O Secretário-geral das Nações Unidas considera que existe um risco muito sério de colapso dos sistemas bancários em certos países emergentes e em desenvolvimento, se a crise financeira internacional não for controlada nas próximas semanas.
A maioria dos países menos desenvolvidos não tem recursos financeiros suficientes para responder 'as dificuldades de tesouraria e de capitais dos seus bancos, e o FMI não será capaz de responder aos diferentes pedidos de ajuda que surgiriam nessa altura.
Se assim vier a acontecer, muitos dos ganhos em matéria de luta contra a pobreza irão pura e simplesmente por água abaixo. Abrir-se-á igualmente uma nova página na história da crise actual, que passara' então a ser verdadeiramente global.
A entrevista do chefe do governo revela uma vez mais um estilo de comunicar baseado na arrogância. E' a arrogância que provém do controlo da máquina partidária -- os cargos políticos são distribuídos por quem controla a máquina, o que da' ao controlador um poder sem limites, enquanto durar, evidentemente... Fundamenta-se igualmente na maioria dócil que se senta na Assembleia da República. E' verdade que com o passar do tempo a arrogância da liderança se torna um factor de afastamento do eleitorado, e leva por isso 'a perda de velocidade política...
Entretanto, há que pensar no futuro do país. Pode-se então dizer que a entrevista foi significativa. Para além do estilo, ficou a clarificação de que as obras públicas programadas vão mesmo avançar. E' um definir das águas importante, que e' apreciado e que tem razão de ser.
Já num escrito precedente havia aqui defendido a necessidade de continuar com os grandes investimentos em infra-estruturas. Por isso apoio o que o senhor chefe disse.