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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Tudo depende de quem conta a historieta

Um clube de raposas muito conhecido está a entrar em aflições: os galinheiros que habitualmente frequentam estão agora povoados de pele e osso. Para um predador vezeiro de bichos gordos, mesmo se engordados artificialmente, a crédito e à base de ilusões, a situação é preocupante.

 

O pior é que o futuro não parece oferecer melhores hipóteses. Só haverá mais pele e osso.

 

Assim começaria uma historieta clássica, contada, como de costume, a partir da perspectiva dos mais fortes, ardilosos e membros da confraria. 

 

E as gentes galináceas, não têm também uma fábula para contar? Uma em que não seja devoradas pelos bichos matreiros?


Que confusão!

A confusão de ideias, em Portugal, e a confusão de ideias, na Europa, vão a par e passo. Cada caso tem as suas razões, mas confusão é confusão. Só complica. Só serve para atrasar a resolução dos problemas.

 

Em Portugal, certos intelectuais e certa comunicação social acham uma delícia os disparates que um velho senhor da política profere com alguma regularidade. Cada vez que o velho raposo abre a boca, sai uma de caixão à cova. E a malta gosta.

 

Querem um melhor indicador da nossa pobreza intelectual?

 

Só se forem buscar os textos de um pensador social, um baralhado de pensamentos, que escreve a partir das margens do Mondego. Esse também diz coisas que fazem aflição

 

Na Europa, a confusão à volta da preparação da cimeira de domingo vai ficar nas memórias de quem ainda se lembra das coisas.

 

Ontem, em Frankfurt, ainda houve uma tentativa de acordo, que não deu faísca. Hoje, à noite, fala-se uma cimeira seguida, uns três dias depois, por uma nova cimeira. Entretanto, a economia da UE vai desacelerando. Não é apenas a questão da solvência dos bancos, ou do risco para as pequenas poupanças, ou as incertezas dos mercados financeiros. É a economia e o emprego a sofrerem em virtude da confusão e da incerteza.

 

No meio de tudo isto, teve lugar ontem em Bruxelas um debate sobre o movimento dos "Indignados". Viu-se que não estão apenas indignados. Estão, igualmente, confusos.

Vamos no sentido errado

Continua a haver pouca serenidade no debate público sobre o Orçamento 2012. É, para mim, uma grande preocupação, num momento em que Portugal está sem dinheiro. O que é dito é inflamatório, está a aumentar a confusão junto das pessoas e vai levar ao caos social. E, igualmente, à deterioração da credibilidade externa do nosso país. Ou seja, torná-lo num país a evitar.

 

O governo continua a perder terreno, na frente de batalha da informação pública, sem conseguir explicar o que deveria ser simples de explicar: neste momento, Portugal não pode passar sem o financiamento exterior do Estado. E essas verbas não se tornarão disponíveis se o programa de estabilização não for aplicado, com resultados tangíveis.

 

A oposicao, em vez de preparar propostas alternativas, apenas faz ruído. 

 

O Presidente da República veio agora aumentar o volume desse ruído, com declarações ambíguas e difíceis de entender. Qual será o seu objectivo? Quando uma empresa do sector privado não consegue pagar os salários, deve-se obrigar todas as empresas do sector a proceder da mesma maneira?

 

Entretanto as centrais sindicais convocaram uma greve geral para 24 de Novembro. Têm todo o direito de o fazer. Mas será essa a melhor resposta, numa altura de falência como a actual? O responsável de uma dessas centrais falou dos "agiotas internacionais". Estaria a referir-se ao BCE, à CE e ao FMI?

 

 

 

 

Dias de ansiedade

Os principais bancos europeus vivem momentos de grande incerteza, devido às dívidas soberanas.

 

Ontem UBS, o banco suíço, dizia-me que tem apenas um pouco mais de 4,2 mil milhões de euros em obrigações do tesouro de países europeus com algum grau de dificuldade. Cerca de 3 mil milhões dizem respeito à dívida do Estado italiano e apenas 100 milhões têm que ver com a Grécia. Não haveria, neste caso, razoes para preocupações. 

 

Hoje, por outras vias, fiquei a saber que os grandes bancos estão a prever uma insolvência grega da ordem dos 60%. Este é um valor muito superior ao que havia sido previsto durante a última cimeira europeia, em Julho. Nessa altura, a percentagem que servia de base de trabalho era 21%.

 

Prevêem em relação à Irlanda e a Portugal um incumprimento de 40%. 

 

E no que respeita à Itália, a perda seria da ordem dos 20%.

 

Estes valores, se não forem compensados por participações dos Estados mais ricos da Europa, levarão vários bancos à insolvência

 

Com uma situação destas, os próximos dias, vésperas da cimeira europeia do fim-de-semana, serão de grande ansiedade.

Alternativas...

Não teria sido possível pagar os subsídios de férias e de Natal do próximo ano com títulos do tesouro ao portador, por isso, negociáveis, a redimir dentro de cinco a seis anos?

 

Esta opção teria um impacto menor sobre as famílias e, ao mesmo tempo, aliviava as despesas públicasem 2012. Quem estivesse muito apertado de finanças poderia vender esses papéis no mercado secundário.

 

Será que terá sido equacionada?

Um ministro da Defesa para enfeitar

O sargento que dirige a Associação Nacional de Sargentos disse, em declarações públicas, reagindo à comunicação do Primeiro-ministro sobre o orçamento de 2012, que era preciso derrubar este governo e explicou que as revoluções não se anunciam, fazem-se. Este militar, no activo, não podia ter sido mais claro nas suas palavras subversivas. 

 

Não sei o que o ministro da Defesa pensa sobre o assunto. Aparentemente, não pensa nada, pois não se lhe conhece nenhuma reacção a esta atitude inaceitável do sargento em causa. 

É preciso esclarecer

Portugal está em estado de choque, após ter tomado conhecimento das medidas orçamentais que vão ser aplicadas em 2012.

 

Durante o dia foram feitas uma série de declarações, até bispos vieram dizer das suas, incluindo o das Forças Armadas, o que parece inaceitável, que mostraram que não há ainda consciência da extrema gravidade da situação em que se encontra o Estado português e a economia do país. Foram poucas as vozes serenas, e menos ainda os que mostraram entender o que se passa e o que nos pode acontecer no futuro próximo. 

 

Vi vários programas de ajustamento estrutural serem aplicados noutras terras. A designação não é inteiramente correcta, pois não se trata de ajustar, mas sim de modificar, de raiz, muitas das práticas que, por haver uma crise económica profunda, se tornaram insustentáveis, inviáveis, impossíveis de financiar. Nesses programas, como agora, o que sempre faltou foi uma linguagem clara, por parte dos que estão no poder, que explique, sem ambiguidades nem disfarces, as razões que justificam as medidas penosas que terão que ser postas em execução. 

 

Como também é importante explicar qual é o papel do sector privado e a importância de atrair investimento estrangeiro, quando a crise é desta profundidade. 

 

Uma análise objectiva

O discurso de Cavaco Silva sobre a governação da UE, hoje proferido em Florença, merece ser lido com muita atenção. Trata-se, na minha opinião, de uma reflexão inteligente e objectiva sobre o estado actual da União. 

 

Seria importante que a imprensa internacional o mencionasse com algum destaque.

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