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Crescemos quando abrimos horizontes

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Natal em Terras do Rio Chari

O Rio Logone desagua no Rio Chari, em N'Djamena. O Chari continua de seguida até ao Lago Chade, a cerca de 100 km a Noroeste da capital.

 

Hoje, noite de Natal, a consoada portuguesa reúne cerca de 50 Lusos que, por uma razão ou outra, estão neste momento no Chade. Nunca houve tanto Português neste país, nem mesmo no início do ano, quando a Forca Aérea esteve, por dois meses, em missão nestas terras.

 

Uns são das Nações Unidas, Policias e mais umas coisas, outros são tripulantes e pessoal de apoio de umas aeronaves civis de bandeira portuguesa, que aqui estão há umas semanas, para transportar peregrinos chadianos para Meca e de volta para casa, e assim por diante.

 

O bacalhau e bolo rei, bem como o azeite, vieram de Portugal. O entusiasmo é também de origem nacional.

 

O resto, tem cor local, mas sabe bem. É um Natal muito diferente para todos.

Ventos secos e dirigentes ressequidos

Ontem, foi dia de Suão, aqui conhecido como Harmatão, o vento seco e poeirento do deserto a cobrir a luz do Sol, com a internet a ir-se abaixo, como se tivesse medo das tempestades de areia. É o nosso Inverno / Inferno.

 

O plano de escrever sobre o desaparecimento de Lanzana Conté desfez-se na noite fresca do Sahel.

 

A verdade é que houvera seguido a vida política do falecido Presidente (absoluto) da Guiné-Conakry de perto, durante alguns anos, e havia uma ou duas histórias para contar. Senhor de um país rico, quer em recursos naturais quer em cabeças e capacidades humanas, para mim Conté foi toda a sua vida um Presidente-aldeão, mais do que um Presidente-soldado, uma etiqueta que alguns observadores gostavam de lhe colar. Lembro-me de se contar que um dia um dos ministros lhe trouxe as queixas dos habitantes de Conakry, por causa de não haver luz eléctrica na capital. O Presidente respondeu: " Mas eles vêm donde? Não é do mato? E no mato, há luz? ".

 

 

Um bicho-do-mato.

 

Foi o único Presidente que nunca respondeu a chamadas telefónicas que George W. Bush lhe fez, antes da invasão do Iraque. Nessa altura, a Guiné tinha assento no Conselho de Segurança. O Presidente americano telefonou um par de vezes, para tentar convencer Lanzana Conté a apoiar o projecto de resolução que havia sido apresentado. Nunca conseguiu falar com ele, nem a chamada teve qualquer tipo de resposta.

 

A sua longa passagem pelo poder levou muitos Africanos a dizer que o nome Guiné era um nome de países malfadado. Nenhuma das Guinés, a de Malabo, Bissau, ou de Conakry, consegue sair das crises profundas que as caracterizam, incluindo a Papua Nova Guiné.

 

Com o seu desaparecimento é mais um capítulo da velha geração de líderes desfasados dos tempos modernos que se fechou. Esperemos que a Guiné, que para além de tudo o mais, tem belezas naturais extraordinárias, consiga dar a volta às cliques militares e chamar a si muitos dos civis ilustres que aí nasceram e que entretanto se espalharam pelo mundo.

 

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