De novo sobre a segurança das pessoas
Existe em Portugal um sentimento que a situação de segurança das pessoas e dos seus bens se deteriorou acentuadamente nos últimos dois anos, para falar em números redondos. Estarão a ocorrer mais incidentes e o grau de violência parece ser muito maior. Uma leitura atenta dos principais jornais nacionais parece confirmar, de modo empírico, claro, esta percepção.
E agora começam a aparecer editoriais e artigos de opinião a dar projecção ao assunto e a tocar a rebate.
Perante isto, dir-se-ia ser altura de discutir esta problemática a sério. Não nos podemos esquecer, nesta fase em que se fala tanto e tão ligeiramente, da reforma das funções do Estado, que uma das funções mais primordiais do Estado é precisamente a de garantir a segurança e a protecção dos cidadãos, da sua propriedade e evitar que o medo se instale. Se esta razão de ser falhar estaremos a abrir as portas à derrocada da democracia.
Será que a importância destas coisas é difícil de entender?