Prioridades e pobreza
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Copyright V. Angelo
A tranquilidade de um dia claro que se aproxima do fim, com as cores vivas de quem nao perde o Oeste da vida. O ouro das vistas que se querem largas.
Copyright V. Ângelo
Escondidos na beleza das águas, os crocodilos esperam pelas suas presas, como os políticos o fazem, por detrás das oratórias de vários tons. E' preciso muito cuidado, na selva da vida.
Na VISÃO desta semana escrevo sobre as duas vertentes que orientaram a política africana da Administração Bush: combater o terrorismo, com uma atenção especial centrada nas regiões definidas pelo deserto do Sahara e pelo Sahel; e assegurar o acesso a fontes importantes de produção de petróleo em África, tendo sobretudo em conta a concorrência vinda do lado da China. Pequim apareceu em África, nos últimos anos, com um peso enorme, e uma grande preocupação pelo controlo das fontes energéticas.
As questões do desenvolvimento, dos direitos humanos e da boa governação foram perdendo importância na agenda dos Estados Unidos, desde o início da década.
O desafio, para Obama, e' o de voltar a focar as atençõoes nas questões centrais que são a democracia, os direitos humanos, a luta contra a pobreza e a melhoria da saúde pública e da educação em África.
Copyright V. Ângelo
Uma passagem pelo deserto.
O verdadeiro, não o da aridez política portuguesa.
Também não e' o deserto do mestre Lino.
A insegurança continua a ser o prato forte da vida quotidiana em Portugal.
Incluindo a insegurança ligada 'a crise económica, com perca de empregos e de rendimentos familiares. Para já nao falar da falta de segurança que os nossos políticos revelam, face a uma crise que não compreendem.
Quantos governos, por esse mundo fora, não perderam as eleições por não conseguirem responder a esta necessidade básica das pessoas, a de se sentirem seguras?
Ontem não deu para escrever. Foi tempo de visitas.
Primeiro, uma delegação norueguesa conduzida pela Ministra da Defesa e incluindo um general e outros oficiais superiores, conselheiros políticos e diplomáticos, segurança pessoal e pessoal navegante. A Noruega vai fornecer à missão das Nações Unidas no Chade os serviços de uma companhia médica militar, durante todo o período da nossa intervenção no país.
A Noruega é uma nação rica e ao mesmo tempo generosa. A cooperação desse país com África é altamente apreciada. Dá a Oslo um poder nas relações internacionais que é muito superior ao que seria de esperar de um pequeno país, perdido nos confins da Europa.
Depois, horas a fio com cerca de vinte deputados europeus, com assento em vários parlamentos nacionais, incluindo o francês, britânico, alemão, austríaco e belga. É importante falar com os representantes parlamentares, explicar os nossos objectivos na região que rodeia a crise do Darfur. Como também é de grande valor organizar estas visitas sobre o terreno, que permitem um melhor conhecimento das realidades geopolíticas.
Embora os parlamentos nacionais estejam actualmente muito desvalorizados, a verdade é que os deputados podem desempenhar um papel de relevo, se tiverem a preocupação de o fazer.
Depois de ter passado o dia a discutir aeroportos, planos de operações e destacamentos militares, tropas e nacionalidades, as que podem ser aceites e as outras, mais os 58 camiões a cair de podre em coluna no deserto, a avançar a uma média de 15 quilómetros por hora, dois deles já deixados para trás, irreparavelmente avariados, com a comida para os refugiados a estar cada vez mais atrasada, e eu, meio falido de ideias, a perguntar 'a deusa das inspirações o que poderia ser o destaque de hoje, e a deusa a falar no medo e na insegurança em Portugal, nos multibancos que atraem os amigos do alheio, nas ruas em que não e' bom andar 'a noite, no frio que atravessa a espinha de todos os portugueses, nos professores em reflexão de Inverno, e o Cristiano a receber as honras do mundo, mas com todos os bloguistas a escrever sobre o génio da Madeira, este, o da bola, não o dos disparates calculados, nada parece importante, digno de destaque, dir-se-ia a silly season de um Janeiro que não quer entrar no ano novo.
Ate' a fotografia dos verdes dos trópicos, que havia sido programada para dar cor a esta prosa sem matizes nem contrastes de sol e sombra, parece pálida demais para ser publicada.
Há' de facto, dias, em que os bloguistas não deveriam abrir os sapos vivos que estão sempre a engolir.
Como ontem escrevi sobre a falta de limpeza das ruas e 'parques', o desleixo em que a cidade se encontra, e a incompetência bem flagrante do executivo camarário de Lisboa, pensei que talvez fosse de bom tom, hoje, enviar um pequeno postal ilustrado aos senhores vereadores e a alguns dos muitos chefes de secção da burocracia municipal. Como que um gesto simbólico.
Copyright V. Ângelo
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