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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Volto a escrever sobre Vladimir Putine na Visão que hoje foi posta à venda. O link para o artigo, cujo leitura recomendo, é o seguinte:

 

http://tinyurl.com/qd5fkyz

 

 

Para facilitar, transcrevo o texto de seguida.

 

 

 

 

 

Putine, Um conservador demasiado amigo da onça

Victor Ângelo

 

 

Escrevi, na Visão de 2 de janeiro, que em 2014 Vladimir Putine haveria de estar no centro da cena internacional. Convido o leitor a voltar a ler o que então publiquei, sob o título "Putine: o homem que quer ditar o futuro". Entretanto, permito-me citar um parágrafo desse texto, por me parecer fundamental, na altura como agora, para a compreensão das linhas de força que animam o líder russo:

 

"...Putine gosta de estar no foco das atenções. [...] Acredita que a sua missão é a de fazer renascer o país dos escombros que resultaram da desintegração da União Soviética. Consequente com a tradição ultranacionalista, pensa que o país precisa de um líder forte, determinado, escorado nos valores da Igreja Ortodoxa e na superioridade da cultura russa, capaz de resistir às conspirações do Ocidente. A ambição é fazer regressar a Rússia ao estatuto de grande potência, em paridade com os Estados Unidos. Para o conseguir, Putine julga que o caminho passa pela imposição de respeito a todo o custo, pela intimidação dos vizinhos e por uma política de confrontação com a Europa." (Edição 1087 da Visão). 

 

Putine é, de facto, um político inspirado por valores conservadores. Tem uma visão tradicional da autoridade, que deve ser forte, formal, respeitada e centralizada; da sociedade, que deve ser guiada por princípios morais rígidos e estar subordinada aos interesses do Estado; e das relações internacionais, que são vistas como um jogo de forças e uma competição entre potências. Em Portugal, seria um líder da direita pura e dura. Acrescente-se a isso a convicção de que tem uma missão histórica para cumprir, como os heróis do passado. Tem-se, ao mesmo tempo, como um grande estratega, da estirpe que a União Soviética produzia com eficácia. E, no que nos diz diretamente respeito, a sua estratégia visa dois objetivos: o enfraquecimento da UE e a contenção da NATO.

 

O aprofundamento da UE aumentaria a capacidade negocial externa do bloco dos Estados membros, da política à economia. Daqui resultaria, segundo Putine, uma situação desfavorável à Rússia, que deixaria de poder beneficiar de uma relação desigual com cada um dos países da UE, do tipo grande Estado, pequeno Estado, para ter que se inserir num quadro de vizinhança mais equilibrado. Putine procura, por isso, tecer uma teia de contradições que possa abalar a coesão e fragilizar a imagem da UE. Faz parte da estratégia o apoio, subtil mas real, dado pelo Kremlin a Marine Le Pen e a outros dirigentes ultranacionalistas, em diferentes países europeus. Sobretudo agora, em vésperas de eleições para o Parlamento Europeu. Quanto mais inimigos do projecto comum entrarem em Estrasburgo mais reconfortado se sentirá o Kremlin. É a política do amigo da onça. Na mesma lógica, e para além de outras considerações nacionalistas russas, a crise ucraniana é uma excelente oportunidade para mostrar as fraquezas e incongruências da UE.

 

Tudo isto é conjugado com uma sanha visceral contra a NATO. Putine vem de uma escola de pensamento que petrificou durante a Guerra Fria e continua a considerar a Aliança Atlântica como uma ameaça militar permanente. A decisão ocidental de instalar um escudo antimísseis na Polónia e na República Checa agravou esses temores. Transformou-se, mesmo, num ponto de não-retorno, a partir do qual a tentativa de aproximação entre a NATO e a Rússia ficou sem gás. Em resultado, muito do que se passa na Ucrânia está intimamente ligado à preocupação de travar a expansão da NATO para Leste.

 

Estas opções políticas têm custos elevados. Mas se um dia a Europa entrasse em roda livre e a NATO perdesse a capacidade de dissuasão, Putine acharia que teriam valido bem a pena.

 

 

 

 

 

 

A cabecinha muito especial

Martin Schulz, o candidato social-democrata à Presidência da Comissão Europeia, conhece bem as subtilezas da língua de Sua Majestade. Quando hoje um jornalista português lhe perguntou qual seria a sua opinião no que respeita à proposta de António José Seguro sobre o desemprego – Seguro propõe que parte do subsídio de desemprego seja paga pela União Europeia – o candidato respondeu… “Interesting!”

