A insegurança, os assaltos a gasolineiras, as acções dos gangues, os bairros da violência, as agressões, continuam a fazer parte do quotidiano português. Mas desapareceram dos grandes títulos. Os jornais remetem os relatos dos incidentes para o fundo de uma página interior, as televisões já não falam do assunto, os deputados deixaram de trazer a assunto à baila.
Os incidentes entraram na rotina dos acontecimentos habituais. Deixaram de ser notícia grande.
Voltei hoje de Nova Iorque, via Paris, e estou furioso com os caminhos de ferro franceses (SNCF) .
As três horas que tive que esperar pela ligação do comboio TGV, em Roissy, foram três horas a congelar, no átrio da estação. A área de espera em Roissy está totalmente exposta ao frio, sem qualquer tipo de conforto ou de condições, a Air France não tem uma sala para os passageiros que estão em trânsito das ligações aéreas para o comboio, o hall da SNCF é absolutamente insuficiente e sem um mínimo de condições, há apenas um estabelecimento que vende umas sandes mal preparadas, num local pouco limpo e ainda menos convidativo, é tudo uma falta de consideração para com os passageiros.
A única faceta que funciona bem é o preço excessivo dos bilhetes.
Hoje fazia tanto frio em todos os cantos do hall da estação que até os habituais carteiristas que aí operam de modo intensivo e regular desapareceram do local. Não dava para aguentar.