FMI abre novas frentes de agitação
Fiz uma primeira leitura do relatório do FMI sobre as Opções de Reforma da Política de Despesas Públicas. O relatório dá uma clara indicação do tipo de pressão política que se pode antecipar, vinda não só do Fundo como também da Comissão Europeia. Deve, por isso, ser estudado com muita atenção por todos os partidos políticos, para que a posição de cada um seja tão fundamentada quanto possível.
Na parte final do relatório há uma referência inequívoca ao modelo de forças de segurança que os nossos interlocutores estrangeiros irão recomendar. A escolha dos exemplos apresentados – Áustria, Bélgica, Grécia e Luxemburgo – é elucidativa do caminho que querem que optemos: a integração dos diversos serviços de polícia num serviço único nacional. Trata-se de uma posição que contraria frontalmente o que o chamado “grupo de sábios” que elaborou o Conceito Nacional de Defesa e Segurança Nacional sugeriu. Ou seja, também nesta área, vai ser interessante observar como os acontecimentos futuros se irão desenrolar.