Lisboa, a Aldeia Grande
Chegado a Lisboa, é como que entrar noutro mundo, onde tudo continua muito pacatamente parado, à margem das grandes questões internacionais. É tudo bem mais simples, muito quotidiano, com vistas simples, e bem mais ao jeito de uma Aldeia Grande.
Até o Sol do Outono ajuda a pensar que se está noutras terras, mais perto do bucólico campestre do passado.
Discute-se o Magalhães, umas nomeações partidárias para aqui e acolá, o casamento homossexual, uns enredos fiscais à Chico manhoso, e pouco mais. Só o velho senhor da política se lembra de anunciar, hoje uma vez mais, como regularmente o faz, que com a crise internacional " a terceira via morreu ", embora a confunda com as teorias neoliberais da Senhora Thatcher e do defunto Reagan.
Ou seja, na Aldeia Grande o mundo é pequeno, e quem tenta ir para lá das muralhas atarracadas da nossa cidade, perde-se em confusões intelectuais.