 

“Interesting” é a maneira inglesa de dizer que se trata de uma mera idiotice.

 

Não significa, nem pouco mais ou menos, “interessante”, como uma certa imprensa gostaria de nos fazer crer. Significa, isso sim, que o proponente é um bocadinho original da cabeça…

Sinais positivos

O voo da TAP da manhã de ontem estava uma vez mais completamente cheio. Cinco minutos antes, havia saído um outro voo, esse sob a bandeira da Brussels Airlines, também com destino a Lisboa e igualmente a abarrotar.

 

No meu avião, uma boa parte dos passageiros eram estrangeiros. A maioria seria turistas, gente com planos para uns dias em Lisboa e arredores.

À chegada, o aeroporto estava cheio de viajantes. E no balcão dos carros de aluguer era visível a azáfama. Aliás, os preços estavam mais altos do que de costume, o que é uma indicação do nível da procura.

 

Tudo isto são boas notícias.

 

Portugal precisa de visitantes. O turismo é um segmento importante da economia. Ver movimento, gente a chegar, manda um sinal positivo a outros, a afirmação que vale a pena vir até estas paragens.

Dualidades

Visto de longe, Portugal dá de novo a impressão de um país a duas velocidades. Uma parte de nós parece estar a aproveitar as novas oportunidades, a adaptar-se aos desafios da internacionalização da vida de hoje, a conseguir ter um presente e esperança em relação ao futuro. Depois, temos uma outra parte do nosso ser que não consegue ultrapassar as dificuldades actuais, que são imensas e parecem indomáveis, uma parte que se afunda no desespero de quem quer mas não consegue. Assim, encontramos de um lado gente que se sente motivada e do outro, cidadãos que sesentem cada vez mais frustrados, mais inseguros e mais fragilizados.

 

Não podemos continuar assim. Nenhum país vive tranquilo quando as contradições são tão marcadas. Há aqui uma profunda reflexão que tem que ser feita.

 

Sem contar que, lá fora, existe a impressão que Portugal é um país zangado consigo próprio e irritado com tudo o que lhe é estranho.

Forças Armadas

Esta foi a entrevista que fiz ao general Loureiro dos Santos, as minhas perguntas e as suas respostas.

 

Foi publicado na edição especial de ontem do Diário de Notícias dedicada ao 25 de Abril.

 

 

 

1.A Europa e o mundo de hoje são radicalmente diferentes da realidade que o Senhor General e eu conhecemos em 1974. A própria noção de soberania nacional, razão de ser das Forças Armadas (FA), evoluiu de modo significativo. Como deverá ser entendida a soberania nacional nos próximos 40 anos, num país como o nosso, e em que medida esse entendimento requer uma maneira diferente de encarar o papel das FA?

 

R: Entendo soberania nacional como a liberdade de acção suficiente para podermos preservar os nossos interesses fundamentais. Agora e no futuro. De acordo com esta conceção, ela será garantida desde que os acordos de associação que forem sendo aconselháveis com outros Estados possam ser reversíveis quando considerarmos isso mais conveniente. Neste contexto, a existência de FA continuará a ser sempre um ativo essencial que não poderemos dispensar, tendo em atenção a nossa posição geoestratégica e a configuração e extensão (incluindo plataforma continental) do nosso território.

 

2 - Na mesma linha, quais serão potencialmente as principais ameaças em matéria de defesa, para as quais é preciso preparar as FA de Portugal? Mais ainda, como avalia os recursos existentes em termos da preparação operacional das FA para poderem responder a essas ameaças externas?

 

R: As ameaças que nos podem atingir relacionam-se com o controlo dos espaços (terrestre, marítimo e aéreo) que nos definem e a segurança dos portugueses. No limite, por causa da posição geoestratégica referida, uma potência ou bloco de potências pode querer ocupá-los, particularmente num ambiente conflitual que envolvam um poderoso ator marítimo e um poderoso ator terrestre. Outras ameaças de menor dimensão também exigem a nossa atenção, como o terrorismo internacional e a criminalidade transnacional organizada, além de se poderem concretizar riscos naturais como grandes catástrofes. Também se manterão no futuro inúmeros Estados falhados e não deixarão de abundar os conflitos regionais, criando ameaças que podem atingir os nossos interesses.

