A celebração do Jubileu de Diamante de Isabel II é um sucesso enorme. Tem permitido unir os britânicos e reforçar a vontade nacional, a esperança no futuro, dar confiança aos cidadãos.
Um país precisa de se sentir orgulhoso das suas tradições. A Grã-Bretanha mostra que isso é possível e benéfico.
Visitei o museu Magritte, em Bruxelas. Lá estava o célebre quadro que diz que "isto não é um cachimbo"... De facto, não é. É uma representação, apenas, uma ilusão a cores, sobre tela, uma invenção artística, um rasgo de génio sem consequências práticas.
Fiquei depois a pensar que talvez também haja um país ou outro, lá longe, que quando se olha para ele se tenha que dizer, de igual modo, "isto não é um país..."
Creio que os serviços de informação dos principais países da Europa perderam a confiança nos seus homólogos portugueses. Terão deixado de partilhar as informações mais sensíveis connosco. Os nossos serviços são como uma peneira esburacada.
Na verdade, é caso único, o que se passa na nossa aldeia portuguesa: os serviços secretos são manchete quotidiana e semanal dos principais órgãos de informação de Lisboa e arredores. Caíram na rede de interesses de certos grupos privados altamente influentes nos meios da comunicação social.
Bruxelas sexta-feira à noite: o centro da cidade fica animado, muita juventude, bares e restaurantes cheios, mas a maioria dos noctívagos é estrangeira. Os belgas fogem do centro da cidade. Mesmo durante o dia, quanto mais à noite.