Aqui não há foleirices
Aqui, pela nossa terra, apareceram agora uns lobos vestidos de cordeiro. Falas mansas, que é com mel que se apanham as moscas. O único que saiu para fora do penico foi o que disse que não queria dizer "foleiro". O que lhe vale é que políticos do seu calibre estão muito habituados a meter os pés pelas mãos. São uns artistas.
Entretanto, o pessoal do FMI continua a fazer-nos a cama, sem que nós nos importemos por aí além. Estamos convencidos que a nossa habilidade de chico-espertos vai, uma vez mais, dar a volta ao pessoal de olhos azuis.
Lá fora, a Europa continua meio adormecida. A questão de Schengen parece ser um problema de Paris e Roma, tão somente. A situação na Síria, dramática que é, deixa os europeus sem fala ou voz que se oiça. Do lado da Líbia, ainda hoje se disse, e mal, que o tempo joga contra o Coronel. Não é verdade. O tempo, o impasse, a falta de uma estratégia clara do lado Ocidental, tudo isso tem um custo elevado para a rebelião. O Conselho Nacional de Transição continua sem apoios e sem capacidade de liderança.
O que nos vale é a semana ser curta e haver uma outra ponte dentro de dias. Dá para esquecer.