 

Os recursos existentes, se convenientemente mantidos e treinados, com material adequado e pessoal motivado, são suficientes para controlar os espaços nacionais e garantir a participação nacional em forças operacionais destacadas que, em colaboração com os nossos aliados, evitem a eclosão de certas ameaças que nos podem vir a atingir. Mas não são capazes de fazer face a ameaças de maior dimensão e de menor grau de probabilidade, para as quais teremos de estar preparados, caso se concretizem. Como aquelas que se avolumam a partir do Norte de África e do Médio Oriente, além da incerteza sobre o futuro da Europa, especialmente da natureza das tensões Este-oeste que parecem regressar. Estas forças de natureza complementar poderão estar desactivadas, mas devem existir mecanismos e meios para as convocar ou mobilizar nos prazos compatíveis para lhes responder.  

 

3 - Portugal continuará a ter compromissos externos, quer no quadro da OTAN quer da UE e da ONU. Na sua opinião, as FA terão as condições exigidas para poder cumprir esses compromissos? Ou, posto de outra maneira, estará Portugal em condições de assumir o papel de defesa que se espera de um país membro dessas organizações, em especial da OTAN?

 

R: Estará em condições apenas se estiverem concretizadas as medidas esboçadas na resposta anterior, o que neste momento ainda não acontece, uma vez que dispomos das forças permanentes, mas não das forças complementares devidamente constituídas e preparadas para convocação ou mobilização nos prazos convenientes. Ressalvo o facto de ser insuficiente a manutenção de algum do material e equipamento existente, de não existir muito do material necessário para forças complementares, assim como de terem sido reduzidos os níveis de treino das unidades, e haver indícios consistentes de forte insatisfação do pessoal, o que se pode vir a reflectir de forma negativa no seu moral.

 

4 - Militares na reserva e na reforma pesam bastante em termos de opinião e comentário político e de defesa na comunicação social portuguesa, bem como nos debates universitários. Esta é uma situação única nos países membros da OTAN, mesmo naqueles que estão em crise e que viram as suas FA sofrer cortes orçamentais profundos. Como explicar um tal grau de ativismo? Manter-se-á com as próximas gerações de militares?

 

R: Este activismo resulta da consciência que têm dos seus direitos e deveres no regime democrático que ajudaram a erigir e da vontade de deles não quererem abdicar. Espero que esta consciência e consequentes respostas se mantenham nas futuras gerações. Sem nunca ferir os deveres que a sua condição militar lhes impõe, assim como sem deixar de assumir a reivindicação dos direitos que ela também lhes concede.

 

5 - A maioria dos cidadãos parece não entender nem apreciar suficientemente o papel das FA no Portugal de hoje. A prazo, esta será mesmo uma batalha perdida ou não?

 

R: Não será, se forem aprofundadas medidas no sentido de difundir a sua necessidade e importância por toda a população, a começar pelos mais jovens particularmente nos ambientes educativos, algumas já em execução embora de modo claramente insuficiente. Um serviço cívico nacional para jovens, que incluísse uma passagem pelas FA durante algum tempo, seria a melhor solução.

 

6 - As posições públicas das associações de Oficiais e de Sargentos e as suas manifestações de rua contra as políticas do Governo têm gerado surpresa em muitos observadores externos – e o senhor General sabe que há gente, em Bruxelas, Washington, e noutros sítios, que segue sempre com atenção as questões de disciplina, de estado de espírito, cultura institucional e de ideologia, num sentido lato, no seio das FA. Em resumo, fica a impressão de insubordinação, de falta de controlo democrático por parte do poder civil, bem como a questão da confiança nas FA de Portugal. Como vê a continuação deste tipo de análises feitas no estrangeiro e que tipo de consequências poderão daí resultar a longo prazo para o setor da Defesa?

 

R: Essas análises ter-se-ão justificado mais, algum tempo atrás, quando as manifestações eram de molde a transmitir tal perceção. Penso que actualmente as coisas são bastante diferentes, a despeito de ainda, por vezes, se verificarem casos lamentáveis. Mas começa a notar-se um esforço para agir de modo distintivo, de acordo com os comportamentos próprios dos militares, nomeadamente o aprumo e a discrição que os caracterizam.

