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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Mulheres das areias

 

 

Esta mulher foi a a nossa primeira guia, ontem, nos tempos perdidos no deserto de Ennedi.

 

Uma imagem forte, de gente de coragem, que vive no meio do vento e da solidão.

 

 

Cores do deserto, na segunda aldeia visitada.

 

 

A aldeia, em pano de fundo. As terras são áridas, só as mulheres são férteis.

 

 

Fotos copyright V. Ângelo

 

 

 

Uma tareia na areia

 

Hoje andei perdido no deserto do Ennedi. As coordenadas que nos haviam dado estavam erradas. O ponto de encontro era mais a Norte, uma questão de 10 a 15 quilómetros. Mas a visibilidade era pouca, menos de um quilómetro. O vento era intenso. O helicóptero andava às voltas. Quando se começa a andar às voltas no deserto, estamos perdidos.

 

Acabámos por ver três palhotas no meio do nada. Para a velha mulher e as duas raparigas que vieram ao nosso encontro, deveríamos parecer gente vinda de outro sistema solar. Explicaram ao nosso interprete improvisado a direcção. Levantámos âncora.

 

Mais umas voltas. Só areia, pedras e uns leitos de rios que há milhares de anos que deixaram de correr. Por fim, descobrimos mais um outro grupo de palhotas, maior e com melhor aspecto. Mais mulheres, só mulheres. Disseram-nos que o ponto que buscávamos estava para Norte, a cerca de duas horas a passo de burro. Fiquei na dúvida sobre as duas horas, não sobre o burro, já que nenhuma destas mulheres jamais possuiu um relógio.

 

Mais buscas. O céu estava cada vez mais fechado e o o horizonte mais curto. Os pilotos queriam regressar à base. Achavam que não havia hipótese alguma. Na última curva, já decididos a abandonar, vimos as viaturas das autoridades locais. Bem alinhadas, à entrada de Bir Douan, subprefeitura de Bahai, há horas à nossa espera.

 

O carro que me foi destinado tinha uma espingarda automática no sítio onde me devia sentar. E uma espada. O chefe da minha equipa tomou conta da automática. Arrancámos de jipe, para o destino. Depois de uma viagem de jacto, muito cedo de manhã, seguida de um percurso de avioneta, depois o helicóptero, agora era a vez de viajar num todo-o-terreno. De luxo, devo dizer, novo, em excelente estado. O meu condutor era um tenente-coronel. Que falava um francês suficiente. Gente dura.

 

Como estamos em pleno Ramadão, não era educado estar a beber em frente dos anfitriões.

 

O vento era cada vez mais forte e seco.

Foi uma sova a sério.

 

Para que o leitor não se perca, aqui ficam as coordenadas do ponto de encontro: Latitude Norte 15 graus 50 minutos 47 segundos; Longitude 22 graus 43 minutos 51 segundos. Se for ao mapa, fica a perceber o que é andar perdido nestas paragens.

 

 

Geração iPod

 

Este foi o título com que surgiu hoje o meu escrito na Visão on-line sobre o desemprego dos jovens, nos países da União Europeia.

 

As novas gerações entram no mercado de trabalho e encontram as portas fechadas. É uma geração de precariedade. Ou, dito de outra maneira, uma juventude IPOD, como se escreve na Inglaterra: Insecure, pressured, overtaxed, debt-ridden. Insegura, sob pressão, com o fisco a chatear e endividada.

 

E nós, os mais velhos, somos a primeira geração que teme o que o futuro poderá reservar para os nossos filhos.

 

Um dos meus críticos mais exigentes achou que este é dos meus melhores textos. O leitor dirá.

 

http://aeiou.visao.pt/geracao-ipod=f529507

 

Só é pena que o tema do desemprego dos jovens esteja tão ausente das preocupações dos nossos políticos, agora em campanha desenfreada pelos becos das ideias sem saída.

 

 

Os jovens sem emprego

 

O Centro Norte-Sul do Conselho da Europa publica hoje o meu texto sobre a falta de empregos e de perspectivas com que se defrontam os jovens nos países do Sul. É um texto em inglês. Pode ver lido no sítio:

 

http://www.coe.int/t/dg4/nscentre/Resources/Newsletters/OurWorld/Sept2009/septembro_en.pdf

 

O Centro Norte-Sul, que tem sede em Lisboa, mas que é um organismo do Conselho da Europa, tem feito um trabalho muito persistente de promoção das questões da juventude.

 

Também desempenha um papel de relevo na área dos direitos humanos.

 

 

Peço desculpa, mas assim não vamos lá

 

No debate de ontem, entre os dois chefes, nada de novo. Um diálogo de míopes. Os tolos liderados por míopes.

 

As questões fundamentais do emprego e do crescimento económico, da falta de competitividade da economia portuguesa, da Justiça que não funciona, do endividamento do Estado e das famílias, da insegurança e ordem pública, não mereceram qualquer atenção.

 

Entretanto, queiram fazer o favor de notar que nos últimos quatro anos, a coligação alemã, que irá a votos no mesmo dia das nossas legislativas, viu a criação de dois milhões de novos empregos.

 

Afinal, a crise não é igual para todos.

Um discurso de partir narizes

 

Procedi ontem à condecoração dos 400 militares irlandeses que servem na missão que dirijo.  Foi na sede do sector Sul, em Goz Beida. Uma localidade amena, longe do deserto. Com temperaturas mais fáceis de suportar.

 

Embora esta seja a estação das chuvas, por isso, menos quente, foi decidido fazer a parada às 08:30, antes da hora de maior calor. Em trinta e cinco minutos, que foi quanto durou a cerimónia, 51 militares tiveram que ser evacuados, por se sentirem mal ou mesmo, por haverem perdido os sentidos. Quando discursava às tropas, o capitão que comandava a primeira companhia, e que estava mesmo à minha frente, desmaiou e caiu para a frente, como se fosse uma tábua. Tinha estado a chover umas horas antes e a terra estava fofa. Não impediu, no entanto, a fractura do nariz. Levaram-no para a enfermaria, inconsciente e enlameado.

 

A temperatura era apenas de 36 graus, em virtude da hora matinal. Mas para um irlandês, que sonha com as chuvas frias da sua terra, são muitos graus.

 

Fez-me impressão estar a discursar e a ver os homens a cair. Não era o poder da palavra. Depois de quatro meses no Chade, os soldados da Irlanda ainda não sabem resistir aos raios solares. Mas são uns militares excelentes, muito apreciados por todos os humanitários e pelos refugiados que beneficiam da sua protecção.

 

Falámos rapidamente do referendo sobre o Tratado de Lisboa. A grande maioria destes militares aprova o texto e acredita que o Sim tem hipóteses.

Bruxelas quente

 

Barroso vai a eleições dentro de uma semana. A probabilidade de ser aprovado pelo Parlamento Europeu aumentou hoje, quando os líderes dos partidos decidiram agendar a eleição do Presidente da Comissão para o dia 16 de Setembro.

 

Com esta questão mais ou menos encaminhada, resta encontrar solução para os postos de Presidente do Conselho Europeu e de Alto Representante para a Política Externa.

 

O meu texto de hoje, na VISÃO, especula sobre os nomes que seriam os mais indicados, tendo em conta os necessários equilíbrios geográficos e políticos. O texto também está disponível on-line, no seguinte endereço:

 

http://aeiou.visao.pt/especulacoes-e-equilibrios=f528565

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