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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Com pinças

 

Li o acordo entre o governo e o PSD sobre o Orçamento de Estado para 2011. É mais um desacordo que outra coisa.

 

O governo "é da opinião", diz o texto, assim mesmo, opinião, no que respeita às medidas anunciadas em Maio de 2010, "...que as implementou integralmente". O PSD, sobre o mesmo assunto, e cito o texto assinado por ambas as partes, "...exprimiu um entendimento diverso quanto à implementação das medidas do lado da despesa e fez uma avaliação muito crítica em relação à derrapagem muito significativa das contas públicas em 2010".

 

O resto tem um ou outro ponto concreto, sobre o IVA a 23%, e vários para serem estudados, mais tarde, provavelmente no dia de São Nunca. Tudo muito apressado, como para confirmar que este acordo é o que é, resultado de pressões externas aos dois signatários, um acordo em que se mexe com pinças e o nariz tapado.

 

Como é que se diz "du bout des lèvres", em terras lusas? Será, para Inglês ver?

Bom senso nas contas públicas

A pressão dos factos parece ter trazido uma pitada de bom senso aos que têm que se sentar à mesa e discutir o Orçamento do Estado de Portugal para 2011. A visita a Bruxelas, ontem, de certos políticos portugueses, também ajudou muito. Ficaram a entender melhor o que se pensa na Europa sobre a situação económica portuguesa. Mesmo com diplomacia, mas tendo em conta o tempo outonal, as vistas europeias são como um duche de água fria.

 

Entretanto, há uma outra crise orçamental, ainda sem solução. Diz respeito ao orçamento da UE para 2011. Tem que estar aprovado até 11 de Novembro. A Comissão Europeia quer um aumento das despesas de 5,8%. O Parlamento Europeu, quando discutiu a matéria, recomendou uma incremento ainda maior: 6,2%. Sem que se entenda bem o motivo. O primeiro-ministro britânico fez finca-pé e disse que não pode ser superior a 2,9%. E começou a fazer campanha, ainda durante a reunião de ontem do Conselho Europeu. Dez países subscreveram a carta que David Cameron escreveu sobre o assunto. Portugal não está nesse grupo. Será por Portugal ter uma certa aversão à moderação orçamental?

Porcos e indisciplinados

Sem uma revisão do Tratado de Lisboa, que permita a inclusão de uma cláusula sobre a criação de um fundo de apoio aos países da zona Euro, a Alemanha não aprovará nenhum mecanismo permanente de resolução de crises. A Chanceler Merkel tem vindo a explicar que a Alemanha precisa dessa revisão, para poder participar no fundo. Caso contrário, o Tribunal Constitucional alemão não dará luz verde à participação do governo de Berlim.

 

Sem a contribuição da Alemanha, não haverá mecanismo. O mecanismo faz falta. A Grécia que o diga. Mas a Alemanha só pode aprovar um mecanismo de apoio permanente se a disciplina fiscal de cada país da UE for reforçada e monitorizada por Bruxelas. E se existirem sanções económicas e políticas, nos casos de falta de cumprimento, por qualquer governo, das normas de estabilidade estabelecidas.

 

Hoje à noite, estamos mais perto de ver esse projecto alemão aprovado. Vários políticos haviam dito, ao longo do dia, à porta ou nas salas do Conselho Europeu que está a decorrer, que a proposta de Merkel punha em causa a igualdade entre os Estados membros. Os portugueses faziam parte desse grupo.

Umas horas depois, dizem-nos que afinal sempre haverá sanções contra os países que ultrapassarem os 3% de défice em relação ao PIB. Bem como contra quem tenha uma dívida pública superior a 60% do PIB. A única concessão feita aos mais ariscos à disciplina será que o sistema de sanções não se aplicará automaticamente. Terá que haver uma decisão política dos chefes de Estado e de Governo.

 

A questão da disciplina governativa é um traço importante. Evita dar asas aos políticos marotos, que em anos de eleições anunciam cheques para os bebés e, no ano seguinte, nem dinheiro para as fraldas têm. E sem fraldas, é uma porcaria.

Conflitos de interesses

Em matéria de negociações, é fundamental conhecer-se os interesses de ambas as partes. Nenhuma das partes está na negociação para fazer um jeito à outra. Está por pensar que os seus interesses serão melhor servidos se houver um acordo. A falta de um entendimento traria, a essa parte, na sua maneira de ver, um prejuízo maior.

 

Também surgem situações em que se vai para a negociação para fingir que existe boa vontade. Para depois se poder dizer que não houve acordo, por culpa da outra parte.

 

No caso do orçamento de Estado para 2011, que interesses trouxeram o PS e o PSD para a mesa das negociações? O interesse superior do país, alguém acredita nisso? Que pode, cada um destes dois partidos, ganhar com um acordo ou com uma ruptura?

