O último canto
O diabo do galo começou a cantar antes das quatro da manhã. Não muito longe da minha tenda de campanha. Mais tarde, tive que recomendar ao comandante do Sector Militar de Birao, um major togolês, que pensasse na hipótese de oferecer um relógio ao dito bicho plumado. Ou, que, pelo menos, os seus homens o tentassem educar, de modo a respeitar as visitas vindas de longe.
Depois do pequeno almoço, às seis, fiquei a saber que o galo, as galinhas e mais umas cabras, todos muito vivos, tinham as horas contadas. Estavam no menu de hoje à noite. Sem serem convidados. Seriam o prato forte, na comemoração das medalhas da ONU que haviam sido atribuídas por mim aos militares do Togo, ontem ao fim do dia.
Excelentes militares, sempre de faca afiada, que em Birao, no centro de África, cada um trata de si.