Movimentos, paralisias e apetites
No movimento diplomático anunciado ontem em Lisboa, olhos atentos perceberam que o lugar de embaixador junto da OCDE, em Paris, cargo que está vago há meses, não foi preenchido. Caso estranho, dir-se-á, tendo em conta que a decisão do governo sobre a movimentação dos nossos embaixadores foi apresentada como sendo de grande alcance, extensiva.
Quando tal acontece é, normalmente, por haver um desacordo entre o Primeiro-ministro e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, quanto ao nome a escolher. Seria interessante saber que nome fora proposto pelo PM e que personalidade estava na lista do MNE. A curiosidade seria, no entanto, de pouca monta, mero interesse de saber, pois a divergência terá certamente que ver com uma questão bem mundana e não com matérias de substância. Ou seja, seria uma questão deste género: a que amigo partidário dar um tacho bem apetitoso.