Hoje fecho Portugal para descanso. Entre o brincalhão da Madeira, sempre pronto a fazer umas tropelias aos de Lisboa, a dama da Educação mal avaliada, os ladrões de ourivesarias a gritar que há falta de segurança nesta terra, a senhora do leite a fingir que tem ideias para o país, ou as queixas alegres ao despotismo do governo, o melhor e' de facto fechar a loja por um dia.
Infelizmente que o fecho não e' para remodelação. E' apenas para que haja um pouco de tranquilidade no desespero de todos nós.
90 anos atrás terminou aquela monstruosidade que viria ser conhecida como a Primeira Guerra Mundial. Milhões de jovens soldados e um número incalculável de civis foram chacinados porque uns senhores da política europeia de então resolveram entrar em conflito, 'a volta de umas pretensões territoriais e de uma corrida pela hegemonia militar e industrial sem sentido.
Como sempre, como agora também, são os sem voz nem poder que vão servindo de carne para canhão.
Dizem que a guerra e' a antecâmara da diplomacia. Na verdade, a guerra e' apenas um pretexto para manter o poder, ao som de slogans falsamente patrióticos, bem como para fazer funcionar as indústrias pesadas e do armamento. Não serve para mais nada.
Que a sorte nos livre de líderes que pensem que as questões se resolvem com botas e tiros.