Remodelar, dirigir, mostrar quem manda
Gordon Brown remodelou o seu governo. Trouxe para o Executivo um ou dois pesos pesados da Partido Trabalhista, como Mandelson e Beckett. Gente experiente, que se junta a uma equipa demasiado verde em assuntos de governação, determinada, com opiniões claras e sem medo nos olhos.
Em ambos os casos, a razão politica prevaleceu, já que os novos ministros são velhas caras do tempo de Blair. Gente com quem Brown havido tido pegas politicas do tipo bota-a-baixo que eu já chamo o pessoal da bênção final, do género vale tudo mesmo tirar olhos. Disputas e facadas politicas de caixao-'a-cova.
Mas reconheceu que em política há que ser realista. O que conta são os aliados fortes, as alianças estratégicas, que trazem ideias novas, saber, e permitem angariar apoio eleitoral. Aliados que passem bem nos media. Criar inimigos não leva a parte alguma.
O nosso Sócrates deveria também pensar numa remodelação, a exemplo de Brown. Não e' que o Executivo português esteja num estado tão critico como o Partido de Brown. Mas uma remodelação permite mostrar que o PM continua a ser o chefe, o líder, e, muito especialmente, que esta' atento 'as criticas que vão surgindo. Sobretudo depois das performances ridículas de certos ministros e do desgaste púbico de outros.
Não vale a pena falar de nomes, os casos mais evidentes são amplamente conhecidos.
Em politica, não querer ver, e fingir-se que se e' surdo, mostra arrogância e leva 'a derrota eleitoral.