabul. Não a conhecia. Assassinada pelos extremistas religiosos associados aos Talibãs, no início da semana, enquanto trabalhadora de uma organização não-governamental humanitária a operar no Afeganistão, simboliza todos os que se dedicam 'as causas da paz e do desenvolvimento, de um modo voluntário, por vezes em condições extremamente difíceis e perigosas.

 

Nos últimos doze meses, 63 agentes de organizações humanitárias perderam as suas vidas, na Somália, no Afeganistão, no Sudão, no Chade e noutros países. A esse número haverá que acrescentar os 25 funcionários da ONU, que também foram vítimas da violência, em várias partes do mundo, durante o mesmo período.

 

O que nos perturba ainda mais e' que estas pessoas foram mortas não por acidente, mas sim por serem trabalhadores humanitários. Foram escolhidas propositadamente como alvos. Este e' um facto novo.

 

Portugal mais perto de África

Em África, antes de uma visita presidencial a uma qualquer localidade, procede-se 'a pavimentação da estrada que leva ao lugar, 'a pintura dos edifícios que se encontram no itinerário oficial, compram-se bibes novos para as crianças das escolas, e distribui-se dinheiro sonante aos notáveis locais. Muitas destas coisas são feitas 'a última hora. Não só por não corresponderem a nenhum plano de longo prazo, mas por que se procura um efeito imediato, que se sabe ser de pouca duração, e por isso, tem que ser feito muito próximo do dia da festa.

 

Em Portugal,  os métodos serão diferentes, mas a esperteza política e' muito parecida. Os meios passam por um orçamento de Estado cheio de prendas -- salário mínimo a crescer para além do que e' habitual, pensões e subsídios para a terceira idade, revisões salariais acima da inflação, pela primeira vez em quatro anos, escolas e serviços sociais a proliferar como cogumelos depois de um dia de chuvas, obras públicas e projectos anunciados com a fartura de quem sabe que e' para adiar, passadas as eleições, etc.  A manha e' a mesma, a de procurar o máximo efeito antes do dia E.

 

Como dizia um dia um amigo Africano, o ideal seria convidar o Presidente a visitar-nos todas as semanas. Ou, em Portugal, organizar eleições todos os anos...

O colapso dos pobres

O Secretário-geral das Nações Unidas considera que existe um risco muito sério de colapso dos sistemas bancários em certos países emergentes e em desenvolvimento, se a crise financeira internacional não for controlada nas próximas semanas.

 

A maioria dos países menos desenvolvidos não tem recursos financeiros suficientes para responder 'as dificuldades de tesouraria e de capitais dos seus bancos, e o FMI não será capaz de responder aos diferentes pedidos de ajuda que surgiriam nessa altura.

 

Se assim vier a acontecer, muitos dos ganhos em matéria de luta contra a pobreza irão pura e simplesmente por água abaixo. Abrir-se-á igualmente uma nova página na história da crise actual, que passara' então a ser verdadeiramente global.

Arrogância e Cimento Público

A entrevista do chefe do governo revela uma vez mais um estilo de comunicar baseado na arrogância. E' a arrogância que provém do controlo da máquina partidária -- os cargos políticos são distribuídos por quem controla a máquina, o que da' ao controlador um poder sem limites, enquanto durar, evidentemente... Fundamenta-se igualmente na maioria dócil que se senta na Assembleia da República. E' verdade que com o passar do tempo a arrogância da liderança se torna um factor de afastamento do eleitorado, e leva por isso 'a perda de velocidade política...

 

Entretanto, há que pensar no futuro do país. Pode-se então dizer que a entrevista foi significativa. Para além do estilo, ficou a clarificação de que as obras públicas programadas vão mesmo avançar. E' um definir das águas importante, que e' apreciado e que tem razão de ser.

 

Já num escrito precedente havia aqui defendido a necessidade de continuar com os grandes investimentos em infra-estruturas. Por isso apoio o que o senhor chefe disse.

 

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