 

Matéria a seguir.

 

Entretanto, enquanto o pau vai e vem, perde a economia e sofrem os cidadãos.

As ambiguidades de Hamid Karzai

O Presidente Hamid Karzai foi agora obrigado a dizer que sim, depois das revelações feitas durante o fim-de-semana pelo New York Times. Que, de facto, havia recebido um saco com vários milhões de dólares, pelo menos seis, oferta do vizinho e pouco recomendável presidente do Irão. Mais. Que isso já havia acontecido no passado recente e que esses dinheiros são utilizados para as despesas políticas da presidência afegã, sobretudo, para recompensar a lealdade de certos apoiantes de má reputação mas com grande força interna.

 

Curiosamente, estes factos tornaram-se públicos na mesma altura em que a Transparência Internacional divulga a sua lista anual de Estados corruptos. O Afeganistão pertence ao grupo dos cinco com pior conduta.

 

Outra curiosidade. Enquanto as relações entre os líderes do Afeganistão e do Irão se vão reforçando, e os sacos de plástico fazem a ponte entre Teerão e Cabul, nota-se que Hamid Karzai está cada vez mais agressivo em relação aos seus supostos aliados de guerra, a NATO e os EUA. Critica, repetidamente, as forcas ocidentais, que se batem no terreno e perdem homens. Está, objectivamente, a tornar a relação com o Ocidente mais tensa e mais difícil.

 

Que fazer, com um parceiro deste tipo? Que posição deve assumir a coligação de países ocidentais? Esta é, mais do que nunca, uma pergunta de grande actualidade. E de grande complexidade. 

Fazer anos ao Domingo

Foi dia de anos para a ONU. Somando, 65.

 

Mas fazer anos ao Domingo não é boa ideia. Quantos se terão lembrado que esta organização, hoje com 192 Estados membros, com muitas fraquezas, mas, ao mesmo tempo, indispensável para a estabilidade das relações internacionais, comemorava os seus muitos anos de existência? 

 

 

Com gosto

c

 

Copyright V. Ângelo

 

Em França existe uma lista das 100 aldeias mais bonitas do país. É muito prestigiante ver a sua terra incluída na lista. Além disso, a inclusão atrai turistas, faz reviver a economia local, permite dar valor aos produtos com origem na zona.

 

Esta é uma outra maneira de dinamizar o mundo rural. Combinando beleza, bom gosto, qualidade, com emprego e rendimentos para as famílias de locais perdidos no campo.

 

A casa representada na fotografia encontra-se em St. Céneri Le Gérei, perto de Alençon, na Baixa Normandia. 

Um separar de águas

A actualidade internacional está focada na divulgação, pelo sítio internet Wikileaks, de centenas de milhares de documentos militares sobre as operações de guerra no Iraque. Os documentos revelam sérias violações dos direitos humanos, das leis da guerra, e silêncios altamente comprometedores. É uma bomba que abala a opinião pública.

 

Como disse na altura em que Wikileaks divulgou documentos secretos sobre o Afeganistão, a publicação destes relatórios marca uma mudança radical na área da informação. Para além de constituírem uma mina de dados que muitos irão explorar durante longos anos - vão surgir teses académicas sobre os assuntos em causa -, estes relatórios servirão para lembrar aos responsáveis políticos e militares que, nos dias de hoje, tudo acaba por se saber. Por isso, a única maneira aceitável de fazer política é a que passa pelo respeito das regras, das pessoas e da verdade.

Os vizinhos mudam de caras

José Luis Zapatero mostrou, desde que é chefe do governo espanhol, que não hesita, quando se trata de proceder a remodelações governamentais. Acaba de fazer mais uma. A sexta remodelação desde Marco de 2004.

 

Não foi um câmbio cosmético. Vários ministros importantes foram substituídos, para sua grande surpresa. Um deles foi Miguel Angel Moratinos, que estava há seis anos e meio à frente dos assuntos exteriores.

 

O novo governo irá, se não for mudado antes, preparar as eleiçõesde 2012. Serão eleições muito difíceis para o PSOE.

 

Para já, a nova equipa vai reforçar a comunicação social, a informação pública, trabalho que caberá ao novo homem forte, Alfredo Pérez Rubalcaba, a coordenação interministerial e o combate ao terrorismo, visando sobretudo a ETA. É um governo com menos titulares e de austeridade.

 

Num total de 16 elementos, incluindo Zapatero, 7 são mulheres. Para além de Elena Salgado, que ocupa a pasta de segunda vice-presidente do governo, bem com das finanças, uma outra está nos assuntos exteriores e outra na defesa. São postos de grande importância.

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