Devo registar contudo que as impressões menos favoráveis porventura transmitidas não correspondem de modo algum à realidade. A disciplina e a cultura institucional nunca estiveram nem estão em causa. Os militares portugueses continuam a ser destacados como exemplo por todos os comandos aliados com quem têm trabalhado ou sob cujas ordens têm servido, cumprindo as missões que lhes são atribuídas com rara dedicação e extrema competência. Por vezes aquilo que parece radicalismo em alguns militares deve-se a sentirem-se tratados pelos responsáveis políticos de modo que consideram pouco ajustado às características específicas da sua profissão, cujas exigências (deveres, disponibilidade para o sacrifício, e restrição de direitos) não são compatíveis com uma visão aparentemente simplista que não as contemple com a devida ponderação.      

 

7 - A organização das FA está em processo de aprovação. Olhando para o longo prazo, quais são os aspetos mais positivos e os mais negativos dessa proposta legislativa do Governo?

 

R: Não conheço ainda o Conceito Estratégico Militar nem as Missões e o Sistema de Forças que devem concluir o ciclo de programação estratégica iniciado há alguns meses. Sequer a legislação fundamental que, segundo parece, está em fase de conclusão, pelo que me não posso pronunciar. Tenho a expectativa de que será adequada à realidade nacional, o que acontecerá se forem tidas em devida consideração as propostas das Chefias Militares em funções.

Abril de 2024

A edição de hoje da Visão foi produzida como se a redação estivesse em finais de Abril de 1974. Conta os dias de Portugal e do mundo, nessa semana que se seguiu à Revolução dos Cravos. Traz-nos à memória uma época bem diferente da que vivemos agora.

 

Se houvesse um mecenas, seria importante produzir um número sobre Portugal e o mundo em 2024. Daqui a dez anos, não a quarenta, que esse é um período demasiado longínquo nas nossas vidas. Mas seria de facto interessante tentar imaginar a sociedade e as relações internacionais em 2024. Creio que essa antecipação do que poderá ser o nosso contexto nessa altura talvez nos ajudasse a ser um pouco mais sóbrios no momento actual. E mais conciliadores.

Pensar o futuro

Os últimos quarenta anos foram um período de grandes transformações. Mudou Portugal, a Europa e o contexto internacional.

 

Mas as grandes aspirações humanas continuam a ser as mesmas: as pessoas querem ser respeitadas, sentirem-se livres e seguras.

 

Nas Nações Unidas, chamamos a isso direitos humanos e segurança humana.

 

Com os direitos humanos vêm a liberdade, a justiça e a igualdade de oportunidades. Com a segurança humana, temos a protecção da vida e da propriedade de cada um, bem como um mínimo de condições económicas que permitam viver com um mínimo de dignidade e sem o temor dos dias de tempestade.

 

A maneira de encarar a responsabilidade por estas coisas também evoluiu. Hoje é mais claro, para a maioria, que a responsabilidade é partilhada. Cabe ao Estado e às instituições públicas, bem como às associações de cidadãos, incluindo aos partidos políticos, às empresas, a todos os que têm peso em termos da opinião pública. Mas cabe igualmente a cada cidadão. Cada um deve olhar para si próprio e perguntar, que mais posso fazer? Ficar à espera dos outros não é, de modo algum, uma atitude responsável. Excepto, claro, para quem, por motivos de força maior, não pode ir mais além sem o apoio alheio. E aqui aparece um outro valor moderno, o da solidariedade.

 

Felicidades no comando da GNR e mais umas questões

No dia da sua tomada de posse, parece-me importante desejar os maiores sucessos ao novo Comandante-geral da Guarda Nacional Republicana (GNR). A instituição tem oficiais, sargentos e praças de grande valor. Com um bom comando, tudo deverá correr pela melhor.

 

Já ao nível político, as questões são outras.

 

A instituição continua a ser liderada por oficiais generais provenientes do Exército. Já será altura de promover a prata que cresceu na casa, e dar a oportunidade a um, dois ou três dos coronéis que subiram nas fileiras de chegar ao generalato da GNR.

 

Por outro lado, é altura de pensar a sério no futuro da instituição. Será que ainda se justifica, numa democracia madura, ter toda uma força de polícia com uma cariz militar?

 

Como também é altura de pensar na relação funcional entre a GNR e os outros serviços de polícia, em particular a Polícia de Segurança Pública (PSP) e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). A matriz moderna das polícias, que é civil, a eficiência do combate ao crime e a proteção efectiva dos cidadãos pedem que se pense a sério na convergência de todas estas instituições num serviço nacional unificado de polícia.

 

Note-se o uso, na frase anterior, da palavra “convergência”. Tem que ser um processo gradual. Tem que respeitar as tradições de cada força e serviço. Mas precisa de ser encarado. E tem que haver a coragem política de o iniciar.

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