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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Mais sobre o espaço político

 

No seguimento do meu brevíssimo texto de ontem, breve mas que reflecte e sintetiza um processo de análise da presente vida pública portuguesa, Jorge S. pergunta-me o que entendo por "espaço político". E qual seria a diferença.

 

Na situação actual, à direita do partido do governo, não há energia, nem projecto, nem ideias novas, nem capacidade de mobilização. Numa altura em que muitos cidadãos se sentem em oposição ao governo, os partidos à direita não oferecem alternativa. O que deixa muitos eleitores dessa área de opinião sem ponto de referência, a flutuar, mas prontos a sair do voto que tradicionalmente davam ao CDS/PP ou ao PSD. São pessoas que estarão, assim o creio, dispostos a votar ao centro e pela mudança.

 

Á esquerda do PS, existe um partido, que embora inspirado por análises do passado, envelhecido, tem um papel sociológico importante e indispensável para o funcionamento da democracia. Mas é um papel limitado, na sua capacidade de mobilizar apoiantes fora das suas bases tradicionais. Continua a atrair uma camada social de condições modestas e precárias, que vive nas grandes periferias, gente boa mas com todas as limitações que a falta de qualificação profissional e o desaparecimento das indústrias tradicionais acarretam. Atrai também um número significativo de reformados, nas zonas onde se conseguiu implantar. Por muito que seja o descontentamento e o sentido de precariedade, não conseguirá chamar a si franjas significativas dos desiludidos. Que continuarão disponíveis para outras mobilizações.

 

Existe um outro partido que os eleitores identificam com a crítica azeda ao poder, mas sem o imaginar como substituo do governo. Não é um partido de governação, é uma força mediática de contestação, que diz umas verdades, se compromete com causas interessantes, sai uma frases bombásticas, fala duro, mas, no imaginário político popular, comporta-se como um partido do contra. E nada mais. Ou seja, muitos dos descontentes só se sentirão atraídos por esse movimento se não existir uma alternativa credível de oposição e que projecte um sentido de governação.

 

É aqui que se encontra o espaço para uma nova força política. Que responda aos anseios do centro e da esquerda, com um projecto de futuro para Portugal. A diferença estaria nas ideias e nas pessoas. Novas ideias e novas pessoas, que existem em Portugal e que seria necessário organizar. Se me disser que a organização é o grande problema, estarei de acordo. Mas não é um obstáculo intransponível.

Aos gritos

 

Dirigentes poíticos, que não compreendem o que é ter um sentido de Estado, fazem política aos gritos, ou com extrema violência verbal, como se a força do argumento viesse da brutalidade com que se dizem as palavras.

 

Ainda este fim-de-semana, senhores que deveriam ter tino e decoro, até pelas posições que ocupam, passaram o tempo em ataques verbais, contra as pessoas, não contra as ideias nem os programas. Que miséria.

Esta maneira de estar na vida pública tem que mudar. O país precisa de gente reflectida e tolerante.

 

 

Que diz o Ministro da Justiça?

 

O recém-eleito presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público reconheceu que existem pressões políticas sobre a magistratura. No Público de 28 de Março afirma que..."as pressões sobre os magistrados estão a atingir níveis incomportáveis".

 

Referiu-se também às recentes medidas legislativas do governo. Disse que são "constrangimentos ao funcionamento da justiça". Propositados ou por incompetência, não esclareceu. E que o novo Estatuto do Ministério Público "é restritivo da independência" dos magistrados. Ou seja, tenta instrumentalizar, para fins políticos, diria eu, esta componente fundamental do sistema de justiça.

 

Tudo isto é muito sério. Preocupante. De arrepiar. Inadmissível num país democrático.

 

Tenho a certeza que o Ministro da Justiça se sentirá na obrigação de vir à praça explicar de sua justiça. Não pode fingir que não é nada com ele. O silêncio, neste caso, será muito comprometedor.

 

 

 

 

 

 

Céus abertos

 

Foto Copyright V. Ângelo

 

Olhar para o Infinito e ver todo um futuro por explorar. Da mesma maneira que os nossos antepassados olharam para o mar imenso que se abria à sua frente. E não tiveram medo, nem se refugiaram nos obscurantismos religiosos.
 

Descortinar novos desafios, destinos por explorar, com uma confiança absoluta na capacidade de encontrar respostas para as grandes interrogações de sempre. Essa é a maneira progressista de encarar o dia de amanhã.

Lisboa, lixo,Portugal, Freeport

 

Chego a Lisboa vindo do Norte da Europa, desvio-me por Benfica, para fugir ao engarrafamento da Segunda Circular, corto por ruas com lixo e pedaços de jornais a voar no vento forte do desleixo e incompetência da Câmara Municipal do senhor Costa, chego a casa a tempo de ver que o prato forte das notícias é o Portugal do Freeport, com engenhocas que sabem a alta corrupção, mas não há problema, diz-me depois quem conhece bem a justiça portuguesa, que mais Freeport menos Freeport, mais lixo menos lixo, tudo acabará como de costume, nas memórias esquecidas de uma classe que finge que é dirigente, e de um pequeno povo que passa os tempos livres nos Centros comerciais dos arredores da vida.

Gente torcida

 

Copyright V. Ângelo

 

 

Certos políticos são gente torcida, com umas cores de camuflado, numa confusão de tons,  para disfarçar.

 

Ou representará esta imagem o estado do diálogo político em Portugal?

Da segurança e da incompetência

 

Um malabarista do comentário político torce-se hoje no DN, para explicar que a questão da segurança tem muito que ver com a falta de investimentos em prisões, por parte dos vários governos que nos têm regido. É uma maneira de nos passear por questões que pouco têm que ver com o problema central da insegurança e com o facto de que a situação se agravou de modo muito acentuado nos últimos dois anos.

 

A segurança é uma tarefa fundamental da governação, nas suas múltiplas facetas de prevenção, informação, resposta, repressão e administração de justiça. Quando os indicadores de segurança entram em quebra é a competência do governo, no seu conjunto, que está em jogo. Sejamos claros.

Cores da dignidade

 

Mulher refugiada atenta ao mundo que a rodeia. Em tons claros, com um fio de suor e uma grande dignidade.

 

 

Os olhos acusam a poeira que está sempre presente nesta altura do ano. Um pó fino e dominador, que complica ainda mais a vida de quem vive em campos de passagem. Enquanto não vêm dias melhores no Darfur.

 

 

Fotos   Copyright V. Ângelo

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