Os nossos ficam em casa
Os Think Tanks e organismos similares – Policy Centres, escritórios de lóbis, institutos privados de investigação, plataformas de diálogo, representações de grupos de interesses, etc – definem uma boa parte da vida internacional de Bruxelas. Formam-se e vivem à volta das instituições da União Europeia e da NATO. Empregam milhares de universitários, das mais diversas nacionalidades. São também um viveiro de estagiários, jovens vindos dos vários cantos da Europa que nestas instituições privadas aprendem a mexer-se num ambiente internacional e acumulam contactos. Muitos desses jovens têm uma formação académica avançada, com cursos tirados em dois ou três países diferentes. Alguns falam várias línguas, incluindo idiomas menos habituais, nesta parte do mundo, como o russo, o mandarim, o coreano ou o árabe. Têm uma visão cosmopolita da vida e do emprego, grande mobilidade, sempre prontos a ir viver e trabalhar noutras paragens. Alguns são francamente brilhantes.
Nas minhas andanças por esta terra, tenho encontrado muitos deles. E notado uma grande ausência: a dos jovens portugueses.