Uma Europa diversa
Tive como companheiros de viagem um grupo de uns dez jovens, todos rapazes, na casa dos vinte anos. Falavam entre si em sueco, mas não tinham ar de nórdicos e, de vez em quando, misturavam na conversação palavras em espanhol, árabe ou russo, ou mesmo noutras línguas. Achei curioso. E acabei por me meter na conversa. Explicaram-me que tinham estado em Lisboa, que eram residentes no sul da Suécia, todos tinham a nacionalidade desse país, mas nenhum era etnicamente de origem sueca. Eram filhos de emigrantes e refugiados políticos, que de várias partes do mundo haviam emigrado para aquele canto da Escandinávia, ali tinham nascido ou sido educados. Entendiam-se na língua de adopção, mas iam introduzindo elementos culturais ligados às suas raízes, para tornar o convívio mais interessante.
E assim se faz uma Europa multicultural e aberta aos outros.