As autarquias são ninhos de corrupção
A edição de hoje do Diário de Notícias deixa o leitor comum totalmente revoltado. São páginas e páginas a contar histórias de corrupção e de práticas desonestas nas autarquias portuguesas. De Lisboa ao canto mais escondido do país. Depois remata com uma entrevista com o presidente do Tribunal de Contas (TC), Guilherme d’Oliveira Martins, que diz, entre outras coisas “ que o poder local não é um viveiro de corrupção, está é mais exposto”. Assim mesmo. Quem não acredite, veja a página 16.
Dizer que tudo isto é uma vergonha não serve de nada. É que, de facto, não há vergonha nem moralidade no poder local e na política portuguesa.
Andam a gozar com os portugueses, a aproveitar-se da democracia e arruinar o país. E os casos contados não serão mais do que uma pequena amostra da situação real.
E as instituições que deveriam fazer a supervisão do poder local, como os serviços de inspecção do Ministério da Administração Interna, ou o TC, são ou incompetentes ou coniventes. Ou estão tão sobrecarregadas, que não chegam para as encomendas.
Não é esta a vivência democrática que os portugueses desejam. Não é este tipo de poder que serve o país. É tempo de dizer basta!