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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Um dia em cheio

A poucos dias da cimeira do G20, que se realiza na Baixa Califórnia, uma região mexicana de grande beleza natural na costa do Pacífico, a 18 e 19 de Junho, a crise da zona euro poderá focalizar todas as atenções dos participantes e deixar um espaço ínfimo, se deixar, para as outras grandes questões internacionais. 

 

Esta possibilidade está a criar tensões entre os BRIC e o México, de um lado, e a UE e os EUA, do outro. O Presidente Obama telefonou hoje ao fim da tarde a Van Rompuy e, segundo me dizem, a única questão discutida foi a crise europeia, os indícios de agravamento e os riscos de contágio. 

 

Para cúmulo, as informações que circularam, durante o dia, em Bruxelas, eram das mais contraditórias, quer em relação à atitude a tomar em relação à Grécia, no caso das eleições darem a vitória aos partidos que se opõem ao programa de ajustamento estrutural, quer ainda no que respeita aos procedimentos a seguir para aprofundar a "união bancária" e a "união fiscal".

 

Para acrescentar mais umas achas à fogueira, Francois Hollande recebeu em Paris os líderes da oposição social-democrática à Sra. Merkel...Ou seja, encontrou maneira de agravar a crispação entre Paris e Berlim, que já é bem evidente e profundamente contraprodutiva...

 

Com esse tipo de tensões, vai ser ainda mais difícil chegar aos acordos que se impõem de imediato, que o curto prazo exige.

Grandes fragilidades e muito silêncio

O post que publiquei ontem atraiu, em 24 horas, cerca de 8400 visitas. E dezenas de comentários, muitos deles, escritos por leitores bem informados. Agradeço a todos.

 

Queria lembrar, no entanto, que há cerca de 800 bancos na UE que recorreram, nos últimos seis meses, ao financiamento, a juros baratos, do Banco Central Europeu. Muito do capital que pediram emprestado, melhor, a quase totalidade do bilião (um milhão de milhões) de euros obtidos junto do BCE foram investidos na compra de dívida soberana dos estados membros da UE. Ou seja, os bancos foram apenas uma conduta, entre o BCE e os Estados. Uma conduta que tentou passar despercebida aos olhos dos eleitores europeus, que ganhou muitos milhões, entretanto, mas que está, neste momento, em muitos casos, descapitalizada de novo. Muitos bancos estão à beira da falência. O que significa que à fragilidade dos estados europeus se deve acrescentar a fragilidade dos sistemas bancários. Tudo isto é muito perigoso, para o funcionamento da economia, da sociedade e para a salvaguarda da democracia, sobretudo no caso dos países que têm uma "má imagem" internacional. 

 

Onde iremos parar? A que nos vai levar uma complicação tão grande como esta? Que líderes europeus terão a coragem de falar destas coisas e apresentar as soluções que se impõem? Onde encontraremos o sentido de urgência que se impõe? 

Está tudo a correr mal

Fico com a impressão, ao fim do primeiro dia útil, após o "empréstimo bancário" feito à Espanha, que muito está errado.

 

Primeiro, as pessoas não entendem por que razão se "empresta" aos bancos, quando são as empresas da economia real que produzem riqueza e precisam de ser salvas. Sem esquecer o endividamento dramático de muitas famílias.

 

Segundo, empresta-se aos bancos, mas quem terá a responsabilidade de pagar, quem é o fiador, é o estado, ou seja, todos os contribuintes.

 

Terceiro, surge um sabor amargo, que nos faz pensar que este "empréstimo" não irá impedir o estado espanhol de ter que pedir um plano de resgate das finanças públicas.

 

Quarto, que se isso acontecer, será uma machadada muito grave no que resta da credibilidade dos dirigentes políticos europeus.  

 

Quinto, se a Espanha entrar em derrapagem e pedir ajuda para a sua dívida soberana, a seguir virá a Itália.

 

Sexto, dar a entender que a Espanha recebe um tratamento diferente - o que não é o caso, mas o que conta é a percepção popular - coloca os outros países que estão a executar programas de ajustamento em dificuldades, políticas sobretudo.

