Ontem fechei o país para descanso, mas o Alberto João aproveitou o feriado para classificar, por portaria transparente e verdadeiramente publicada no jornaleco local, os professores a leccionar na Madeira. Todos levaram pela mesma tabela, um Bom democrático.
A Madeira deu mais uma vez o exemplo da governação de portas escancaradas e mentes arejadas que gosta de praticar, brincalhona e inspirada pelo socialismo jardinês em que todos são iguais perante as portarias e as avaliações.
Graças 'a crise financeira mundial e 'as dificuldades em obter crédito, ao nível da famílias, a Comissão Europeia tomou uma medida histórica: as bananas, os pepinos e outras frutas e legumes já podem aparecer no mercado meio tortas, com tamanho irregular, mesmo raquítico, e com as cores que a natureza lhes venha a dar.
Esta revolução vegetal vai permitir 'as famílias curtas em dinheiro comprar no mercado produtos alimentares mais em conta, dizem os senhores de Bruxelas. Esses mesmos sábios das coisas evidentes descobriram também, ao fim de várias décadas de opressão ingrediental, que a medida que impunha a uniformidade levava a um grande desperdício de produtos agrícolas.
Compreende-se.
O que não se compreende e' a razão que leva a excluir o tomate, o pimento, a alface e certas frutas, como o morango ou a pêra, da lista dos produtos em liberdade. O próprio desgraçado do limão, tão útil que e' para um bom gin tónico, continua a estar padronizado. O que vale e' que a quantidade de gin que se pode pôr no copo e' 'a vontade do freguês.