Com o agravamento da crise financeira, o aumento das taxas de juro, as dificuldades com os créditos, a prestação da casa a subir para níveis incomportáveis, o endividamento em espiral das famílias, o que muitos portugueses precisam não e' de um Governo mais eficiente, de uma oposição que passe a ter ideias, nem de uns senhores da extrema, que fazem barulho 'a volta dos sonhos dos camaradas de outrora.
Precisam, sim , de um tubo para respirar, 'a maneira de quem faz pesca submarina, porque esses portugueses já andam com a cabeça abaixo da linha da 'agua. Sem tubo, não se safam.
Que esperar dos líderes políticos, que tão pouco preocupados andam?
A verdade e' que a história económica revela que os grandes projectos de infra-estrutura têm sempre um efeito multiplicador, se forem administrados como devem ser.
Se os custos forem controlados, se as medidas de acompanhamento e apoio aos sectores produtivos e dos serviços, na área de influência dos projectos, forem devidamente tomadas, se uma boa parte dos componentes tiverem origem nacional, se salvaguardar o emprego dos portugueses, se do projecto resultar um melhor ordenamento do território, se tudo isto for tido em conta, então vale a pena avançar com as grandes obras.
Hoje, um dos grandes problemas dos Estados Unidos e' que muita da infra-estrutura está velha e saturada. Faltaram os investimentos públicos.
Um senão, quando se trata de grandes projectos de construção civil, tem que ver com a atracção que exercem em termos da emigração não qualificada. Em muitos casos, os empregos directos que são criados acabam por ser ocupados por novas vagas de emigrantes sem qualificação profissional. Há que evitar este tipo de situação, no Portugal de hoje e do futuro.