 

Sétimo, quando Rajoy diz que tudo isto é uma vitória para a Espanha não só está a tentar enganar o povo, como também está a irritar os dirigentes dos países europeus que têm pela frente a tarefa nada fácil de tentar convencer as suas populações que a ajuda a Espanha é para o bem de toda a UE. 

 

E assim sucessivamente, até se dizer que se as coisas dão para o torto desta vez, então ...adeus Europa. 

 

Mas nem tudo são más notícias. Nadal venceu o torneio de Roland Garros...Mas cuidado com a euforia! Nadal é maiorquino, das ilhas...É verdade que seria pior para os de Madrid se Rafael fosse catalão...Mas anda lá perto...

Ainda não perceberam que o povo mudou

Ao ouvir Mariano Rajoy dizer que não se trata de um resgate mas sim de uma linha de crédito, pensei mais uma vez que com dirigentes políticos assim, a Europa não vai lá. Um dirigente que ainda acredita que se pode lançar poeira aos olhos do povo europeu está fora do seu tempo. As pessoas estão hoje mais informadas do que nunca. 

Uma Espanha doente

Embora ainda não se saiba bem quais são as condições do pacote financeiro de que a Espanha vai beneficiar, fica-se desde já com a impressão que a maior preocupação de todos foi a de salvar a cara do governo de Mariano Rajoy.

 

Esta maneira de fazer as coisas -- escondendo a fraqueza dos líderes por detrás de uns biombos rotos, de umas meias verdades e de uns falsos pretextos -- tem sido prática corrente em Madrid. O que se passou nos últimos anos com a descentralização, dando uma autonomia injustificada às mais diversas regiões do país, foi uma cortina de fumo para esconder as cedências de Madrid à Catalunha. Em vez de se reconhecer que as exigências de Barcelona eram despropositadas, acedia-se, e para disfarçar, davam-se as mesmas vantagens a outras partes de Espanha que as não haviam pedido, nem tinham condições para as administrar. 

 

A falta de coragem e de transparência dos políticos são dois dos grandes males actuais, lá como noutros sítios.

Emprestar no vazio

O governo espanhol quer ajuda comunitária para cerca de 50% dos bancos privados, mas sem condições nem programa de reforma económica. Ajuda sem acordo nem indicadores de progresso aceitáveis para quem disponibilizaria o dinheiro. Apenas porque a economia espanhola é a quarta maior da eurozona, um peso pesado...talvez não tão pesado quanto pensa...

 

Desejo boa sorte a Mariano Rajoy.

Imigrantes

Tive a oportunidade de observar duas turmas de uma escola primária pública, no centro de Bruxelas. Das trinta e pouco crianças, dir-se-ia, à primeira vista, que nenhuma era de origem belga em termos de etnia. Muitas teriam a nacionalidade, mas as suas raízes familiares pareciam estar em outras partes do mundo. 

 

A presença "estrangeira" no centro da capital da Europa é uma das características da cidade. 

 

 

Fome para mais

O departamento África do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) acaba de publicar o relatório de 2012 sobre o desenvolvimento humano no continente africano. O tema do relatório é a segurança alimentar.

 

Vale a pena consultar este documento, embora reconhecendo que a perspectiva do PNUD teria ganho maior profundidade técnica se a FAO tivesse sido associada à elaborarão do relatório. E se as questões da utilização da energia e das tecnologias apropriadas tivessem sido tratadas com a atenção que merecem. 

 

No lançamento do relatório esta tarde, em Bruxelas, na sede da Associação dos Países África-Caraíbas-Pacífico junto da UE, foi curioso ouvir certos embaixadores africanos falar de segurança alimentar, quando se sabe que a agricultura é dos sectores económicos que menos atenção recebe, um pouco por toda a parte, em África. Por exemplo, apesar de uma decisão tomada há alguns anos no quadro da União Africana, em que o compromisso de gastar cerca de 10% dos orçamentos públicos com a agricultura e ramos afins fora assumido, apenas 9 países despendem mais de 5%, por ano, dos gastos do estado no sector. 

 

As políticas agrícolas em África ou são pura e simplesmente inexistentes ou, quando existem, têm sido verdadeiros desastres. 

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