Veremos que comentários irão surgir desta vez ao meu escrito.
Entretanto, a revista resolveu destacar a previsão que faço sobre a alta probabilidade de um ataque israelita às instalações nucleares do Irão. Na minha óptica, esse ataque poderá ter lugar em Setembro ou nos primeiros dias de Outubro.
No seguimento do caso que contei no poste de ontem, vários amigos contaram-me estórias similares, pequenas e grandes, mas todas a mostrar que há por aí muita gente à caça do que não é seu. Os turistas, como sempre, são algumas das vítimas mais apetecíveis. Mas não só.
Agora, dizem-nos que um gang que actuava em Alfama, em pleno coração de Lisboa, foi detido pela polícia. É uma boa notícia, mas não chega, pois a justiça vai ser lenta e pouco severa. Ora, situações destas exigem celeridade e mão pesada. Veja-se a maneira como os ingleses trataram os casos de vandalismo que ocorreram o ano passado em Londres.
Temos que ir falando nestas coisas...Como também temos que falar sobre a disciplina cidadã e o civismo que cada um deve mostrar.
A insegurança é cada vez maior, é esta a impressão que fica nos cidadãos. Ontem, foi a vez do meu amigo L. Vive no topo da avenida de Roma, em Lisboa. Quando pela manhã se dirigiu à praceta onde tem o hábito de estacionar o velho Audi ficou a olhar para o vazio. O automóvel sumira-se durante a noite. Já deve estar a ser vendido, feito em peças sobressalentes, ali na zona de Sacavém e arredores.
Não convém esquecer que a segurança é uma das funções básicas do Estado. Quando a administração do Estado, vulgo, o governo, não consegue responder aos desafios da segurança interna é sinal de que o caos e má governação estão instalados no país.
Estive esta tarde em Juromenha, na fronteira do Guadiana com a Espanha. Aconselho. Vale a pena olhar para o lado espanhol e comparar os campos com o que se vê do nosso lado. E pensar a sério no nosso futuro e nas nossas responsabilidades.
Se tivesse uma fundação, inteiramente paga por mim, claro, sem dinheiros públicos, uma das actividades da minha fundação seria a de ajudar a abrir os olhos. E para isso, organizar viagens de estudo a Juromenha seria uma disciplina obrigatória.
Este blog não faz praia. Mas gosta de ver os portugueses de férias. Incluindo os que se encontram em Manta Rota e noutras paragens. E a todos deseja bom descanso, que uma das características do "vistas largas" é a de não ser, ao contrário do que é frequente na nossa terra, clubista, sectário. Aqui prega-se a abertura de espírito e a tolerância. Antes e depois das férias.
Entretanto, noto que o meu último texto na edição impressa da Visão atingiu o topo dos escritos mais comentados. E também friso que a escrita não é sobre o futebol nem sobre o tal Relvas. Mesmo assim, o artigo passou à frente dos outros. Afinal, ainda há quem se interesse, em Portugal, por questões internacionais mais amplas.
A posição intransigente de Portugal em relação ao chamado governo de transição na Guiné-Bissau está a criar um sério clima de tensão entre o nosso país e a CEDEAO, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. Esta situação precisa de ser resolvida ao mais alto nível da política externa portuguesa, pelas consequências negativas que tem no que respeita aos nossos interesses naquela região de África.
Mais ainda, dentro da CPLP, Portugal deve trabalhar no sentido de fazer com que o Brasil assuma um papel mais activo na resolução da crise guineense. Uma linha de actuação desse tipo será coerente com o facto do Brasil ter, ao nível da ONU, um papel de liderança nas matérias relativas à Guiné-Bissau, enquanto chefe de fila do grupo de nações que apoiam a consolidação da paz em Bissau.
Ao fim do dia, a Rádio Renascença telefonou-me, por causa de um programa que está a ser preparado sobre a situação na Guiné-Bissau. A verdade, respondi-lhes, é que não tenho acompanhado a evolução recente do caos em que se encontra esse país. A Guiné-Bissau saiu do mapa estratégico internacional. Mesmo do regional, pois na África Ocidental o que conta, neste momento, é o caso do Mali bem como a proliferação dos grupos ligados, de modo mais ou menos real, à al-Qaeda. Quem se interessa ainda pela Guiné? Quem está disposto a perder mais tempo com esse poço sem fundo?